Capítulo 15

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Capítulo Quinze

Entrei furiosa em casa,como Konig não me defendeu,ou ao menos falou algo? Ele apenas ficou quieto, enquanto meu pai saia como vítima.

– Amor– sentia a presença de Konig atrás de mim,com passos fortes e longos.

Konig não havia me defendido,não havia pensado em mim,não importa se ele queria que eu tivesse uma boa relação com meu pai.

– Não fala comigo Konig– dizia entre dentes– você não pensou em me ajudar,ou me defender–

Meu punhos serrados mostrava minha raiva,assim como suas expressões mostravam tristeza,mas não amoleci,ele queria se casar comigo mas não queria passar por cima do meu pai!

– Queria que você se resolvesse com seu pai Atena– suas palavras saíram como um choramingo.

Não disse? Sempre tentando pensar em mim.

– Não fale como se você não estivesse naquela sala quando ele me vendeu– meu tom se elevou,mas nem tanto.

Me virei para frente,tentando achar Zeus,que com certeza estava dormindo ou roendo algo importante que Konig compraria novamente.

– Não mude de assunto– a voz dele falhava,mas mesmo assim senti um tom superior em sua voz.

– Zeus. Garotão– diz entre pausas.

Vi Zeus em em canto da sala,que apenas abriu um olho quando o chamei. Suas patas e garras esticadas mostravam que já havia tempo que ele estava ali dormindo.

Ignorei totalmente as palavras do Konig.

– Não me ignore Atena– sua voz ficou alta,como um grito.

Olhei apavorada. Como ele ousa gritar comigo? Ele está ficando louco?

– Não grite comigo novamente,ou eu corto seu pau fora! Está me entendendo?– meu dedo se levantava,indo em direção ao seu peito.

Sua cara ficou assustada,mas ao mesmo tempo não conseguia decifra- lo,o que ele estava sentindo ou o que faria comigo ao gritar com ele assim. 

Mas sua única atitude foi sair pela porta qual ele entrou alguns minutos antes.

– Isso,saia, e esconda seus defeitos em baixo desse farda– minhas palavras saíram como um extinto,mas que poderia machuca-lo.

Sua resposta foi fechar a porta,sem mesmo me responder,ou me dar um simples tchau mas não o questionei sobre suas atitudes. Peguei Zeus no colo e o levei para meu quarto.

– Você viu? Ele gritou comigo!– minha voz saiu como um choro– Meu melhor amigo– engoli seco e voltei a colocar ele em cima da cama.

Sua língua áspera passava por todos meus dedos,me fazendo soltar um pequeno riso.

– Fica aqui meninão,vou pegar água para mim e um petisco para ti– Zeus dava uma piscada para mim,como se ele tivesse compreendido o que eu disse.

Ainda com a roupa do almoço eu fui até a cozinha,decorada com tons de cinza e preto. Peguei uma jarra de água na geladeira,e um copo que estava na prateleira. Ao lado da geladeira,algo me chamou atenção,como se fosse uma porta,ou um porão.

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