O passado não dita quem você é no presente, mas será que o presente será aceito tão bem quanto o passado?
Se esqueça de tudo, mas não esqueça do seu aroma.
Obra Minsung, Alfa x Alfa, dois alfas inexperientes e descobrindo sobre verdades do passado.
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POV HAN
Han vivia com sua mãe, uma linda mulher, cuja beleza parecia vir de outro mundo. Han tinha ela como uma jóia rara, amava sua mãe com toda as suas forças, ela era sua confidente, sabia que podia contar com ela pra tudo. Mas ele sabia que sua mãe escondia seu passado a sete chaves, sempre dizendo que no momento certo ela iria contar tudo, mas não se sentia preparada ainda. Han entendia, sabia que se era algo que impactava tanto ela assim, ela precisava do seu tempo para ter a coragem de contar tudo e ele aguardava, curioso como sempre, mas respeita a decisão da sua mãe.
Han tinha 19 anos, sabia que precisava ajudar em casa com as contas, afinal sua mãe tinha uma floricultura pequena no bairro, vendia o suficiente para nunca faltar nada, mas ele queria poder pagar por suas próprias contas e deixar sua mãe mais aliviada.
Han queria fazer faculdade de música, ele amava cantar, vivia cantarolando por onde ia, com seus fones inseparáveis, ouvindo suas músicas, que iam de líricos românticos a raps barulhentos, e ele amava todos, cantava todos, sua voz era versátil e ele não tinha medo de usá-la.
Depois que decidiu começar a trabalhar, sua mãe ofereceu uma vaga na floricultura, mas ele disse que precisava de um pouco mais de espaço, queria trabalhar em um lugar diferente, ver pessoas diferentes, ouvir suas histórias ou apenas observá-las. Han encontrou o lugar perfeito, um café, o local já estava na cidade uns dois anos, mas ele nunca tinha frequentado, achou o lugar maravilhoso, tinham uma cafeteria com livraria, o ambiente era aconchegante, com prateleiras enormes cheias de livros com suas histórias diversas. O cheiro do café emanava o local todo, fazendo tudo entrar em harmonia, todos que frequentavam esse lugar, pareciam entrar em seu próprio mundo, com suas xícaras quentes e seus livros de capas chamativas e convidativas.
Foi nesse café que Han começou a trabalhar, atendia as pessoas em suas mesas, fazendo seus pedidos e levando até a cozinha. Ele adorou ficar com esse papel, pois podia ver mais de perto o que as pessoas liam, ver suas feições ao se depararem com o fim de um capítulo, ou a tristeza de acabar um livro que tanto o prendeu. Gostava de imaginar a conexão dos livros, das pessoas e dos cafés diferentes que eles pediam, fazia histórias em sua cabeça e juntava suas palavras em uma canção, sempre as balbuciando baixinho em quanto limpava uma mesa ou caminhava até um cliente.
"Winter falls, oh
Winter falls, oh
Please fall before I fall
I loved you, loved you, loved you"
Han cantarolava sua nova invenção, baixinho, com seus pensamentos nos flocos de neve que caiam do lado de fora do café.
- Ta cantando algo novo Jisung? - Felix chamou sua atenção, por detrás do balcão, ele trabalhava no caixa e tinha virado amigo de Han ainda na escola, e agora tinham se encontrado no café.
