capítulo 10

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Ret

Levantei com o braço dormente depois da Anabelle dormir encima. Virei a noite testando minha veracidade e agora acordei travado da coluna. Nem tenho o mesmo pique para lidar com a safada da minha mulher.

Tomei um torsilax e subi a favela indo ouvir as reclamações do grande homem.

Carioca: Aí papai Ret, paga minha pensão. -virei para o menor que é tão perturbado quanto eu nessa favela

-Já disse que era só um pente e rala com tua coroa. -falei vendo ele gargalhar

Carioca: Tá com uma rapaziada nova aí. -se aproximou segurando uma sacola de salgado

-Se for mais demônios igual tu e teus parceiros, eu vô mandar descer. -apontei para o grupo que anda com ele

Os menor da baixada se acolheu tudo na favela. Fael virou creche e deixou uns 15 adoslecente subir o morro para fugir das outras favelas que tavam com treta com a polícia.

Grego: Já fizemos nosso trabalho. -apontou para o radinho -Tamo ligado em tudo.

-Tá certo. -bati na testa do outro magrelo -Quero geral na função, longe da biqueira.

Carioca: Sim senhor. -fez sinal de continência e saiu correndo com os outros crias

Subi as escadarias ainda sentindo minha coluna puxando um pouco.

VT: Patrão tá com o capeta. -falou fechando a porta da salinha

-Pô, e quando ele não esteve? -falei rindo

VT: Entra aí. -apontou e saiu andando

Abrir a porta vendo o grande homem sujo de sangue segurando uma pistola e um gordinho bolôlô largado no chão.

-Caralho. -fiz careta -Nem tomei café ainda.

Fael: Enfiou o celular no rabo. -resmungou -Tu tava fazendo o que ontem filho da puta?

-Dependendo do horário melhor tu nem saber. -me aproximei do corpo em estatísticas -Manda o papo.

Fael: Mensageiro, trouxe uma porra de ameaça anônima.

-Pô, ameaça anônima? -cruzei os braços -Que coisa do passado.

Fael: Tava tudo muito calmo. -resmungou e levantou o celular -Tua cara tá no tribunal.

-Nem fudendo. -encarei indignado -Botaram minha pior foto? Caralho, essa mídia é uma merda mermo.

Fael: Sabe minha vontade?largar tu nas mãos dos milícia para tu perder todos esses dentes. Porque se eu faço isso, fico sem filha.

-Minha cara no tribunal não é novidade grande homem.

Fael: Tua cabeça tá valendo 15 milhões, seu porra.

-Isso também não é novidade, nunca caímos para milícia.

Fael: É, mas eu tô sentindo uma parada diferente. -encarou a pistola

-Fala, tu é igual tua cria sensitiva.

Fael: Tem algum infiltrado, e Deus proteja quem entrar no meu caminho quando eu descobrir.

-Tu desconfia de alguém?

Fael: Não, mas envolve alguém próximo. -apontou o dedo -Precisamos trocar o assalto do banco e focar em tu.

-Eu tô tranquilo, se cair também é história.

Fael: História? Se tu cair na pista, eles vão torturar tu da pior forma. -me encarou e eu pude ver a preocupação em seu rosto

-Relaxa homem, vamo atrás da tua intuição e depois resolvemos essa parada.

Levantei pegando meu celular e tirei uma foto colocando no insta.

Fael: Tá fazendo o que aí?

-Postando uma foto melhor para sair nos jornais. -falei rindo

Fael: Namoral, sai dessa sala e trata de mandar alguém levar esse merda pro riacho. -apontou para porta

-O plano é qual agora? -cruzei os braços

Fael: Vô reunir os irmãos e vamo resolver da melhor forma. -ascendeu o cigarro -E deixa a Luana fora disso.

-Nem tenho dúvidas. -caminhei até a porta -Aquela mulher sempre será minha prioridade, daria minha vida por ela e tu sabe disso aí.

Sair da sala vendo o Bob largado na escadaria tragando um baseado.

LIBERTINAGEM - 2° LIVRO (CONCLUÍDA + EM REVISÃO) REPOSTANDOOnde histórias criam vida. Descubra agora