Capítulo 1| A Jornada para Berlim

4 2 18
                                    

3 de novembro de 1990

Estava tudo planejado, eu iria para Berlim e tentar montar algum novo plano de assalto grande, talvez eu pudesse tentar passar a perna em algum milionário daquela maravilhosa cidade na qual eu sempre quis morar um dia, mas eu sabia que eu seria pega em algum momento, mas até o momento eu poderia aproveitar a minha vida aqui fora.

Enquanto eu dirigia nas estradas da Alemanha, ficava imaginando quanto tempo demoraria para que a polícia pudesse descobrir todos os meus crimes dos últimos cinco anos, será que eu colaborando com o meu testemunho confessando que realmente cometi aqueles crimes cruéis eles diminuiriam minha pena? Sempre tive medo de entrar em um presídio, meu pai está preso já faz seis anos e nunca tive coragem de ir fazer uma visita a ele, nos dias de visita sempre implorei para minha mãe que não deixasse ter contato com ele por conta de tudo que eu vinha fazendo, então minha mãe apenas me apoiava em questão de não ter meu pai como exemplo para cometer todos os meus crimes. Meu pai vivia me mandando cartas falando que sentia falta de mim, do meu companheirismo durante os crimes que ele cometeu durante dez anos consecutivos, depois que ele tirou minha guarda quando eu tinha oito anos de idade por conta que minha mãe e meus avôs haviam perdido a fazenda e estávamos sem moradia e sem o que comer há quase uma semana, ele colocou minha mãe na justiça provando a verdadeira realidade que estávamos vivendo e alegou que ela nunca foi uma boa mãe para mim, a justiça concordou que meu pai ficaria com a minha guarda e nunca mais vi minha mãe até meus dezoito anos.

Quando eu tinha três anos de idade, meus pais haviam se separado, eles viviam brigando por conta do tipo de trabalho que meu pai fazia e vivia voltando de madrugada com os olhos vermelhos de tanto que bebia, em uma dessas discussões ele sacou uma arma e apontou para a cabeça da minha mãe ameaçando-a de morte caso ela tenta-se falar mais algo, eu estava no berço e comecei a chorar, meu pai olhou para mim e começou a berrar com a minha mãe pedindo para que me tirasse do ambiente antes que eu fosse a próxima vítima dele, naquela época meu pai já era procurado por tentativa de assassinato de um juiz conhecido de Miami, porém minha mãe queria manter distância dele então já havia alertado a polícia que ele estaria voltando para casa de madrugada e que eles iriam discutir como de costume, minutos após minha mãe me pegar no colo a polícia entrou e abordou meu pai, ele foi levado para a delegacia e sentenciado a violência doméstica e tentativa de assassinato de uma autoridade.

Eu ainda tenho trauma de ter morado com meu pai, de ter presenciado a maior parte dos crimes dele e de ter seguido o mau caminho dele, sempre me arrependi de ter tido ele como meu pai, mas não posso fazer nada a não ser aceitar essa triste realidade. Foram dez anos da minha vida que via meu pai cometer vários crimes e ensinar algumas táticas de como fazer aquele tipo de crime, eu era a aprendiz de um tipo de serie killer que tinha paixão por assassinar pessoas pelo simples fato de sentir prazer naquilo, quando tinha meus dezoito anos comecei a praticar alguns métodos que meu pai havia me ensinado e praticar alguns métodos que eu mesmo criei durante dez anos que morei com ele, para cada tipo de assassinato eu deixava uma marca diferente apesar das maneiras serem sempre as mesmas.

Com meus vinte anos, adotei o método de roubo que era muito mais fácil do que ser uma assassina, pois eu escolhi os alvos que eu iria assaltar, poderia vigiar a rotina deles e ainda conseguir me infiltrar em negócios desta pessoa, foi ai que eu peguei o gosto de assaltar pessoas importantes como empresários milionários e gangues adversárias, desde então peguei o gosto de tentar seduzir esse tipo de público para cometer meus novos crimes, desde então criei meus próprios métodos de como assaltar um cara desse porte e como atraí-los com facilidade.

Desde que vim morar na Alemanha, percebi que esse é um país onde os crimes são extremamente deixados de lado, porém como o país estava em época de eleição provavelmente todas as normas irão se alterar, eu realmente queria que isso demorasse a ser apresentado entre os políticos porque se fosse aprovado mais da metade do país estaria preso e as prisões teriam lotação máxima a ponto de não ter mais onde colocar essas pessoas que cometeram os piores crimes. Eu tinha medo do que o governo alemão poderia tomar atitude graves em relação as punições aos detentos, pois até alguns anos atrás um dos presidentes do país havia decretado que o indivíduo se comete estupro e assassinato deveriam sofrer no mesmo grau que cometeu seus crimes e no final serem executados, sinceramente eu tenho muito medo do que esse governo está tramando para os próximos cinco anos.

A Redenção De MelissaOnde histórias criam vida. Descubra agora