IV- Alemão Irritante

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Capítulo 4

Chegamos em frente da minha propriedade, ele para o carro e mais que depressa eu desço. Vejo que meus pais estavam do lado de fora.

— Filha o que aconteceu? Por que veio com o oficial? — Fala papai

Sem dar tempo de falar, Vladmir toma à frente.

— Encontrei sua filha na estrada, a corrente da bicicleta dela estava quebrada, e para vir a pé, passaria muito tempo para chegar, pois estava longe de casa.

— Malina, avisamos para não ir longe.

— Oh, Deus, essa menina nunca irá nos obedecer mesmo Frederic. — fala mamãe

Vejo o sorriso disfarçado de Vladmir, bufo com isso.

— Muito obrigado, Vladmir, por ter trazido minha filha em segurança.

— Por nada senhor Frederic, enquanto eu estiver por aqui, protegerei todos vocês.

Se papai soubesse que esse cretino me deu um beijo a força...

— Vamos todos entrar, acredito que estejam com fome. — fala Sofia.

Entramos em casa e logo nos servem.

— Senhor, Vladmir, acredito que esteja com muita saudade de sua esposa. — fala Sofia

Eu percebo o que está tentando fazer, e reviro os olhos.

— Não sou casado senhorita Sofia, e também não tenho noiva.

— Me pergunto o porque um homem como você não quis casar ainda. — fala Sofia, com o maior descaramento do mundo.

— Sofia, minha filha, isso é pergunta que se faça para o Oficial. — Fala nossa mãe

— Sem problemas senhora Cecylia. — fala Vladmir

—Eu não casei ainda pois não encontrei a pessoa certa para isso, e como a guerra começou, não tive tempo para essas questões.

— Entendo, talvez encontre alguém no meio desse caos, já ouvi falar de muitos casais que se apaixonam em meio à guerra — fala Sofia.

— Certamente. — Depois que Vladmir fala isso direciona seu olhar para mim.

Eu já estava irritada com aquela conversa toda, decido ir para a biblioteca.

— Licença, vou dar uma volta. — falo para todos.

Saio da sala de visitas, ainda com muita raiva daquele insolente, quem já se viu?! Me beijar, como se eu tivesse dado alguma permissão para ele fazer tal ato, Robert nunca fez algo do tipo comigo, claro que nos beijávamos, mas um beijo casto, nada feroz como o que aquele cretino fez, e o pior, eu fui traída por meu próprio corpo no momento que o deixei me beijar.

Chego na biblioteca, me deito na poltrona, aqui é um dos meus lugares favoritos, um silêncio total, sinônimo de paz. Levanto e vou ate os livros e pego um que eu comecei a ler, mas não terminei, chamado : amar, gozar, morrer. É um livro de autor desconhecido, altamente erótico, e claro, proibido para mulheres, mas eu fiz questão de quebrar essa imposição. Consegui esse livro através de uma amiga, que falou ser muito interessante, principalmente para mim que estava prestes a casar, mas que não entendia muita coisa sobre os prazeres carnais entre um homem e uma mulher, eu e Roberto nunca avançamos nada, ele me tratava com total respeito, até nossos beijos eram muito inocentes.

Escondi bem escondido esse livro, papai e mamãe jamais poderão saber que eu leio esse tipo de conteúdo, ou então confiscaram a biblioteca, como eles não entram enquanto estou aqui pois sabem que eu prefiro paz no momento das minhas leitura, eu o pego e continuo de onde parei. Já faz algum tempo que estou aqui deitada na poltrona bem confortavelmente, fico em choque com tudo o que estou lendo, a personagem fala com detalhes, é um erotismo muito pesado, agora entendi por que os homens não querem que as mulheres leiam esses tipos de livros. Enquanto me aprofundo na leitura, sinto minha intimidade pulsar, uma sensação que nunca senti antes. Eu estava tão distraída lendo que não senti a presença de alguém ali na biblioteca.

 Eu estava tão distraída lendo que não senti a presença de alguém ali na biblioteca

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— Vejo que aprecia contos eróticos, senhorita Malina.

Quando escuto essa voz, eu gelo, minha cara foi de desespero nesse momento.

— O que faz aqui? Anda me perseguindo agora?

— Vim procurar um livro.

— Eu venho aqui para ter um pouco de paz, e então você aparece, isso só poderá ser um castigo. — falo irritada

— Por que você quer ficar longe de mim? Por acaso sente algo por mim, senhorita Malina?

— Sinto, sinto raiva de todos vocês.

— Talvez isso não seja ódio, pode ser desejo. — ele fala chegando mais perto.

Eu dou um risinho

— Isso é uma piada né? — Falo.

Vladmir, para me provocar, pega o livro de minhas mãos e lê a página que eu estava.

— Gostou do que leu aqui?

— Não seja tolo, só estava curiosa para saber sobre esse livro.

— Esse livro não é apropriado para mulheres, seus pais deixam você ler esse tipo de conteúdo?

— Não fale nada para meus pais, se eles souberem, confiscam a biblioteca.

— Só não falarei se voce for boazinha comigo.

— O que quer de mim?

— Eu quero você.

— Por que você não some da minha frente? Já falei que não terá nada de mim, apenas desprezo.

— Eu acho que fico mais louco quando você resiste, sei que me quer também.

— Você está louco. Me de o livro agora.

— Só se você pedir com jeito.

— Estou perdendo a paciência com você.

Levanto e tento pegar o livro, sem sucesso, Vladmir é mais alto que eu, e eu fico em desvantagem, tento alcançar o livro de todas as maneiras, até que desequilibramos e caímos em cima da poltrona. E pasme, eu caí sentada de penas abertas no colo de Vladmir.

Quando senti algo encostando na minha intimidade eu fiquei vermelha e ao mesmo tempo senti um formigamento pelo corpo, um desejo muito forte. Vladmir vendo minha reação, agarra minha cintura e força ainda mais o encontro entre nossas intimidades, nesse momento eu quase perco os sentidos.

— Se quiser, você sentirá um prazer muito maior do que está sentindo agora, é só pedir que iremos para outro lugar. — fala isso em meu ouvido.

Vladmir encosta mais seu membro na minha intimidade, eu estou tão inebriada que nem consigo contestar. Ele continua a falar no meu ouvido, colocando uma das mãos em minha coxa exposta e com a pouca força que eu tinha, saio de seu colo.

— Você é um louco, só pode. Já falei que não quero nada com você, não me perturbe mais. — falo.

Sem deixar ele falar, pego o livro e saio da biblioteca, caminhando para o meu quarto.

O Oficial AlemãoOnde histórias criam vida. Descubra agora