Capítulo 8| Trauma

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"Uma voz me incomodava há dias, tentava manter contato comigo e tentando me mostrar algum tipo de mensagem, essa voz era tão baixa que só dava ver que eram sussurros, parecia que esta voz estava tentando me trazer alguma informação ou mensagem que eu tivesse que decifrar com o tempo. Eu tinha medo do que poderia ser e de quem estava transmitindo aquela mensagem, será que era a minha avó? Sinto muita falta da minha velhinha!" – Diário da Prisioneira Melissa

Enquanto eu esperava receber alta da enfermaria, meu primo ficou conversando comigo e cuidando de mim, apesar de ser algo errado ele fez aquilo para que eu pudesse ter uma companhia naquele momento difícil da minha vida, juro que não queria que ele soubesse que eu havia me envolvido com crimes bárbaros, mesmo assim ele permaneceu ali comigo sem me julgar pelos meus atos.

Enquanto conversávamos, a enfermeira veio até o quarto verificar mais uma vez meu ferimento na cabeça, ela ficou conversando com a gente por uns quinze minutos até que o remédio fizesse efeito no ferimento. Passaram-se alguns minutos e comecei a ficar sonolenta, meu primo apertou minha mão falando que eu poderia dormir que ele ficaria ali até o momento que eu acordasse, eu sorri para ele e apertei sua mão.

— Descanse menina, talvez até a hora da janta você seja dispensada daqui, como você precisa repousar irei prescrever para os superiores que levem sua janta na sua cela. – Ela fala sorrindo

— Obrigada, a senhora é um anjo. – Falo sorrindo para ela

— De nada, minha querida. – Ela fala tocando meu braço

— Dona Josiane, posso pedir um favor para a senhora? – Matthew fala olhando para ela

— Claro que pode, sargento. – Ela fala olhando para ele

— Não conte aos meus superiores que eu passei o dia aqui, nem fale que sou primo dela, pode dar problema para meu lado caso souberem disso. – Ele fala cabisbaixo

— Pode deixar sargento, guardarei este segredo a sete chaves. – Ela fala sorrindo para ele

— Muito obrigado. – Ele fala sorrindo para ela

— De nada querido! – ela fala e sai do quarto

— Mel, descase! Vou ficar aqui com você, pode ficar em paz. – Ele se aproxima de mim e beija minha testa

— Obrigada Matthew, você é meu anjo da guarda. – Falo sorrindo para ele

— Sou nada! – ele fala fazendo cosquinha em mim

Ficamos rindo por mais alguns minutos até que me ajeito na cama e acabo dormindo, ele gentilmente me cobriu e aumentou o ar-condicionado, fiquei um pouco inquieta por conta da dor então ouvi alguns múrmuros entre os policiais que estavam cuidando de mim, depois disso não lembro de mais nada porque acabei apagando de tanto sono que eu estava.

Duas horas mais tarde....

— Senhorita Clark? Acorda querida. – Uma voz feminina me chama

— Onde eu estou? – eu pergunto enquanto me espreguiço

— Você ainda está na enfermaria do presídio, vim avisar a senhorita que está liberada para voltar para sua cela. – A voz fala verificando os aparelhos que estavam ligados a mim

— Que horas são? Dormi por quanto tempo? – pergunto abrindo meus olhos

— São exatamente dezessete horas, conversei com os meus superiores e eles autorizaram seu retorno para a cela, todas as suas refeições serão entregues lá para você. – A voz feminina fala

Olho para o lado e vejo a enfermeira que estava cuidando de mim, porém percebi que tinha alguma movimentação estranha no meu quarto, os policiais não estavam lá, meu primo também não estava ali e apenas vi uma sombra na porta que era de um homem alto e forte. Olhei para a enfermeira e a cutuquei falando para que ela se aproxima de mim e falasse o que estava acontecendo, era perceptivo que ela estava muito nervosa enquanto olhava meus exames e que tinha algo totalmente errado.

A Redenção De MelissaOnde histórias criam vida. Descubra agora