Capítulo 7

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Como prometeu quando Lucero foi embora, Fernando se fechou completamente para o amor e se concentrou apenas na empresa como seu pai queria e em cuidar de Hannah até ela completar a idade de ir para um colégio interno. Foi o melhor para todos, pois por mais que tentasse, ele não saberia educar uma menina mesmo contando com a ajuda da família, mas isso nunca o impediu de participar ativamente da vida da filha e lhe dar total atenção quando ela ia para casa aos finais de semana. Naquele dia, ele resolveu fazer uma surpresa para ela na escola e foi visitá-la para falar sobre uma viagem de fim de ano que queria oferecê-la nas férias, mas o surpreendido foi ele quando descobriu que a filha havia saído sem sua autorização com a nova diretora do lugar. Após armar uma confusão com Gabriel, já conhecido por ele por ter ficado na administração até trocar a direção, ele conseguiu o endereço do apartamento da mulher que nem pensou em pedir o nome, mas soube que ela não apareceu e praticamente obrigou o porteiro a dizer onde ficava a casa de campo depois que o homem mencionou que ela só poderia ter ido para lá. Ao chegar, Fernando tocou a campainha furiosamente, querendo olhar na cara da diretora e lhe perguntar quem ela achava que era para sumir com uma adolescente, mas ao olhar naqueles olhos castanhos, ele perdeu a fala. Ele deixou de precisar entender apenas aquilo para saber como a mulher que sempre amou e mais o fez sofrer foi parar na escola da filha e se achou no direito de roubá-la sendo que quando devia cuidar dela, a abandonou.

− Lucero.

Nem em mil anos Fernando se esqueceria daquele rostinho afilado que não havia mudado quase nada com o passar do tempo. Seu olhar desceu pelo corpo de Lucero, bem mais maduro e avantajado, mas ainda assim nem parecia ter passado por uma gravidez há alguns anos atrás.

− O que faz aqui? – Lucero perguntou com a voz falha.

Fernando quis devolver a pergunta, afinal foi Lucero que saiu para dar uma volta e nunca mais apareceu até aquele dia, em um lugar completamente aleatório e ao que parecia muito bem de vida, pois suas duas propriedades e o carro importado estacionado no jardim mostravam isso, mas quando passou pela porta e sentiu seu cheiro, ele a puxou pela cintura e esmagou seus lábios em um beijo. Lucero se assustou inicialmente, mas sugou o lábio inferior do homem e enfiou a língua em sua boca enquanto apertava suas costas. O coração dela parecia que ia saltar do peito, depois de tantos anos, ela achou que nunca mais sentiria aquilo e lá estava ela, completamente entregue ao seu primeiro e único amor quando ainda tinha tantas coisas a serem ditas e resolvidas.

− Primeiro eu te beijo, depois eu te conto. – Fernando falou ofegante minutos depois, se afastando centímetros de Lucero.

Lucero sorriu, apalpando o peito de Fernando até levantar sua camisa e tirá-la do seu corpo. Ela estava ciente de que aquilo não estava certo, eles não podiam simplesmente fazer amor depois de tantos anos longe um do outro, além de Hannah estar dormindo no quarto. Independente do contexto, seria estranho para a filha se deparar com aquela situação, mas ela não podia parar, pois seu marido parecia estar fora de si, como se nada pudesse separá-los, e o fato dele lhe jogar no sofá, se deitar por cima e beijar seu pescoço tirava qualquer lapso de juízo da sua mente.

− A Hannah. – Lucero sussurrou entre os lábios de Fernando.

Por um momento, Fernando se lembrou de que Hannah estava lá dentro e se levantou, olhando ao redor à procura de uma solução até que viu que uma porta de vidro separava a sala do resto da casa e correu para fechá-la, logo voltando para a mesma posição de antes sem se dar uma chance para pensar demais e se arrepender.

− Você tem certeza? – Lucero perguntou enquanto Fernando acariciava sua barriga e ela se erguia para fazer suas intimidades se tocarem ainda por cima das roupas.

− Shhh. – Fernando sussurrou e colocou um dedo nos lábios de Lucero, logo voltando a beijá-la.

Toda a raiva de Fernando se transformou em desejo, pelo menos até ele saciar a vontade de estar com Lucero novamente, depois ele não sabia se era capaz de odiá-la outra vez. Eles se beijaram com mais calma enquanto o homem a erguia pelos ombros para tirar sua roupa, logo descendo os lábios para o meio dos seus seios ainda cobertos pelo sutiã branco e seguindo com lambidas, mordidas e chupões pela barriga até despi-la completamente e continuar com os mesmos carinhos na intimidade da mulher que se contorcia e tentava controlar seus gemidos, pois mesmo com a porta fechada, Hannah poderia ouvir alguma coisa.

Me Reviviste TúOnde histórias criam vida. Descubra agora