Capítulo 2

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Acordo suada, minha boca seca e meu coração acelerado, o rosto familiar de Max veio aos meus sonhos novamente. Aquele homem realmente não se cansa? Max Nizi... o homem que traiu a própria nação. O homem trabalhava para Makarov, se infiltrando na base na tentativa de tirar informações secretas para entregar a seu chefe.

Levo meu olhar até o meu celular, vendo que já era 02:22 da manhã pude ouvir o som da chuva bater na janela. Desvio meu olhar para os dois homens no qual dividia quarto, eles estavam dormindo tranquilamente com as suas máscaras.

- Como eles dormem aquilo no rosto? - sussurro me levantando e calçando meus chinelos. Caminho em passos lentos até o banheiro que estava com uma pequena luz acesa, ligo a torneira e jogo um pouco de água gelada em meu rosto. Fecho a torneira e enxugo meu rosto com a toalha que havia ali, levanto meu rosto e começo a me encarar.

Levo minha mão até a cicatriz abaixo do olho que havia ganhado no dia que Max tentou me matar. - Idiota desgraçado - bato minha mão com força na pia de mármore da minha frente.

- Lily - escuto a voz rouca de Ghost atrás de mim, sua presença era forte o suficiente para se sentir de longe. O homem se aproxima de mim até ficar atrás de mim, a diferença de altura era algo que me confortava de alguma forma. - O que você está fazendo acordada a essa hora? - ele diz com um curioso mas pode perceber um pouco de preocupação ali também.

Sem virar para ele, meu olhar encontra com o dele. - Apenas sonhei com Max novamente... Aquele homem não me deixa em paz nem nos meus sonhos - falo com raiva em meu olhar. - Aquele babaca fugiu por minha culpa, eu tive a chance de matar aquele filha da puta - me viro para encarar ele.

- Você não se deve culpar por algo que não teve culpa - ele abaixa a cabeça para me encarar assim como levanto a cabeça para encarar ele.

- Não tive culpa? Aquele homem estava na minha mira, como eu não tive culpa?!

- Ele apontou uma arma para Soap enquanto ele estava indefeso! Ou ele fugia ou Soap morria.

A culpa e a raiva borbulhavam dentro de mim cada vez mais, Ghost estava certo mas eu não queria admitir, já que eu ainda era um pouco culpada por ele fugir. Levo minha mão até meu olho e o esfrego com um pouco de raiva.

- Vou dar uma volta - tento passar mas Ghost me barra na porta do banheiro, me deixando lá dentro.

- Você sabe que ir fumar não vai adiantar nada.

- Eu não vou fumar... Não dessa vez... Eu vou apenas caminhar.

Ele me encara e então suspira. - Eu vou com você - se afastando da porta, ele caminha até o guarda-roupa e pega dois casacos. Caminho até ele e pego um e logo o visto, o cheiro de perfume exalava pelo ar.

Saímos pela porta em silêncio enquanto ela se fechava lentamente. Caminhamos em silêncio pelos corredores iluminados da base, a chuva que caia do lado de fora trazia uma sensação de conforto e relaxando. Alguns soldados passavam pela gente e nos cumprimentavam, eles provavelmente voltavam de missão.

- Eu preciso matar aquele homem - falo olhando para frente sem desviar o olhar do caminho que fazia.

- Matar ele não vai fazer você parar de sonhar ele.

- Mas eu vou poder ter minha "vingança".

- Nós estamos atrás dele a três semanas já, Lily... Temos que esperar até acharmos mais alguma informação relevante.

- Eu não aguento mais sonhar com aquele maldito rosto... Eu não acredito que quase me relacionei com um traidor.

Escuto uma risada seca vindo de Ghost, fazendo eu soltar uma leve risada também. O clima havia suavizado um pouco.

Maldita máscara Onde histórias criam vida. Descubra agora