Capítulo 9

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Acordo com um pouco de dificuldade, meu corpo doía, olho para os lados e vejo que estou amarrada na cadeira novamente. Olho para baixo e vejo que estava enfaixado meu machucado e que só vestia o top que usava como um sutiã durante as missões. Meu olho ainda se acostumava com a luz. Ouço o rangido da porta se abrindo, fazendo com que meus olhos voam para a porta de metal. Meus olhos se ergueram automaticamente para encontrar ele... Arthur, entrando na sala. Sinto meu coração apertado com uma sensação incômoda.

- Arthur... - minha voz sai fraca, o que caralhos estava acontecendo aqui.

Ele parou no batente da porta, olhando para mim com uma expressão tensa. Seus olhos, normalmente cheios de calor e confiança, agora frios. Onde está aquele garoto que sempre me amou e sabia de tudo sobre minha vida, ou melhor, quase tudo.

- Olha, não vou enganar você e dizer sinto muito por ter te enganado - sua voz estava mudada, o que estava acontecendo... eu havia sido enganada de novo? - Você realmente nunca desconfiou que eu sabia muitas coisas de você mesmo, nunca ter me contado? Ou daquela vez no telhado que estava no telefone?

Seu corpo alto estava agachado na minha frente, eu forçava meu cérebro a trabalhar e fazer trazer as lembranças e fazer as peças se encaixarem. - Você foi declarado morto na missão de Tokyo mas nunca acharam seu corpo... - tomo um suspiro - Você é um filho da puta, sabe o quanto eu chorei quando fiquei sabendo que foi dado como morto?! Meu suposto irmão mais novo. Eu fiquei dias sem comer por causa de um traidor como você! -

O homem levanta a mão e passa o polegar por cima da minha bochecha, um sorriso assustador toma conta de seu rosto. - Para sua informação, tenho 21 anos... você foi burra em acreditar que eu tinha 17 - sua mão vai descendo para meu pescoço, parando por ali. Meu peito subia e descia rapidamente enquanto a tensão aumentava cada vez mais.

Max adentrou a sala com uma presença, seus olhos percorrendo a cena diante dele com uma expressão de desdém. Arthur estava ali, com a mão em minha bochecha, uma atitude que despertou um ciúmes absurdo em Max, mas também um sorriso irônico nos lábios de Arthur. Pelo visto esses dois não se davam bem de jeito nenhum.

- O que temos aqui, Arthur? - Max perguntou, sua voz gélida e carregada de desaprovação enquanto caminhava até mim e parando atrás da cadeira que estava amarrada.

Arthur ergueu as sobrancelhas com uma atitude desafiadora, seus olhos faiscando com uma mistura de arrogância e indiferença. Seu corpo se levanta e fica em pé na minha frente encarando Max.

- Apenas uma conversa amigável, não é Lily? - respondeu Arthur, sua voz soando irritantemente confiante me dando um chute de leve na perna. Me mantenho calada, fazendo com que Arthur suspire de raiva.

Max franziu o cenho, o desdém se transformando em irritação diante da insolência de Arthur. O homem à minha frente soltou uma risada sarcástica diante a ele.

- Não vai me dizer que está com ciúmes de eu estar mexendo com a sua namoradinha.

Max cerrou os punhos. A tensão daquela sala estava dando para cortar com uma faca.

- É melhor você ficar de boca fechada, não acha?

- Ou o que? Vai me tirar de perto dela? - Ele ri sarcasticamente.

A tensão entre Max e Arthur finalmente rompeu. Max passa por mim, que acompanhava tudo com os olhos, e sem mais uma palavra desferiu um soco no rosto de Arthur, que por sua vez, exibiu um sorriso presunçoso, seus olhos brilhando com uma mistura de arrogância e confiança enquanto limpava o sangue que escorria do nariz.

Seus movimentos eram rápidos e precisos, cada golpe mirando atingir seu alvo com força devastadora. Arthur reagiu com agilidade, esquivando-se dos ataques de Max com uma rapidez impressionante, me perguntava onde estava aquele menino medroso que tinha medo de altura e se denominava um saco de batatas.

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