003 - Amber Eyes

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Port Angeles

Depois de mais uma longa viagem, cheguei a Port Angeles com a intenção de comprar algumas decorações que combinassem com minha nova casa. O Sr. Choi me levou até lá, seguindo minhas instruções de não informar Kamlai sobre a viagem.

Caminhei pelas ruas da cidade vizinha até encontrar a livraria que a garota de ontem havia mencionado. Entrei na loja apenas para uma rápida olhada, sem a intenção de comprar nada. Ao entrar, deparei-me com um ambiente harmônico e silencioso. Passei por várias prateleiras, reconhecendo muitos dos livros. Já havia lido a maioria deles, e alguns até escondi da minha mãe, é claro.

Cheguei a uma seção que tratava de lendas e casos criminais. Alguns títulos chamaram minha atenção, como "A Lenda dos Quileutes" e "História dos Vampiros". Peguei o livro sobre vampiros e folheei algumas páginas, mas não consegui me concentrar, sentindo-me observada. Peguei ambos os livros e dei mais uma volta pelo local. Deveria olhar para trás? Decidi que sim.

Quando olhei, deparei-me com dois pares de olhos cor de âmbar, que pareciam perplexos ao me ver. Fingi que não os tinha visto e fui até o caixa para alugar os livros.

— Você disse que ela não iria nos ver, Alice! — Murmurou o garoto, em um tom engraçado. — Rosalie vai nos matar por isso! — Ele continuou, agora com a voz esganiçada.

— Eu não previ isso, juro! Não conte para Rosalie — Respondeu a garota, com uma voz melodiosa. — Ela deve ter mudado de ideia no último minuto e... Cadê ela? — Antes que pudesse responder, vi os dois se dirigindo rapidamente à porta, então corri para entrar em uma loja de decorações.

— Tudo bem, acredito que aqui eles não vão me encontrar — Murmurei, incomodada com o interesse do casal. Mas, para minha surpresa, eles me encontraram e continuaram a me seguir, agora de forma mais cautelosa. — Fala sério.

Continuei andando até encontrar um lustre em formato de lua, sustentado por uma estrutura de madeira. Achei-o extremamente bonito. Coloquei-o no cesto e fui em busca de mais decorações, enquanto traçava uma rota para despistar os dois. Até que uma ideia surgiu.

Três... dois... um... Entrei em um corredor cheio de objetos aleatórios e, dando a volta, avistei os dois parados. A garota estava estática, olhando para um ponto fixo. Aproximei-me devagar e perguntei:

— Algum problema, Srta. Alice? — Sorri ao ver a reação do garoto mais alto, que parecia assustado; a garota, no entanto, não demonstrou surpresa, como se já esperasse o que eu iria fazer.

— Tudo bem, só estou curiosa sobre você — Disse, de forma simples. Franzi levemente as sobrancelhas, tentando entender a garota, que levou uma cotovelada do maior, percebendo o que havia dito. — Quero dizer, seus livros e suas escolhas de decoração são de muito bom gosto; qualquer recomendação sua seria muito bem-vinda! — Esclareceu, parecendo mais animada ao fazer a oferta.

— E por isso está me seguindo desde que me viu andando de bicicleta? Sua curiosidade é, no mínimo, peculiar, se posso dizer assim — Respondi, um pouco contrariada com a tentativa da garota de me enrolar.

— Não estou entendendo — Disse ela, com um sorriso confuso, mas nada sincero, no rosto. Outra mentira.

— Alice, Jasper já deve estar ansioso por ter que lidar com aquilo sozinho. A gente se vê por aí, bravinha 2.0 — Brincou o garoto, com tom irônico. Bravinha?

— Até mais, Srta. Alice e Sr... — Deixei a frase no ar, esperando que ele completasse.

— Emmett Cullen, mas pode me chamar só de Emmett! — Respondeu, rindo.

— Adeus, Srta. Alice e Sr. Emmett — Completei, voltando a caminhar em direção ao caixa. Ouvi a Cullen mais baixa me dar um animado "Até mais".

