capítulo 22

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ALERTA: LUTO

Lua

O maldito do Roger estava impaciente quando recebeu uma ligação de invasão, eu já imaginava que seria os meninos. Mas não tinha como saber o que esse homem iria fazer.

Aurora já não tinha mais forças para chorar e eu sentia que a Lorena já não tinha postura para se mostrar forte.

Nicole até o último segundo pediu perdão e ninava o filho em seu colo.

Enquanto eu segurava meu pingente orando o pai nosso.

Xxx: A mulher do Ret, cadê?

Nicole: Roger, deixa ela em paz. -gritou e ele bateu no rosto dela fazendo o menino gritar

Xxx: Calada! -rugiu e se aproximou -Qual das duas é a mulher do filho da puta?

Lorena: Luana.. -minha amiga entregou Aurora querendo ir no meu lugar mas eu neguei levantando

-Sou eu. -falei firme e ele segurou meu cabelo com força

Xxx: Se o tempo não fosse curto, daria um bom proveito nesse corpo. -puxou minha blusa e beijou meu pescoço

Senti vontade de vomitar quando ele passou a mão nas minhas pernas.

Nicole: Roger. -chamou em súplicas

Xxx: Tu será moeda de troca. -falou no meu ouvido e escutamos disparos perto de nós duas

Ele levantou a arma colocando na minha cabeça e em um movimento rápido a Nicole jogou o menino no colo da Lorena.

Gritei quando a Nicole me puxou tomando minha frente e o Roger disparou nela. Gritei também quando ela pegou a arma e desferiu 5 tiros nele.

Lorena: Luana, Nicole! -gritou levantando

Em choque ajoelhei com minha amiga no colo.

Nicole: Cuidem dele. -sussurrou fraco -Fala para o Caio cuidar do nosso filho, por favor.

-Calma, eles já chegaram vamos conseguir te salvar. -senti meu rosto paralisado

Nicole: Não deixem meu filho sentir falta do meu apoio, ajudem o Caio cuidar dele. -pediu tremendo -Me perdoem por tudo.

-Nicole, por favor. -gritei

Lorena: Nicole. -se aproximou

Henrique: Eu tô com medo. -segurei o menino no colo quando a porta abriu

Completamente em choque os minutos a seguir foram de desespero total. O Filipe conferiu cada pedaço meu procurando algum machucado, Vinícius segurou a filha e abraçou a mulher.

Caio travado foi até a Nicole carregando ela no colo e saiu correndo enquanto eu só apertava o menino Henrique como se minha missão fosse cuidar dele agora.

Saímos da favela e eu fiquei agarrada no meu coroa o caminho inteiro. Recebemos uma ligação que um dos meus tios foram baleados também.

Chegamos na favela sendo recebidos pelo carinho da Bianca e da dona Lurdes.

Demos banho no Henrique, comemos e agora estávamos esperando notícias do hospital.

A porta da casa abriu com um semblante abatido meu pai entrou com o Filipe.

O Henrique dormia no sofá depois de tanto abalo mental.

-Ela tá bem?

Filipe: Preciso da tua força, certo? -falou e eu segurei o choro -Nicole não resistiu, teu amigo está descontrolado e preciso que tu ajude.

Mesmo depois de perder um amigo, eu ainda não me acostumei com esse tipo de luto.

Nicole errou, mas merecia uma segunda ou terceira chance.

Era pesado demais a carga de ter que lidar com tudo isso novamente. E o pior é que o sentimento ruim ainda permanece no meu peito.

Fael: Filha. -virei vendo ele se aproximando -Estamos sentindo a mesma dor hoje.

-Quem foi? -senti meu corpo tremer

Ret: Perigo, nosso amigo Mateus pulou na bala pelo Rafael. -falou e eu vi os olhos do meu pai encherem de lágrimas pela primeira depois de anos

-Pai, sinto muito. -abracei ele sentindo uma dor insuportável -Eu sinto muito.

Fael: Sentimos. -suspirou beijando minha testa -Vamos fazer um enterro digno, fique tranquila.  

Me afastei e a porta abriu com o Caio desesperado. Em seguida o Vinícius e a Lorena se aproximou acudindo nosso amigo.

Bob: Eu perdi o amor da minha vida. -sussurrou e eu corri até ele -Ela fez muita merda, mas era a porra do amor da minha vida Luana.

-Eu sei. -encarei os olhos dele

Bob: Eu perdi o meu melhor amigo anos atrás, agora a minha mulher. -me olhou quebrado

-O amor de vocês está eternizado.  -levantei e segurei a mão dele puxando até o sofá aonde o Henrique dormia

Bob: É nosso?meu e dela? -virou para mim e eu assentir

Não tive forças quando o Caio se aproximou abraçando o menino.

Fael: Precisamos desovar os corpos dos filhos da puta. -falou com o Filipe e Vinícius

LIBERTINAGEM - 2° LIVRO (CONCLUÍDA + EM REVISÃO) REPOSTANDOOnde histórias criam vida. Descubra agora