LIBERTINAGEM - 2° LIVRO (CONCLUÍDA + EM REVISÃO) REPOSTANDO

capítulo 11

Lua

Entrei na minha primeira casa vendo os brinquedos do Léo espalhado pela sala toda, senti o cheiro do tempero da dona Lurdes e me aproximei.

-Alguém nessa residência? -gritei vendo Léo descer as escadas e me abraçar

Léo: Lulu, aconteceu de novo. -beijei a testa dele

-O que houve?

Léo: Nossa mãe brigou com nosso pai, e ele saiu bravo. -resmungou

Não quis explicar para o Léo que não temos a mesma mãe, mas durante esse tempo eu criei uma relação boa com a Bianca e considero ela como minha mãe também.

Não é a primeira vez que eles brigam na frente do Léo, na última vez eu conversei com ambos que não iria deixar a infância do meu irmão trazer trauma por causa de brigas.

Eu puxo Léo para dormir comigo e com Filipe quando as brigas ficam intensas, eu sei bem que o senhor Fael tem um gênio forte.

-Sério Léo? -ajoelhei na frente dele -Sinto muito. Vamo resolver isso, certo?

Léo: Sim, tive que ir dormir no meio das gritaria. -cruzou os braços

Bianca: Leonardo ativou o modo fofoqueiro? -apareceu na sala com os olhos vermelhos

-Léo, vai ficar um pouco com a vó Lurdes. -apontei e ele saiu correndo quase levando o tapete da sala

Bianca: Eu tô cansada Lua, de verdade. -piscou os olhos e sentou no sofá

-O que o senhor Fael fez?

Bianca: Eu não quero criticar seu pai, mas ele está terrível.  Eu esperava maturidade de acordo com o avanço da idade, mas tô recebendo ignorância e confusão.

-Tu tem que conversar com ele. -sentei no sofá puxando ela -O Léo acaba sendo envolvido nessa confusão, sabe?

Bianca: Sim, se não fosse tão tarde ia ligar para tu vim buscar ele para dormir contigo.

-Eu fico triste vendo tu e ele brigando, mas se não der mais certo é melhor afastar. Sempre será a única mulher que eu aceitei nessa família. -beijei a testa dela que me olhou com os olhos vermelhos

Bianca: Eu amo você Luana, como se fosse minha filha. -me abraçou e viramos juntas quando ouvimos a porta abrir

Senhor Fael passou com a cara fechada e parou analisando nós duas juntas.

-Bença pai. -levantei indo até ele -Quero falar contigo.

Fael: Se for mais treta na minha cabeça, não tô afim. -falou direto e a Bia levantou apontando

Bianca: Tá vendo como é um ogro? -resmungou e eu fiz cara feia indo para perto dela

Fael: Já veio se unir com ela, virou complô. -falou

Bianca: Vou ajudar a dona Lurdes na cozinha. -passou por ele com a cara fechada

-Eu falei que quero conversar com o meu pai, tá podendo ou tu vai ficar nessa birra aí? -cruzei os braços

Fael: Pode falar, mandada.

Sentei no sofá agora com o meu coroa e quase iniciei um casos de família me sentindo a própria apresentadora.

-Pai, tu vai perder a mulher da tua vida. -falei direta e ele me olhou torto -O que tá acontecendo?

Fael: Problemas na favela. -resmungou

-E tu desconta na tua mulher?

Fael: Eu não vô ficar ouvindo esculacho da minha própria filha. -levantou e eu segurei o braço dele

-Rafael. -olhei feio para ele -Se o senhor magoar a Bia, eu vou estar com ela. Eu amo tu, mas não destrua alguém que te apoia sempre.

Fael: Bianca é surtada pô, não tô na idade de ficar lidando com birra de mulher maluca.

-O diálogo é a melhor opção. -pisquei encarando ele -Deixa o Léo comigo e com Filipe, cuidamos dele e tenta conversar com ela. 

Fael: Posso ver isso aí. -falou alisando minha testa e parou a mão no meu pescoço -O caralho que aquele filha da puta fez isso.

-O quê? -arregalei os olhos e ele fitou o meu pescoço marcado

Fael: Tá maluca de deixar aquele merda te marcar assim Luana? -levantou pegando o radinho

Fechei os olhos quando a porta abriu e o Filipe passou sorrindo largamente.

Fael: Boa hora. -pegou o brinquedo do Léo e lançou no meu homem que se abaixou -Tu é sanguessuga filho da puta? Vou devolver essa marca roxa em tu também.

Ret: Ela gosta, não posso fazer nada. -gritou desviando do carrinho remoto do Léo

Léo: Pai, não joga o meu carrinho. -apareceu na sala gritando e foi correndo até o Filipe que pegou meu irmão no colo usando de escudo

-Já começou? -suspirei fechando os olhos