capitulo 6

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Ret

Bob: Não fode Ret, seu porra! -gritou tentando me jogar as garrafas de cerveja

-Nunca vi um corno de perto, colfoi o problema? -falei vendo ele levantar da cadeira e meti o pé subindo a biqueira

Os anos foram generosos com alguns, tipo comigo o tempo só favoreceu. Não posso dizer que tenho o mesmo pique de 20 anos atrás, mas tenho o macete e experiência.

A vida da Penha é só lazer, uma missão de vez em quando é necessário, ficamos em Bangu resolvemos b.o e depois voltamos. Invasão?nunca mais vi, papo reto. Vidigal entrou em uma treta e mataram o antigo sargento da polícia, puxaram o foco só pra eles.  Posso até dizer que a polícia tá nos ajudando no território, poderia ter sido preso várias vezes mas apenas informo que sou uma celebridade do crime.

O trabalho não parou nesses anos, existe as treta da favela e o nosso trampo fora dela também.

Não vô mentir que tô desconfiado, a Penha tá sossegada demais. Porém, fé no pai que ele é justo.

Fael: Tá maluco porra, falando sozinho? -virei a cabeça vendo ele parado na porta da salinha

-Tô falando com o meu ponto imaginário. -coloquei o dedo no ouvido e ele revirou os olhos saindo andando -Tá sabendo que hoje é dia de reunião dos coroa, né?

Fael: É todo final de semana isso na minha favela. -resmungou se sentando na cadeira

Observei a salinha que já vivi muitas histórias, antes e depois do meu relacionamento com a Luana. Foi dentro dessa sala que a safada me deu um chá de boceta e um olho roxo depois que o Fael descobriu.

Esse velho não vai respeitar que eu amo a filha dele mais que tudo nesse mundo. Eu sei que foi estranho para todos, um cafajeste assumir uma mulher anos mais nova e inexperiente. Mas esse era o meu objetivo, ensinar a minha mulher tudo o que ela quisesse.

Hoje, a Luana é uma mulher madura e segue me deixando completamente atordoado por ela. E digamos que eu sou um ótimo professor, porque essa mulher me tem nas mãos.

Sempre disse que ela colocou minha cueca na boca do sapo, ninguém acredita.

Fael: Tu escutou? -levantei a cabeça e ele negou -Tá drogado hoje?

-Não, tô pensando na foda que tu atrapalhou mais cedo. -brinquei e ele destravou a pistola -Tô brincando sogrão.

Fael: Escuta. -virou pegando um baseado -Hoje tem a resenha lá na base, e domingo é a limpa.

Não sei como esse traste ainda tem pulmão, a Bianca fez ele ficar meses sem usar quando o meu afilhado Léo era recém-nascido. Mas depois ele voltou com o vício, longe dela porque a única mulher que mete medo nesse homem é a Bibi perigosa.

-Certo, tem aquele b.o da vizinha que foi assaltada na entrada da favela.

Fael: Caralho, e quem foi o filho da puta?

Fiquei em silêncio quando a porta abriu e o VT apareceu com alguns vapores. Ele é o frente da gerência com o Bob, cuidam dos vapores e são os traficantes responsáveis pela organização nas invasão.

VT: Patrão, tem uma situação pra resolver.

Fael: Colfoi? -suspirou e levantou

-Vamos descobrir. -destravei a pistola e sair na frente dando um tapa no pescoço do VT

VT: Filho de uma puta. -xingou

-Ela era mermo, no bordel da baixada. -falei e ele gargalhou dando dedo

LIBERTINAGEM - 2° LIVRO (CONCLUÍDA + EM REVISÃO) REPOSTANDOOnde histórias criam vida. Descubra agora