★꙳⭑ . 마이 데몬 𝐌𝐘 𝐃𝐄𝐌𝐎𝐍 .. ✩ !!

12┃𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑

     HeeDo estava parada em frente a fonte na pequena praça, tentando ligar para KooWon enquanto olhava em sua volta a' procura do homem.

O celular tocava a' mais de três minutos seguidos, e HeeDo ainda esperava uma ligação de retorno de KooWon. 

Quando cansou de esperar, HeeDo desligou o telefone, e voltou a guarda-lo na bolsa. Ao se virar para o caminho a' qual tinha chegado, em busca de ir até o estacionamento e pegar seu carro, HeeDo notou KooWon atravessando a calçada de pedras, caminhando em sua direção.

― Ué? Cadê os seus sintomas graves? ― HeeDo questionou ao aproximar-se de KooWon, e cruzou seus braços olhando o rapaz de cima a' baixo ― Você parece bem.

― Eu...

― Esquece. Olha, eu só concordei em te encontrar pra' pagar a conta do almoço e pela ajuda que eu não pedi. Ah, e também pelo tapa no hospital ― A loira abriu sua bolsa, retirando um envelope com dinheiro e o entregando a KooWon ― Aí deve ter o bastante. Tchau ― A mulher acenou com a mão, pronta para caminhar ao estacionamento, quando sentiu a' mão de KooWon agarrando seu braço ― Quê que foi? ― Questionou impaciente.

― Eu já disse que isso não é necessário ― O homem soltou seu braço, estendendo-a o envelope com dinheiro.

― Não quero ficar em dívida com alguém ― HeeDo respondeu, cruzando os braços e recusando-se a pegar o dinheiro de volta ― Se não quiser, jogue em qualquer lugar ou use pra' comprar roupas novas. Quem sabe, talvez contratar algum estilista, que tal?

― Esquece isso, eu realmente tenho muito mais... ― KooWon parou de falar ao abrir o envelope.

― Estamos quites agora?

― Muito mais do que isso...

― Eu estava disposta a deixar esse dinheiro com você, mas como disse que não quer... ― HeeDo provocou, pegando o envelope das mãos de KooWon e guardando-o em sua bolsa ― Enfim, o quê quer de mim? Se planeja mentir pra' mim sobre algum efeito colateral... só pra' falar daquele contrato de novo, saiba que não vai funcionar.

― Pode esquecer isso. O contrato não é mais importante que a' nossa relação.

― Que relação? 

― O efeito colateral é sério, tá impactando de verdade na minha única profissão ― O homem exclamou nervoso, e olhou para as próprias mãos, deixando HeeDo cada vez mais confusa.

― E quais são os sintomas? ― A loira questionou despreocupada.

― Eu não consigo fazer nada, me sinto impotente, eu não consigo mais me sentir eu mesmo, tudo a minha volta parece desconhecido e fica cada vez mais estranho.

― Quer saber? Pague um psicólogo. 

― Não. Você é a única que pode acabar com isso ― KooWon agarrou o braço de HeeDo novamente, olhando-a firmemente em suas íris esverdeadas ― Você é a razão dos meus sintomas.

     HeeDo mexia desatenta em seu celular, procurando notícias e mais notícias sobre algum pronunciamento de SuAn, que ajudasse contra as 'fake news' que a Mirae Alimentação vinha sofrendo.

Cansada, a mulher desligou o telefone guardando-o na bolsa, e desferiu seu olhar a KooWon que dirigia seu carro enquanto prestava atenção na estrada.

― Só pra' deixar bem claro. Se bater o meu carro, é você quem vai pagar o concerto.

― Você á disse isso no mínimo umas quatro vezes.

― É pra' reforçar, vai que você esquece. Ah, e eu to' passando esse tempo com você por razões éticas, pra' ver se você fica melhor. Isso não é um encontro, ou qualquer coisa que tenha pensado.

― Me dá a' sua mão?

― E por quê que eu faria isso? ― HeeDo questionou, levando seu olhar ao homem novamente, e cruzou seus braços o olhando curiosa.

― Só me dá a sua mão ― Exigiu novamente, estendo sua mão a loira.

Bufando, HeeDo soltou seus braços do aperto, e levou uma de suas mãos a' mão de KooWon.

― Essa não, a outra ― O homem empurrou a mão de HeeDo, fazendo-a suspirar descontente.

― Ah, qual é? ― Questionou irritada.

― Me dá logo a outra mão! ― Insistiu, estendendo-a sua mão novamente.

HeeDo estendeu sua mão direita ao rapaz, suspirando em seguida. KooWon segurou a mão da mulher com força, e acelerou o carro ao passar do semáforo, desviando dos veículos e pisando fundo do acelerador.

― O que pensa quê tá' fazendo? ― A loira questionou assustada.

― Dirigindo.