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Forks

Depois de finalmente me livrar daquele casal meio maluco e terminar minhas compras, encontrei o Sr. Choi no horário combinado e pedi que me levasse para casa. Foi uma boa ideia ter passado em um restaurante antes de voltar; eu realmente não estava com paciência para cozinhar.

Escutei o som do meu telefone vindo do andar de cima e percebi que havia deixado o aparelho em casa. Corri até meu quarto e vi no visor "20 chamadas perdidas de Mãe".

Retornei a ligação antes que ela surtasse ainda mais.

— Onde você estava, Han June? Nem o Jim sabia onde você estava! — Ela gritava, a raiva e a preocupação claras em sua voz. — Esse é seu segundo aviso, e você nem completou dois dias direito nesse país! Se continuar assim, eu mesma vou te tirar daí e te levar direto para a Tailândia com a família do Jim! — Ameaçou. Meu coração começou a bater mais rápido, o pânico tomando conta de mim, fazendo minhas mãos tremerem.

— Tchau, mãe. Preciso terminar de organizar umas coisas — Menti, desligando o telefone antes que ela pudesse responder.

Me joguei na cama, pensando se deveria dormir para esquecer tudo, arrumar minhas coisas para a escola ou sair para dar uma volta. Fiquei olhando para o teto por um tempo, até que decidi: eu iria tomar um ar antes de fazer qualquer coisa.

Assim que saí de casa, percebi que o tempo estava um pouco mais quente, e o sol havia aparecido — algo incomum, segundo minhas pesquisas sobre a cidade. Peguei minha bicicleta e comecei a pedalar sem rumo, apenas aproveitando o vento que movia meus cabelos para trás.

Quando finalmente voltei a mim, notei que estava no meio de uma floresta. Com o início do outono, as folhas das árvores estavam mudando de cor, criando uma paisagem deslumbrante. Por algum motivo, senti que deveria seguir mais adiante, como se algo impressionante me aguardasse.

Subi um pequeno morro e, lá do alto, vi algo brilhando. Olhei melhor e avistei uma mulher loira, extremamente bonita, que brilhava ao sol. Fiquei hipnotizada pela sua beleza. Sua silhueta era de fazer inveja a qualquer uma, mas, curiosamente, em vez de sentir inveja, o que senti foi desejo, o que me deixou confusa.

O vento parecia estar ao seu favor, ou ao meu, e movimentou seus cabelos dourados, como se fossem cachoeiras de ouro puro. A mulher observava a floresta com cuidado, como se fosse sua propriedade, sua casa. Por mais que eu tentasse desviar o olhar, acabei admirando suas curvas, mas logo sacudi a cabeça, tentando afastar o pensamento.

Sabendo que deveria deixá-la em paz, tentei sair sem que ela percebesse, mas foi em vão. Como nos clichês, pisei em um galho que se quebrou, chamando sua atenção imediatamente. Fiquei estática, com os olhos arregalados.

— Perdão, não era minha intenção atrapalhá-la — Disse, olhando para ela novamente, desta vez conseguindo ver seu rosto.

Me perguntei como alguém poderia ser tão bonito. Seu corpo parecia esculpido à perfeição; seus lábios, como se desenhados pelo mais renomado dos pintores, superavam até as obras de Leonardo da Vinci e Vincent van Gogh. Seus olhos, cor de âmbar, lembravam ouro, assim como seus cabelos. Sua pele pálida e brilhante se destacava entre tantas outras perfeições.

Ela veio em minha direção com uma velocidade surpreendente, me fazendo questionar se estava sonhando ou se havia perdido a noção do tempo. Quando sua mão fria tocou meu rosto, acariciando minha bochecha, senti um estranho conforto. Seu rosto se aproximava do meu, a distância entre nós diminuindo a cada segundo.

Promised • Rosalie HaleOnde histórias criam vida. Descubra agora