Capítulo 10 - Enquanto a Neve Cair

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Olá amores!
Desculpem a demora para aparecer por aqui, está uma correria a vida por causa das aulas e trabalhos da faculdade. Mas saibam que sempre eu volto, viu?
Capítulo novo para vocês! Espero que gostem, boa leitura! 💕

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Sofás brancos de couro dispostos de frente um para o outro, quadros abstratos nas paredes e plantas em cantos estratégicos, um lustre pendia do centro do teto iluminando o ambiente. Para Natasha aquele lugar era o último em uma lista de lugares que ela gostaria de estar no momento, já para Steve aquela era uma última esperança para o relacionamento dos dois, que já estava a um triz de ir para os ares.

Sentada com as pernas cruzadas ela encarava qualquer outro ponto por um bom tempo, se recusava a sequer olhar por alguns segundos para o loiro sentado no sofá do outro lado da sala. "Nós estamos agindo como dois infantis", ela pensava, sequer sentar no mesmo sofá já passava a ser um nível diferente de raiva.

—Senhor e senhora Rogers. –Uma mulher chamou após abrir a porta e dar passagem para que os pacientes anteriores saíssem.

A ruiva se levantou como uma criança que odeia vegetais levanta de onde está brincando para comer brócolis no almoço, com total desinteresse. Quando finalmente direcionou o olhar para Rogers foi com uma expressão de poucos amigos.

—Eu não acredito que me convenceu a vir aqui. –Ela murmurou ao passar por ele e adentrar pela porta do consultório, antes disso cumprimentando a terapeuta que os esperava na entrada.

Duas poltronas da mesma cor e mesmo material que os sofás do lado de fora estavam posicionadas viradas de frente para uma terceira sozinha. Ao fundo uma agradável luz passava pela persiana entreaberta.

—Por favor, sentem-se, fiquem à vontade. –A mulher sorriu, falando de forma simpática.

Ficar à vontade era a única coisa que eles não conseguiam naquela situação, mas na realidade, não era nada fora do comum, muitas pessoas faziam terapia de casal, ter uma profissional guiando-os para encontrarem os principais fatores que geraram os desentendimentos, conversarem sobre isso e tentarem encontrar soluções para voltarem a se entender era algo bom, talvez fosse dessa ajuda, desse empurrãozinho que precisavam, Steve sugeriu.

Aquela sugestão se perpetuou por semanas, mas a ideia de sentar em um consultório e falar sobre os dois não entrava na cabeça de Natasha, ela simplesmente não se imaginava falando sobre aquilo naquele momento, não queria, não conseguia. Aliás, não só naquele momento, mas o assunto "Steve Rogers" esteve longe de seus diálogos com quem quer que fosse nos últimos dias.

—Vamos começar? Eu quero que me vejam como uma amiga, nada que conversarmos aqui sairá dessa sala. Tudo bem? –A Dra. Silvia, indicação de Wanda e Bucky, prometeu e os dois assentiram —Começamos então pelo ponto em que tudo começou a se complicar. Eu vou ter que colocar o dedo na ferida, mas prometo que vamos assopra-la logo.

—Bom... É complicado... –Steve falou, mas foi interrompido.

—Na verdade as expectativas estragam um pouco, eu acho. –Natasha fitava o chão enquanto sentia o gelado tecido da poltrona.

—Entendo. Quais você pensa serem as expectativas que vocês colocaram nesse relacionamento? –Silvia a questionou enquanto anotava algo na caderneta.

—Eu acho que eu meio que acostumei tanto com o jeito como eu e Steve sempre nos entendemos, nossa cumplicidade e confiança que eu... –Natasha permitiu seus olhos encontrarem os dele, ela evitou isso o quanto pôde, pois sabia que um diferente tipo de dor que ela nunca tinha sentido antes a atormentaria até o final daquele dia e o começo de outro —Que eu não pensei que em algum momento essa confiança ia se perder. E também, não esperava que seria sem nenhum motivo.

Accidentally in Love - One-shots RomanogersOnde histórias criam vida. Descubra agora