capitulo 21

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Ret


Desci a favela carregando uma parafal nas costas e entrei na van, estávamos separados em grupo.

Já tínhamos encontrado a localização da Luana graças ao pingente que ela usa e o grande homem deixa um localizador.

Filha do chefe e mulher de subchefe tem que andar com GPS, sem dúvidas.

Vigor: Tá sinistra tua fisionomia irmão. -virei vendo ele destravando a pistola

-É minha mulher, afilhada e mulher dos irmãos. -respondi virando o rosto -E pela primeira vez, não tô sentindo um bagulho bom.

Perigo: Ih caralho, o gênio amarrou?

-Pode ser neurose, mas é uma parada diferente.

Guga: Tamo em maior quantidade pô, vai ser fácil invadir aquele morro.

Coringa: Esse é o caô, facilidade é um desafio também.

-Se eu cair trocando tiro com aqueles filho da puta. Salvem minha mulher, ela é a prioridade.

Fael: Tá maluco, pô?ninguém vai cair não.

Terror: Papo sinistro, tamo chegando. -alertou diminuindo a velocidade da van

Descemos da van uma viela antes na faixa da Vila Velha, vamo invadir de uma vez só.

VT: Ret? -virei a cabeça quando ele se aproximou com os outros grupos de vapores

-Manda o papo.

VT: Se algo acontecer, salva minha filha e minha mulher. -se aproximou batendo nas minhas costas -Eu estarei colocando a tua como prioridade sempre também.

-Sem dúvidas. -bati no braço dele -Somos a diversão dessa missão, e tu nem vai querer saber o que eu vou fazer com o tal maridão da Nicole.

VT: A vingança vai ser longa chefe. -resmungou se unindo ao grupo dele

Me aproximei do Guga que guardava a metralhadora enquanto o Perigo comia um cachorro quente que comprou antes de sair.

Fael tava posturado e calmo, sabia que naquela mente passava várias fita.

Eu não sabia o que era dormir, não conseguia fazer isso faz 3 semanas. Também não conseguia comer e nem fumar, papo reto. Tava uma vala de estresse e descontaria tudo nesse resgate.

Fael: Geral. -falou no rádio -A missão é uma só, agilidade nessa porra. Quero geral dando a vida, independente do que acontecer o velório será digno.

Perigo: Por favor, quero geral abrindo whisky no meu velório. -falou rindo

Coringa: Cala a boca, seu porra.

Fiz o sinal da cruz e me aproximei dele destravando a parafal.

-Deus tenha piedade daquele que entrar no meu caminho. -suspirei arrumando minha postura

Terror: Caralho, isso ficou uma cena de filme.

-Eu sei, sou pica. -sorrir torto

Guga: Papo reto, aquele do mercenários. -falou sério

Esperamos a terceira ordem e subimos a vila velha metendo bala em todo mundo.

Vigor: Tô contigo irmão. -virei vendo ele me seguindo -O plano é?

-Não tem plano. -falei e ele revirou os olhos -Só vamo meter bala.

Vigor: Porra, seguir o mais maluco do bonde, puta que me pariu. -resmungou

Envolvemos uns 15 aliados e estávamos em uma quantia boa de traficantes.

Perigo: Ali ó. -apontou a arma e atirou no menor mirando nas costas do VT

-Fica ligado costas filho da puta. -resmunguei no rádio

Subimos em grupo até aonde o GPS tava dando localização e invadimos as portinhas menores.

Tava tudo muito fácil, a invasão foi menos de 15 minutos e já tínhamos dominado tudo.

Escutamos dois disparos da salinha na vala da favela e senti até os pelos da minha nuca arrepiando.

O grito estridente da Luana me despertou e eu sair correndo sendo seguido pelo Vinícius e o Bob que assim que abriu a porta da sala se ajoelhou.

Avistei a Luana coberta de sangue protegendo um menino, ao lado dela Lorena e a Nicole. Um homem largado no chão que eu julgo ser o tal Roger.

Luana: Filipe. -gritou chorando e eu me ajoelhei diante dela -Ela morreu, ela levou um tiro por mim.

Não tive coragem de olhar para trás quando o VT gritou e o Bob soltou um gemido doloroso na sala. Fael entrou com nossos irmãos e vieram acudir.

Observei o desespero da minha mulher e novamente a história se repete.

LIBERTINAGEM - 2° LIVRO (CONCLUÍDA + EM REVISÃO) REPOSTANDOOnde histórias criam vida. Descubra agora