4. Primeiro contato

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...

Escuro, vazio e silencioso.

- Layla... Layla acorde. Vamos Layla, temos que ir tomar o remédio! - a voz grossa e familiar soava bem ao fundo. -

Tudo estava escuro, vazio e silencioso.

Só essa voz que chama de vez em quando, mas eu não conseguia lembrar da onde já teria ouvido antes.

Chamava por mim, em tom de ordem e que eu estremecia sem saber exatamente o por que, mas me dava calafrios.

- Não... eu, eu não quero. - digo tentando me levantar -

Parecia que tinha algo me impedindo, meu corpo não respondia. Sentia meus músculos doloridos.

- Vamos logo garota! Eu não estou perguntando, estou mandando! - a voz se altera e eu me remexo desconfortável -

- Não... eu não quero, por favor - digo atordoada -

- Sabe que se não obedecer é pior ainda. - a voz fica sombria -

Tento correr naquele lugar vazio, corria, corria e mesmo assim parecia que nada acontecia. Era só... vazio.

- Está correndo de mim Layla? Só está aumentando o tempo do seu castigo e esgotando a minha paciência! - o homem estava perto, sua voz estava impaciente e eu estava me desesperando mais e mais -

- Sai daqui! Me deixe em paz, por favor! - suplico tentando mudar a direção da fuga, mas tudo era vazio do mesmo jeito -

Derrepente algo estoura em meu lado e me faz acordar em súbito.

Sento em um só movimento e meus olhos se arregalam e um grito ardido sai de minha garganta.

Nossa, aquilo doeu.

Começo a tossir e coloco a mão na testa.

Em segundos todos os meus músculos doem. Minha nossa, parece que um trem passou por cima de mim...

Tento regular minha respiração.

- Você está bem? - um sussuro se faz presente, uma voz grossa e com um timbre rouco -

Meu corpo estremeceu na hora e meus braços amoleceram. Apertei forte os olhos engolindo o susto.

Suspirei e pensei se deveria responder.

- S-sim..? - falei baixo ainda de olhos fechados -

- Foi só um trovão, está tudo bem. - garante -

Só então percebo o som das gotas de água caindo, estava forte a tempestade lá fora.

Respiro fundo ainda assustada e abro o olho direito erguendo meu pescoço devagar. Procurava o dono daquela voz tão grossa.

Mas só via o escuro, o breu além da cama em que eu estava encolhida.

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