Capítulo 14

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Winter Rosewood:

Acordo com o corpo dolorido. O feitiço de conjuração havia tomado tudo de mim. O pequenino filhote de Rabo-Córneo Húngaro devia estar muito bem protegido com um feitiço antes, e levá-lo até sua mãe havia sido complicado, mas me aliviava que os dois agora estivessem juntos e que Harry tivesse conseguido passar para a próxima etapa.

O relógio marcava 22h, indicando que o encontro com Theodore estava próximo. Meu orgulho me dizia para não ir, que ele havia me machucado e deveria pagar por isso. Por outo lado, algo me dizia para encontrá-lo, como uma força invisível me empurrando em sua direção.

Colocando meus sapatos e um casaco, me dirigi à Sala Precisa. Curiosidade guiando meus passos naquela direção.

A sala precisa apareceu na minha frente, substituindo a parede simples que antes alí havia. Uma energia diferente irradiava dela. Diferente de qualquer coisa que eu havia presenciado nas outras vezes com Mattheo. Com um suspiro, entrei.

O cômodo estava escuro e frio. Uma claraboia havia sido colocada ali, mostrando o céu salpicado de estrelas.

— Venha aqui. — Disse uma voz. Theo... As luzes noturnas iluminavam a sala com leveza. Theodore estava sentado em um edredom estendido sob a claraboia. A lua iluminando seus cabelos, dando um ar sombrio e intimista à cena. — Eu não mordo... — Um sorriso iluminou a cena.

Tudo aquilo era perigoso. Me fazendo querer dar meia volta e fugir. Com cautela, me aproximei do edredom e olhei para o sonserino. Ele me puxou delicadamente pela mão e me fez sentar ao seu lado.

— Como está se sentindo? — Perguntou ele, preocupação transpassando em seu olhar.

— Estou bem.. obrigada, por hoje mais cedo. — Ele se aproximou e escovou uma mecha de cabelo para atrás de minha orelha, me fazendo recuar e arrancando um suspiro decepcionado dele.

— Não precisa me agradecer. Eu faria quantas vezes fosse necessário, Winter. Falo sério. — Seu olhar demonstrava o quanto sério ele realmente falava.

— Theodore...

— Diabinha? ... — O apelido me arrancou uma risada amarga.

— Não me chame assim. Você sabe que não deve.

— Você costumava gostar disso quando éramos .. — Eu o interrompi de súbito.

— Amigos? Merlin sabe que já não somos mais isso a muito tempo, Theodore. — O garoto parecia cansado e suspirou em rendição.

— E o que você quer que eu diga? Nossa relação é toda fodida Winter. Eu te causei mal, sem saber, aliás. E você me causou mal de volta, mas sabendo o efeito que teria.

— Éramos crianças Theodore. Você ..

— Minha mãe morreu Winter! O que queria que eu fizesse? Você se afastou. Nem sequer foi ao velório... Porra! O que queria que eu pensasse? Tripudiou a morte de minha mãe como se não fosse nada! — Ele estava irritado, eu sabia. E ele tinha toda a razão. Mas eu também tinha tido meus motivos, ele não podia apagá-los assim, como se eu fosse a vilã da história.

— Não fui ao velório? Merda, Theodore! Eu estava sendo torturada! Dia após dia, sem descanso para comer ou dormir. QUATRO MESES THEODORE. Quatro meses... — O menino me olhou chocado. Raiva rapidamente consumindo suas feições.

— Eu juro Winter, só precisa me dizer quem foi e eu..

— "E eu" o que? Vai matar meus pais? — O garoto me olha surpreso, não acreditando no que eu acabara de dizer. — Eles mesmos fizeram isso comigo. Me prenderam no calabouço da mansão Riddle e me deixaram lá para os vermes! E então, meu pai me deserdou. Disse que eu era uma vergonha para o sobrenome Rosewood. Minha mãe me fez jurar lealdade ao Lorde das Trevas sob a maldição imperius, depois de meses sendo torturada física, psicológica e mentalmente. Ela disse que se eu jurasse lealdade ao Lorde, seria parte da família novamente. E quando eu disse que não queria aquilo, ela usou uma maldição imperdoável. Eu tinha 14 anos, Theodore.

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⏰ Última atualização: Mar 07 ⏰

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An Enemie's Story - Theodore NottOnde histórias criam vida. Descubra agora