8. Inimigo

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...

Dois dias haviam se passado e Layla continuava trancafiada no quarto de Hektor.

Nenhum sinal do demônio, Layla não sabia se isso era bom ou ruim.

- Poxa, aquela coisa realmente se incomodou com o que eu disse... - fala frustrada -

Ela levantou da cama e encarou a porta apertando os dedos um sobre os outros. Queria sair, atravessar a porta, mas tinha medo.

Já havia dado voltas no quarto, remexido todos os vasos e baús ali espalhados.

Nada interessante, só roupas estranhas e uns livros enormes em um língua que a humana não entendia, mesmo tentando ler aquelas páginas velhas e empoeiradas.

Agora encarava o guarda roupas, que era tão alto e a porta pesava muito. Mas com um pouco de esforço ela conseguiu puxar a madeira e ver o tecidos ali guardados.

Haviam roupas bem mais bonitas do que as do baú, vestidos longos mas que pareciam confortáveis.

Não eram vestidos de gala, como para festas e bailes, mas era bem elegantes. Eram como se fossem feitos para uma batalha, não sabia exatamente o porquê, mas tinha essa sensação.

Os vestidos tinham bolsos úteis e eram flexíveis, tinham fendas em ambas as pernas e uma calça fina era acoplada na cintura que iam até a canela.

Lindos e práticos.

Layla sabia de tudo isso pois estava usando um deles. Tinha escolhido o que não estava tão amarrotado entre os outros e o colocou perto da janela para pegar um vento.

O sol não apareceu em nenhum desses dias, era tudo nublado, igual ao dia que ela chegou.
Mas também não voltou a chover.

Ja Hektor havia saído a pouco tempo para caçar, ele estava com fome e pensou que Layla também poderia ter fome.

Se culpou um pouco por pensar só agora nisso, mas também não ouviu a menina reclamar sobre.

Claro que ele ficava olhando a porta por algumas vezes, preocupado e pensativo. Mas nunca ousou entrar, não queria assustar a menina.

...

Layla olhava a janela com a mão apoiada no queixo, agora que não tinha chuva conseguia ver uma vila logo abaixo do castelo.

Ruas e casinhas que circundavam o rio ali perto.

Da torre que estava, as criaturas lá em baixo eram apenas pontinhos andando, ou voando, de um lado para o outro.

Layla ainda achava estranho isso, voar, chifres e tudo mais, mas não era assustador. Só... esquisito.

Não se lembrava bem de nada disso, mas também não lembrava de quase nada. Mas ainda tinha curiosidade.

Ela olhava distraída a paisagem quando uma sombra do lado de fora da janela surge por baixo, voando e a assustando, que se afasta rapidamente da janela em passos desengonçados para trás quase encostando na cama.

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