Capítulo 9

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Winter Rosewood:

Após duas semanas e meia de minha tarefa ser incumbida, no desjejum foi anunciado pelo professor Dumbledore o início do torneio tribruxo, que seria sediado por nossa escola.

A entrada dos alunos das escolas visitantes foi um verdadeiro espetáculo ensaiado. Membros da escola Durmstrang e Beauxbaton chegaram ao castelo.

Jovens de trages pesados e modos rudes e outras com vestes delicadas e ações como as de borboletas, fascinando os estudantes da casa que os recebia. As garotas suspirando pelos musculosos jovens de Durmstrang. Os garotos rindo e cobiçando as moças de Beauxbatons.

— Prezados alunos, é com prazer que anuncio que receberemos em nossa escola as academias de Durmstrang e Beauxbatons, para competir no torneio tribruxo. Devo acrescentar que apenas alunos a partir dos 18 anos poderão se inscrever para a competição. Sendo assim, apresento-lhes os diretores: Professor Igor Karkaroff e Senhorita Olímpea Maxine.

Os alunos todos batem palmas, recepcionando os convidados e animados pelo início do torneio. É nesse momento que um cálice é trazido para o salão principal e então uma tocha de chama azulada passa a iluminar o local .

— Declaro oficialmente começado o Torneio Tribruxo de Hogwarts. — O alunado vai à loucura, os alunos gritam, cajados batem no chão, palmas são ouvidas e sussurros são trocados. A luz dos castiçais iluminam o candeeiro de luz azul flamejante.

O torneio tribruxo havia começado. E uma tragédia aconteceria também.

A aula seguinte foi de transfiguração, na tarefa de hoje, teríamos que transformar um pergaminho em um cálice. Minha dupla era Mattheo. Antes que pudesse perceber, um cálice é trocado pelo meu, revelando um Riddle muito sério.

Quando destranfiguramos o cálice, um bilhete aparece na minha frente, que logo coloco no meu bolso. Mattheo rapidamente coloca seu papel em minha mesa e pega um de seu bolso para substituir o espaço vazio na sua.

Nem preciso ler o conteúdo para saber do que se trata. Pego sua mão escondida e aperto em resposta. Sinto o mesmo gesto em retribuição. O mesmo me encara, seus olhos transmitem preocupação, não sei se pela tarefa incumbida pelo seu pai, ou pelo fato que serei eu a realiza-la. 

Tento transmitir um olhar tranquilizador enquanto aperto sua mão novamente, um sorriso leve deixando meus lábios, indicando que ficará tudo bem. Não importa o que aconteça. Essa tarefa não deve ser pior do que as coisas que já tive que fazer ou até mesmo passei pelo Lorde das Trevas.

Na saída da aula sou interditada por Theodore. Meu coração erra uma batida ao vê-lo olhando seriamente para mim. O cabelo desarrumado e a gravata ligeiramente torta. Antes que eu possa me conter, me pego ajeitando-a. O ato também pega Nott desprevenido, seus olhos se arregalando ligeiramente.

— O quê? Estava torta! Não deveria andar por aí tão desleixado, não vai de acordo com o código de vestimenta. — Theodore me olha com um sorriso engraçado estampando suas feições. Como se não acreditasse no que eu digo.

— Torta... Sei. — Minhas feições se endurecem e seu sorriso se alarga.

— Eu te odeio! — O garoto deixa uma risadinha escapar.

— Odeia, mesmo? — Com um bufo, viro as costas, mas antes que eu possa começar a andar, ele segura meu braço, me virando de volta para ele. Suas feições se tornam endurecidas novamente, como se tivesse se lembrado do que tinha para me falar antes.

An Enemie's Story - Theodore NottOnde histórias criam vida. Descubra agora