13. Roux

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...

Dois dias haviam se passado, o provável casal estava se dando bem. Para infelicidade de Hektor, sem mais beijos, porém estavam conversando mais livremente sobre vários assuntos.

E um pouco longe do reino de Hektor, Corson chegava afoito voando rapidamente até o castelo de seu mestre.

O reino que Corson sobrevoava, estava afundado em melancolia, o seu novo rei não era bom, nada bom.

Todos estavam tentando sobreviver com o pouco que tinham. Roubando uns dos outros. Se matando.

E todos os pedidos de socorro eram ignorados pelo Rei.

Todos sentiam falta do pai de Abraxas que morreu a uns anos atrás, dizem alguns que foi o próprio filho que matou o mesmo.

Antes essa narrativa era mal vista, mas depois de verem tudo de ruim que Abraxas trouxe ao reino, ninguém mais ousa duvidar.

O reino Roux estava afundando e seu rei se erguendo sobre o sangue daqueles que ele mesmo matou, mata e deixa se matarem.

Corson pousa atrapalhado em uma das janelas abertas da sala do trono, onde o bruxo mexia em alguns livros na parede do canto.

- Mestre. - Corson fala se curvando em respeito e recolhendo suas asas -

- Criado. - responde se virando - E então, o que conseguiu? -

- Hektor me pegou em uma das florestas que cercam o reino, mestre. - diz baixo com medo -

- Claro que pegou. - o ruivo revira os olhos - Você nunca consegue nada. -

O ruivo esguio se virava novamente para os livros para tentar não lançar um feitiço em seu criador inútil.

- Porém... - Corson diz, e Abraxas se vira um pouco curioso para saber o resto - Tem uma coisa que o senhor irá se interessar. -

- Pois então fale, criado. - esbraveja -

- Tem uma mulher lá. Estava no quarto dele. - sorri maldoso ao lembrar do pequeno corpinho dela com medo de si -

- Hektor Ashtarot com uma mulher? - fala divertido - Qual espécie? - fala fechando o livro em suas mãos e andando devagar até Corson -

- Não reconheci muito bem, mestre. - fala vendo as pedras cravejadas do rosto de Abraxas brilharem de leve pela luz da janela - Não era um demônio, tinha a pele lisa. -

- Uma fada? - da um palpite acariciando sua barba -

- Não tinha asas, senhor. -

Abraxas fica confuso e curioso.

Só de Hektor não estar sozinho naquele castelo era novidade. O demônio vive sozinho desde que o ruivo ainda era uma criança em seu reino.

Não se lembra muito bem o motivo dos pais dele terem sido mortos, mas foi algo de uma força maior. Não foi ninguém de nenhum dos reinos pelo o que diziam os boatos.

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