Jimin
Depois que eles voltaram e penduraram o balanço nos ganchos no teto da varanda, Jimin se ofereceu para fazer algo simples para comer que exigia pouco esforço, pois ambos estavam emocionalmente gastos no cemitério.
O que quer que tivesse acontecido depois de ver as sepulturas dos pais de Tom fez seu peito palpitar e os olhos lacrimejarem. E quando Jungkook o abraçou, ele queria ficar dentro de seus braços a noite toda; era tão malditamente bom ter contato humano novamente. O jeito que ele cheirava, sentia e soava, fazia uma agitação ansiosa dentro dele, que ele lutou para conter.
Jimin percorreu os armários, seus olhos olhando na direção de algo que não comia há muito tempo, e seu estômago roncou em resposta. — Quando foi a última vez que você comeu um sanduíche de manteiga de amendoim e geleia?
Jungkook sorriu enquanto passava por uma pilha de correspondência perto da porta. — Desde que eu era criança. Mas agora você me fez desejar um.
— Perfeito — Jimin sorriu. — Eu vou prepará-los e depois podemos testar esse balanço.
— Chique — disse Jungkook com uma piscadela, e Jimin percebeu o quanto ele gostava do lado brincalhão dele. Havia tanto peso apenas uma hora antes. — Mas acho que não tenho geleia.
— Tudo bem — respondeu Jimin, vasculhando sua despensa - que estava cheia de mais coisas do que sua sala de estar, se ele estava sendo honesto - e encontrou o que procurava. — Meu avô fazia com mel.
Ele preparou dois sanduíches cada um, acrescentando mais mel aos dele porque gostava da doçura extra, enquanto Jungkook servia copos de leite e o seguia até a varanda.
Jungkook sentou-se, testando o balanço primeiro. — Espero que aguente — comentou.
— Acho que só há uma maneira de descobrir — respondeu Jimin, afundando ao lado de Jungkook.
As correntes e a madeira pareciam seguras o suficiente, então balançaram e comeram levemente, ambos perdidos em pensamentos.
— Isso está gostoso — disse Jungkook com a boca cheia. — Aposto que você lembra seu avô?
O peito de Jimin tremeu quando ele assentiu.
— Ele era como uma figura paterna para você?
— Sim — ele disse com um suspiro. — Eu certamente o decepcionei com minhas atitudes, principalmente quando eu... caí na multidão errada.
Ele supôs que essa era a melhor maneira de dizer. Ele não precisava aceitar aquele emprego; ele poderia ter procurado outro lugar ou desistido quando percebeu que algo obscuro estava acontecendo.
— Não seja tão duro consigo mesmo — respondeu Jungkook depois de um gole de leite. — Fiz algumas coisas das quais também não me orgulho.
— É verdade isso? — Jimin levantou uma sobrancelha. — Já foi pego?
Já chegou à prisão?
— Muitas vezes por diferentes pais adotivos ao longo dos anos. Eu estava tão perdido e com raiva naquela época, o que não ajudou. Isso era geralmente quando eles me mandavam embora. Eu era meu pior inimigo.
— Eu entendo isso muito bem — concordou Jimin, e ele admitia que as coisas eram confortáveis e fáceis entre eles, mais ainda desde o cemitério. Até suas coxas pressionadas juntas no banco não pareciam incomodar Jungkook. Jimin pensou com certeza que ele moveria para dar espaço a eles, mas ele ficou parado, e o calor que emanava de sua pele fez o corpo inteiro de Jimin zumbir com uma consciência estranha, como se houvesse um fio mais profundo de conexão se formando entre eles.
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De luz solar e poeira estelar
Fanfiction[JIKOOK VERSION] Após a morte de sua esposa, Jeon Jungkook dá um passo em direção à realização de seu sonho e compra a casa com o celeiro em ruínas, para o qual ela foi inexplicavelmente atraída na pitoresca Upper Peninsula. Mas depois de um ano, el...