Capítulo 11

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Winter Rosewood: 

Acordo em um sobressalto. Foi um sonho. Um maldito sonho.

Pareceu tão real.... Meu subconsciente pregou uma peça boa. A dor de cabeça se seguiu intensa e meu braço começou a coçar, indicando que o Lorde das Trevas desejava me ver. Mattheo deve ter contado para ele sobre o cálice, ou um de seus outros infiltrados no castelo.

Ainda sonolenta me levanto da cama e vou até a escrivaninha, pegando um papel de carta e uma pena.

"Está feito.

— Winter Rosewood"

Coloco um robe por cima da camisola e fecho a porta do dormitório com cuidado, para não acordar Sadie. Mattheo estava saindo de seu quarto quando eu o encontrei.

— Entregue isso por favor. — Disse o alcançando o envelope fino. Com exitação, o garoto segurou a carta endereçada ao seu pai. 

— Você não vem? — A apreensão em seu olhar me fez sentir culpada. 

— Hoje não. — Com um sorriso fraco e o braço latejando em dor, me despedi. — Boa sorte.

— Pra você também, Winter. 


Uma hora depois a dor no braço havia se tornado lancinante, me fazendo arder em febre.A sensação insuportável me fez caminhar em direção às escadas que davam para a sala comunal, em busca do ar fresco dos corredores.Meu corpo tremia devido a febre, cada passo nos degraus sendo torturante.

—Winter? O que faz aqui? Está tarde. — Theodore estava parado no fim da escadaria com um livro nas mãos. — Você está bem?

— Eu... — A imagem dele em minha frente estava salpicada de pontos coloridos. — Eu.. Não estou.. Muito bem.... — Meu corpo estava fraco demais.

O garoto de olhos verdes colocou a mão em minha testa sentindo a temperatura. Seus olhos se arregalaram e então, meu corpo cedeu.

Em um lapso de consciência, pude sentir Nott me carregar escada acima e me deitar em algo macio. Suas mãos agarrando o meu pulso. Um xingamento. Algo frio em minha testa. Vozes.


— O que ela está fazendo aqui? — Disse uma voz ao longe.

— Que porra é aquela no pulso dela Mattheo? Foi você quem fez isso.

— Não fale merda Nott, eu nunca machucaria ela. Diferente de você.

—Que merda você quer dizer com isso?

— Saia daqui. Eu cuido dela.

— Claro que cuida, não é? Você é o culpado disso tudo. Da marca.

— Tem certeza que fui eu? — O tom das vozes sussurradas cada vez mais furioso. — Você não sabe de nada mesmo, né?

— Escuta aqui Riddle, você vai se afastar dela. Você é péssima influência.

—Acho que quem deveria se afastar é você. Você colocou ela nessa posição. Seu idiota.

Minha consciência recobrou de repente.

— Quietos... — E então fui sugada pelo breu novamente.

Quando abro os olhos, o quarto está iluminado. Sinto algo frio no meu rosto, uma pequena toalha úmida. Quando a coloca sobre o criado-mudo vejo Theodore dormindo sentado em uma cadeira próxima da cama.

An Enemie's Story - Theodore NottOnde histórias criam vida. Descubra agora