POV HAN JISUNG
plim plim
O sino da porta ecoou pelo café.
Han estava ocupado com um bolo, cortando suas fatias milimetricamente corretas, quando alguém entrou no café e ele não percebeu.
Estava de costas para o salão da cafeteria, com seus pensamentos em um certo alguém, continuamente sua face vinha a mente de Han, suas orbes avermelhadas, seu cabelo claro, seu cheiro...Han já tinha aceitado que ninguém viria no café hoje, a neve tinha piorado muito e seria loucura sair de casa naquele estado. Quando sua espinha se arrepiou por completo, o cheiro de whisky tomou conta de seus pulmões, fazendo ele largar a grande faca do bolo no balcão e olhar fixo para frente, "o que foi isso?".
— Han Jisung? — uma voz calma ecoou atrás dele, ele suspirou e trancou a respiração, com os olhos fixos olhando pra parede, ele virou devagar, até encontrar o dono de seus pensamentos bem em sua frente, parado ali com um grande sobretudo preto, parecia suado mesmo com o frio congelante que fazia dentro do café. Han não conseguiu dizer uma palavra, apenas tirou as luvas que usava para cortar o bolo e as colocou no lixo ao seu lado, olhando fixo para os olhos de Minho, que incrivelmente mudavam de cor lentamente, ficando cada vez mais claros e avermelhados no centro, Han acabou fazendo uma expressão de curiosidade, fazendo Minho perceber e quebrar o silêncio:
— O-o café ta aberto? — gaguejou ao sair do mudo, passando a mão nos cabelo úmidos pela neve, tirando uma mexa que estava em frente aos olhos.
— Está sim — foi tão difícil dizer essas duas pequenas palavras, que fizeram Han se contorcer.
— Não tem ninguém aqui hoje, mas acho que a neve deve ser a culpada. — ele soltou um sorrisinho envergonhado, olhando para o chão — Hoje tenho a cafeteria toda para mim. — sorriu e imediatamente seus olhos se fecharam com o sorriso largo que ele deu, fazendo Han esquecer como respirava, mas sorriu como resposta, não para o que Minho havia dito, mas sim para o sorriso e olhinhos fechados mais lindos que ele já havia visto, aquilo aqueceu seu corpo e o fez se precipitar, dando um passo largo até chegar bem perto do balcão e assim ficar frente a frente de Minho:
— Sorte a minha — disse Han, que ao mesmo tempo que as palavras saiam de sua boca, ele percebia a audácia em sua frase, fazendo Jisung corar e perder o sorriso que tinha nos lábios. "Jisung, o que você acabou de dizer?" Ele se cobrava pelo ocorrido, olhou para Minho que agora sorria de canto de boca.
— Sorte a minha também — disse Minho — tenho o café todo pra mim e também o atendente — fez uma pausa para olhar os olhos de Han — hoje sou um cliente Vip. Pode me ver o mesmo que da última vez, por favor. Obrigada.— deu seu sorriso ladino e saiu em direção a parte da livraria do café.
Han ficou uns segundos estático, olhando Minho ir até os livros, ele devolveu o que tinha acabado de ler na pilha de devolução e começou a passar seus dedos sobre os livros enfileirados nas prateleiras, "queria ser esses livros" pensou Jisung, observando os dedos finos e as veias saltadas da mão de Minho, passar delicadamente sobre as capas coloridas. Revirou os olhos tentando tirar os pensamentos libidinosos da cabeça, e foi preparar o café preto e o bolo de cenoura de Minho.
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O Aroma Esquecido {minsung}
FantasyO passado não dita quem você é no presente, mas será que o presente será aceito tão bem quanto o passado? Se esqueça de tudo, mas não esqueça do seu aroma. Obra Minsung, Alfa x Alfa, dois alfas inexperientes e descobrindo sobre verdades do passado.