A Revelação

35 5 16
                                    

POV HAN

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

POV HAN

  Han chegou desnorteado em casa, não conseguia encontrar suas chaves por conta dos olhos que se negavam a parar de encher de lágrimas, sua frustração era tanta, que ele desferiu um soco leve na porta, apoiando-se no braço e deixando sua cabeça cair, permitindo que as lágrimas fossem livres mais uma vez.
  Sua cabeça girava, ele só queria dormir e esquecer todo aquele sentimento que fazia seu peito doer e parar de sentir o buraco enorme que a falta de Minho fazia nele.

  A mãe de Han, viu que era o filho pelo olho-mágico da porta e abriu as pressas.

— Filho?!? O que houve meu querido? Por que está chorando? — ela pegou Han pela mão e o trouxe para dentro, tirou o casaco gelado da serração do início da noite de Han e passou sua mão delicadas pelo rosto inchado do seu filho, livrando aquelas bochechas das lágrimas que desciam — filho, me diga o que aconteceu, estou ficando preocupada.

  Han olhou nos olhos de sua mãe e apenas se deixou levar a um abraço necessitado de consolo, seu choro era ouvido baixinho, abafado pelo casaco de lã que sua mãe usava, ela o apertou forte e permitiu que o filho se livrasse das lágrimas.

— ah mãe — entre soluços, Han tentava dizer algo — eu não quis acreditar, me nego a acreditar, não quero, não quero... — dizia ele, puxando ar para que pudesse chorar mais um pouco.

— Filho, me diz o que houve para eu poder te ajudar. — ela guiou Han até o seu quarto, sentou e apoiou a cabeça de Han em seu colo. O olhando com seus olhos cheios de amor, ela queria poder tirar com sua própria mão a dor que Han sentia.

  Han deitou a cabeça no colo de sua mãe e fechou os olhos, o choro sessou por um momento e voltou a escorrer lágrimas silenciosas quando Han começou a falar:

— Mãe... — ele disse baixinho.

— Sim, Hannie? — ela disse acariciando os cabelo do filho.

  Han sentiu uma fisgada no peito, ao ouvir o mesmo apelido que Minho o chamará quando ele decidiu ir embora, fazendo ele se encolher na cama.

— Eu não acreditei, mãe. Não acreditei quando li escondido os livros que a senhora guarda na floricultura, achei que eram folclores antigos ou livros de fantasia. — Han soluçou —  eu li quando era criança, esqueci deles desde então, mas hoje eles vieram a tona novamente.

  Ela se sentiu como uma traidora, ao ouvir o filho contar sobre suas coisas escondidas.

— Mãe, me conta a verdade, por favor, não esconda mais isso de mim. — Han se levantou e sentou na cama — Não minta, me fale realmente a verdade, por favor, não quero perder mais ninguém que eu amo hoje.

  Han estava com seu coração em pedaços, as lágrimas que rolavam pelo seu rosto avermelhado não tinham parada, ele sentia que sua mente explodiria com todas as informações que recebeu nas últimas horas e sua feição implorava que algo fosse dito, algo que fizesse ele sentir seus pés no chão novamente, que fizesse as peças se encaixarem e que tudo voltasse ao normal; ou não.

  Han não estava preparado para nada disso, pelas coisas que Minho disse sobre ele ser um lobo, sobre Minho ser um lobo, pelas memórias que vieram a tona de quando era criança e leu os livros que estavam escondidos, tudo era a mesma história, mas nada fazia sentido e infelizmente as coisas não acabariam aqui.

  Yejin se levantou da cama, parou em frente o filho que chorava, se ajoelhou em frente a ele, segurando nos joelhos de Han, agora seu olhos estavam cheios e as gotas cristalinas rolaram quando ela começou a falar.

— Meu amor, quero te pedir perdão, perdão por tudo o que está acontecendo. Por tudo que eu te fiz passar, me sinto a pior pessoa do mundo em ter escondido tanta coisa de você por tanto tempo, ter te privado da verdade e da liberdade de saber quem realmente você é — Yejin pegou as mãos de Han e apoiou sua cabeça sobre elas — Me perdoa meu filho, me perdoa — o choro era audível dentro daquela casa — Eu nunca estive preparada para contar sobre o passado, nunca tive coragem, fui fraca e não permiti que você soubesse tudo, não era nessas condições que eu havia pensado em lhe contar, mas não vou mais deixar que seu passado tome de ti os dias bons que roubei de você e leve quem você ama.

  Jisung estava surpreso, suas lágrimas secavam no decorrer das bochechas, ele só queria saber o que eram todas essas coisas que sua mãe dizia esconder, que passado é esse que ela não queria contar? Pareciam ser muito mais coisas do que ele imaginava e tudo o que ele queria, era saber a verdade; e hoje ele saberia muito mais que a verdade revelada por Minho.

  Yunjin levantou e seguiu para a parte de trás da casa, aonde dava aos fundos da floricultura da família, entrou no escritório e de dentro de um armário chaveado, ela tirou uma caixa média, voltou pelo caminho percorrido e ao entrar na sala, Han a esperava em pé ao lado da mesa de jantar, com sua carinha chorosa e seu peito vazio.

— Senta, filho — ela apontou para a mesa, colocando a caixa sobre a mesma — te contarei a verdade, por mais que isso me doa, mas sei que será necessária para o que está por vir.

  Ela se sentou na cadeira ao lado do filho, abrindo a caixa e tirando de dentro alguns livros antigos e pequenas fotos de um bebê bochechudo e gordinho.

— Primeiro os livros — pegou um com aspecto mais velho, parecia guardar segredos, pela capa de couro e folhas surradas — este, conta sobre o início, da onde vem os lobos, o primeiro deles, sua verdadeira história — ela faz uma pausa para olhar para Han — filho, este livro não é uma lenda ou um folclore, esse livro é real, conta sobre sua existência, da onde você veio e por que você é assim, foi este que você leu quando criança, certo?

— Sim, foi este — Han não conseguia expor nenhum sentimento, ele apenas ouvia e pensava o quanto tinha sido irracional, ao ter deixado Minho para trás, seu coração clamava pela presença do mais velho, mas infelizmente ele não tinha sido forte o suficiente para ouvi-lo até o fim.

— Hannie, sua origem é esta, você é um Lobo — Han a olhou sem resposta, tudo aquilo parecia mentira — e eu também sou, seu pai também, porém — Yunjin começa a chorar — corre nas suas veias o sangue antigo, uma linhagem conectada aos primeiros lobos, uma mutação rara — ela põe as mãos nos rosto e para de falar por um instante.

— Mãe? O que isso significa? — Han estava sendo bombardeado por coisas que fugiam do seu limite de compreensão naquela situação.

— Me perdoa, meu amor, me perdoa. — ela dizia em meio as lágrimas.

— Mãe, por favor, me diga. — Han tentava acalma-la, passando as mãos nas costas que tremiam de sua mãe.

— Eu não sou sua mãe, Hannie.

O QUE!?!

 Trouxe de surpresa, por que até eu não sabia que ia postar

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Trouxe de surpresa, por que até eu não sabia que ia postar.
Não me matem, espero que gostem desse capítulo revelador.

Beijo da Lee

O Aroma Esquecido {minsung}Onde histórias criam vida. Descubra agora