Capítulo 36 ‐ There's Worse Ways To Go

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Oiee!! 🤩
Faz muito tempo que eu venho planejando escrever a Nat e o Steve em um cenário pós-apocalíptico e pensei, porque não trazer um background onde o Ultron tomou conta do planeta e agora eles são dois dos poucos sobreviventes?
A ideia tem tantos acontecimentos para serem desenvolvidos que vai ser mais uma one que vai virar fic maior no futuro!
Vem aí em breve! Mas fiquem com um gostinho...
Boa leitura 📖❤

—— ♡ ——

Ela despertou suando frio, o coração sacudindo no peito, os olhos arregalados. Tinham sido as mesmas imagens de todas as noites, Ultron acabando com pessoas que ela se importava, um a um.

Claro que aquela máquina de matar já havia aprendido como atingir cada um deles, então deixou Rogers por último, quando a batalha estava no fim, para que ela visse todos os detalhes torturantes.

Quando a russa desabou ao chão desesperada e viu o loiro também caído a alguns passos de distância, com uma barra de ferro cravada em seu ombro, a ira já havia destruído tudo dentro dela. Ultron matara Thor, Banner, Clint, Tony e agora só restavam ela, Maximoff e Steve, o último já prestes a morrer.

O assassino parecia até se alimentar do sofrimento alheio. Natasha stava cansada, cada parte de seu corpo doía, mas ela tinha sido treinada a levantar, então o fez, com o berro de dor do Capitão ainda ecoando em sua cabeça.

—Ei, sucata desgraçada! –A ruiva gritou para chamar a atenção do android que ainda encarava encantado o sofrimento de Steve e o sangue que escorria dele. —Ainda tem bateria? Porque não vem aqui e vamos ver se você aguenta?

Então os olhos vermelhos a encararam. Apesar de serem inexpressivos por ser uma máquina, eles pareciam frios demais, como se tivessem armazenado toda a dor causada em Sokovia, cada dor das vítimas que viu morrer aos poucos.

Ela acordava todas as vezes naquele instante, antes da próxima ação de Ultron. Era horrível saber que não era só um pesadelo, tinha acontecido de verdade. Aquela cicatriz em seu braço provava isso, bem onde ele a acertou três anos atrás.

—Hey, garotão! –Ela sorriu ao ver Russell se aproximar desenfreado, em seguida passou a mão no pelo cinzento do cachorro. —Tá agitado, né? Não podemos sair agora. É perigoso.

Além das lembranças horríveis e da cicatriz, não havia um pedaço daquele novo mundo que não a lembrasse daquele dia. Ela finalizara Ultron com um golpe certeiro, espetando em seu peito um vergalhão que se soltou dos escombros. Mas, a aquela altura não existia somente ele e sim cópias e mais cópias menos desenvolvidas em consciência, mas igualmente letais.

O mundo que eles conheciam sucumbiu em minutos e 96% da população mundial foi assassinada pelos impiedosos androids. Tinha sido um milagre encontrar Russell, já que ela não via sinal de vida há muito tempo.

—Vem, vamos comer. –Ela se levantou da frente da janela, por onde olhava com a mira do rifle e, foi até a vasilha vazia, colocando um punhado de ração que logo começou a ser devorada pelo animal.  —Isso aí, precisamos de energia para hoje a noite.

Desde que o planeta havia sido dominado por aquelas coisas, as cópias de Ultron faziam patrulhas pelas ruas, procurando por algum alvo restante para executar, então a melhor hora para sair era quando o Sol se punha, quando eles estavam em menor número. Era nesse período que Natasha aproveitava para procurar suprimentos.

A mulher abriu uma lata de feijão e se sentou para continuar vigiando pela fresta da janela enquanto comia. Não ter eletricidade e nem poder acender uma fogueira para não chamar atenção tornava complicado cozinhar algo, então a única escolha eram os produtos prontos.

Accidentally in Love - One-shots RomanogersOnde histórias criam vida. Descubra agora