010 - Beats

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Forks, 05:45AM

Aqui estava eu, quase cochilando em frente a uma tela de computador, enquanto ouvia as reclamações de minha mãe sobre meu comportamento na noite passada, certamente denunciado por Kamlai. Mantive-me reta durante toda a chamada de vídeo feita pelo Skype, a seriedade pairava em meu rosto, mas qualquer um saberia que eu estava em puro tédio.

Era perceptível, mesmo através da tela um tanto pixelada, que ela ficara cada vez mais vermelha à medida que eu não respondia suas perguntas sobre o casamento ou se eu me preocupava pelo menos um pouco com o futuro e reputação da família Han; a resposta era não.

Notei uma mão delicada aparecendo na tela com um lenço indo em direção às têmporas de minha mãe para secá-las de possíveis gotas de suor de nervosismo. Ela se irritou com sua ação repentina e deu um tapa forte em sua mão pálida, agora tomando uma tonalidade avermelhada. Olhei para a câmera com as sobrancelhas franzidas.

—Que tipo de atrevimento é esse? Eu pedi para que encostasse em mim com essas... mãos? — Ela falou com o tom de voz alterado, dando ênfase em "mãos" como se estivesse com nojo.

—Sinto muito, Sra. Han. — A garota se desculpou, a voz falhada pelo constrangimento. Notei que minha mãe agora olhava para baixo com desprezo, possivelmente, a empregada estava ajoelhada em sua frente, maldito costume que ela tinha de se sentir superior aos outros.

—Acho que já chega, não? Se me acordou para fazer essa performance de como trata mal seus funcionários, sinto muito, mas eu não irei compactuar com isto. — Falei com a voz firme, pronta para desligar aquela ligação. Ela mexeu a boca para gritar mais frases de como sou mal criada, mas foi surpreendida por uma voz grossa atrás de si.

—Ela tem razão, querida, não é preciso descontar seu nervosismo em pessoas que não possuem nenhuma ligação com a má conduta de June. — Meu pai disse, sentando-se ao lado da mulher. Era só o que me faltava.

—Má conduta? Sr. Kamlai estava tentando me envergonhar na frente de pessoas que mal conhecemos! — Aumentei meu tom, vendo seus olhos se esbugalharem.

—Sinceramente... Você tem sorte que Sr. Kamlai pediu que tivéssemos paciência e nos afirmou que poderia lidar sozinho com sua rebeldia. — Soltou, tentando manter a calma.

—Não preciso que esse homem me proteja, eu não vou me casar com ele! — Contrariei, demonstrando minha raiva.

—Você irá, não tente me contrariar novamente! — Agora havia sido ele quem aumentou o tom, a imagem vibrou, e foi possível ouvir o som de madeira sendo socada, provavelmente ele estava irritado. —Aproveite seu tempo por aí, quando voltar não poderá sair tão cedo, para seu próprio bem. — Avisou, mais calmo depois de inspirar.

Promised • Rosalie HaleOnde histórias criam vida. Descubra agora