O passado não dita quem você é no presente, mas será que o presente será aceito tão bem quanto o passado?
Se esqueça de tudo, mas não esqueça do seu aroma.
Obra Minsung, Alfa x Alfa, dois alfas inexperientes e descobrindo sobre verdades do passado.
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Depois daquele beijo, muita coisa ia mudar.
Han voltou pra casa, sua mãe ligou pedindo ajuda para ficar na floricultura por uns minutos e Minho foi para casa estudar, ele ainda tinha faculdade de noite.
O resto daquele dia, os dois sorriam bobo, a todo momento a lembrança do toque nos lábios vinha a mente, aquele beijo macio e quente, aquele aroma viciante e penetrante não saia da cabeça deles.
Han atendia os clientes com a cara mais boba que sua mãe já viu, seus pensamentos estavam longe e sua carinha não negava que agora, o amor morava ali dentro.
Minho nem se quer conseguiu estudar, abriu os livros e segurou a caneta, mas a imagem do rostinho de Han em suas mãos, com aquelas bochechas que ele amava tanto e o sorriso meigo, não saiam de sua mente.
"o que foi isso?", pensava os dois.
"a gente se beijou... SE BEIJOU!", Han dava pulinhos atrás do balcão, colocando suas mãos no rosto.
"agora preciso conversar com Jisung", Minho lembrou da sua tarefa.
Aqueles dias que iam se seguir, seriam tenebrosos para Minho, ele arriscaria falar de lobos para um lobo, que justamente, não sabia que lobos existiam. Lee Minho estaria arriscando seu novo amor, mas ele preferia perdê-lo, do que deixar Han passar por tudo sozinho, sem saber da sua origem.
Terça-feira
— Felix? — chamava Han de dentro da cozinha.
— Oooi! — dizia Felix no balcão.
— Vem cá. — Han não tinha contato ainda, do seu momento romântico do dia anterior.
— O que é? — Felix apareceu na porta da cozinha — pera aí, que cara é essa Han? — o amigo moreno tinha um sorriso ladino nos lábios — o que tu aprontou?
Felix já entrou rindo na cozinha, parando no outro lado da mesa aonde Han estava.
— Desembucha, esquilinho. — Felix estava ansioso.
— A gente se beijou — Han disse, sem avisar, mandou a notícia diretamente para a mente despreparada de Felix.
— O QUE?!? — Felix falou tão alto que ecoou sua voz na cozinha, Han deu a volta na mesa correndo e tampou a boca do loiro com as mãos. — quando? — saiu a voz abafada entre os dedos de Han.
— Ontem de manhã — Han dava risinhos envergonhados — ele me chamou, perguntou se eu estava livre e me convidou para ir no parque, eu fui, não estava fazendo nada mesmo, conversamos umas coisas esquisitas e Minho não se aguentou — Han riu lembrando do mais velho, pedindo para ele se afastar — Certo que provoquei ele, mas não esperava que ele ia me beijar, não assim tão cedo. — Han agora se apoiava na mesa, jogando a cabeça para trás e fechando os olhos, trazendo a memória o dia anterior.
