Capítulo 42

128 9 4
                                    

Capítulo Quarenta e dois

Aquele cheiro forte, talvez até mais forte que o cheiro do álcool, aquilo subiu minhas narinas,e foi até o meu cérebro,causando algo que eu nunca senti antes,uma perca de consciência rápida.

Tive flashs de momentos,como uma voz feminina rindo,e meu corpo sendo arrastado pela areia,meus pensamentos estavam sumindo,mas as últimas coisas que me lembro foi minha mente perguntando o que estava acontecendo.

Eu também queria essa resposta.

Meu corpo dói,assim como minha cabeça,meu corpo balançava,como se eu estivesse dentro de um carro,uma música alta tocava,e quem cantava junto com o cantor era uma voz familiar.

Minhas últimas coisas sentidas,antes que eu apagasse completamente. Aquilo era um mix de coisas ruins.

Meu corpo parou de doer mas minha mente não, doía até mais que antes,aquela dor era insuportável,eu tentava reverter aquela situação,ou aquela dor,mas não dava.

Meus olhos foram se abrindo,percebi que dormi muito,talvez por um dia inteiro,o local em que eu estava era escuro,o cheiro era horrível,apenas uma pequena janela iluminava um canto daquela sala.

Eu aparentava estar amarrada em um colchão,que por sinal era duro,eu já não estava mais com a roupa da noite anterior,eu estava com um vestido,que parecia mais um pano de chão.

Não escutava nada,tudo estava em silêncio,não sei se o ambiente estava em silêncio mesmo ou era apenas o efeito do desmaio,mas ainda sim estava escuro e silêncio.

Minhas mãos e pés estavam completamente amarrados com cordas,elas estavam um pouco apertada,mas aquilo não era meu maior problema naquela hora.

Minha consciência foi voltando,e eu fui me recordando da última cena nítida que eu tive,que no caso foi o Konig indo para o nosso quarto,talvez pegar um presente para mim.

Comecei a realmente entender o que estava acontecendo comigo,eu fui sequestrada,mas por quem ? E isso que eu queria descobrir.

Fiquei deitada por um tempo,tentando amenizar a situação,ou tentar entender melhor,mas apenas fiquei olhando um ponto fixo na sala,o único que batia sol,o resto da sala era impossível de se ver.

Tentei me levar novamente,mas a tentativa foi falha.

– Dormiu bem docinho?– uma voz grossa me perguntou.

Assim que aquelas palavras foram ditas um homem saiu da sombra,indo para o sol,revelando seu rosto.

– Acendam essas luzes– ele gritou,me fazendo soltar um espasmo de susto.

As luzes se acenderam,revelando o homem mais nitidamente,mas ele não estava sozinho,a sala toda estava com homens de terno preto armados,talvez o segurança deles,mas a pessoas que me chamou atenção foi a mulher do hotel.

Ela é uma vadia mesmo. Ela não trabalha para o hotel,ela só estava de olho em mim e no Konig.

Sabia que não podia confiar nela,mas agora não é momento para sentir raiva,e sim prestar atenção e tentar fugir,ou fazer contato com o Konig.

– Quem é você?– tentava me encolher,mas essa tentativa foi falha,como sempre.

Ele soltou uma risada, talvez sarcástica.

Obsessão por mim Onde histórias criam vida. Descubra agora