Capítulo 12

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Winter Rosewood:

Na manhã seguinte, sabia que tinha que me aproximar mais de Harry. O Lorde das Trevas não havia me dado nenhuma trégua duas noites atrás e eu precisava consertar isso.

Acabei dormindo mais do que o permitido, então não pude tomar café da manhã no Salão. Agarrei um rolinho de canela na saída da comunal. Um elfo que saía com uma fornada fresquinha da cozinha me olhou feio. Murmurei desculpas enquanto ele continuava seu caminho.

A primeira aula do dia era Defesa Contra a Arte das Trevas. O professor novo, Alastor Moody estava coordenando a aula.  Pansy me explicou que ele havia sido apresentado como o novo professor de DCAT naquela manhã.

O tema da aula de hoje seriam as maldições imperdoáveis.

— Weasley? — Chamou o professor. O ruivo se levantou amedrontado. — Diga-nos uma maldição.

— Bom.. Meu pai um dia.. Me falou sobre uma.. — O professor concordou com a cabeça, incentivando-o a continuar. — A maldição Imperius. 

Ah é. Seu pai sabe tudo sobre esta. — Alastor retirou então uma pequena aranha de um pote em cima de sua mesa. — Engorgio — Ele disse, deixando a aranha muito maior. — Imperio. — A grande aranha controlada foi lançada então para a cabeça de Crabbe. — Não se preocupe. É inofensiva. — A criatura foi colocada na cabeça de Weasley que estava morrendo de medo. — Se ela morder, é letal.  — Alastor ria. Assim como Malfoy, achando graça de tudo. — Do que estava rindo? — Diz o professor, lançando a aranha na cara de Draco, que grita como uma menininha.

— Tira isso de mim! Tira isso de mim! Tira! — Diz o loiro desesperado. Fazendo Potter rir e bater palmas. A situação toda me deixando de estômago revirado.

— Bem talentosa, não é? — Moody diz para a turma, transferindo a aranha de um lado para o outro com a maldição. — O que a mando fazer agora? Pular pela janela? Se  afogar? O olhar lunático de Moody se sobressaindo. Prazer, era isso que ele estampava. — O mais velho traz a pobre criatura desesperada de volta para sua mão. — Longbotton, não é? Qual é a próxima maldição?

Neville assente. 

— Maldição Cruciatus. — Diz o garoto aflito.

— Correto. Venha. — Diz o professor. — Venha, não seja tímido. — É bem desagradável. É a maldição da tortura. Crucio.  — A aranha agoniza em dor, me fazendo grunhir. 

— Pare! Não está vendo? Não vê que está fazendo mal à ele?  — Diz Hermione, me tirando do transe. A aranha termina sua agonia e Alastor a leva até a mesa da garota.

— Talvez possa nos dizer a última maldição imperdoável, senhorita Granger. — A garota sacode a cabeça em negação. E bile sobe à minha garganta. — AVADA KEDAVRA! — A pobre criatura cai morta, me fazendo derrubar lágrimas. Ao menos, ela poderia descansar com o dom da morte. — A maldição da morte. Só uma pessoa sobreviveu a ela. E está bem aqui nesta sala. DISPENSADOS!.

A classe toda sai pela porta, incluindo o professor. Me deixando sozinha, olhando para a aranha e pensando que tiveram misericórdia com ela. 

Quando estava saindo da sala de DCAT, Ron estava brigando com Harry no corredor. Dizendo que não era mais seu amigo, pois amigos não escondem as coisas e mais um monte de baboseiras. Tirei minha gravata e broche e escondi em minha capa preta simples. Fiquei encostada contra a parede esperando a briga mesquinha acabar. Uma oportunidade perfeita diante dos meus olhos.

An Enemie's Story - Theodore NottOnde histórias criam vida. Descubra agora