Capítulo.12

5 1 0
                                    

O dia vai ser muito corrido, mas eu queria muito conhecer o avô do Chase.
Ele foi um doce comigo no aeroporto. E é um senhorzinho muito adorável.

Eu gostei tanto dele que até dei a ideia de pararmos em algum lugar para comer uma comida típica.
Como conheço uma lanchonete ali perto, nós fomos direto para lá.

Na subida tinha uma rampa e meu espírito de criança de cinco anos queria que Chase me empurrasse na cadeira de rodas.
Nesse momento, ao subir a rampa sentada ali, eu senti um arrependimento gigantesco logo na entrada.

Dei de cara com meu ex. E pode-se dizer que foi o maior choque que levei em todo esse ano.
Ele estava agarrado com uma biscate descabelada, vindo em nossa direção. Eu queria muito não ter sido notada, mas ele veio direto até mim.

Estava tão abismada que nem lembrei de levantar.

- Anyssa? - Ele pergunta preocupado. - Meu Deus, você está péssima! Quando se acidentou?

- E-e-eu... - Levanto rapidamente, desastrada. - O quê? Não, não me acidentei...

- Aí que susto! - Ele coloca a mão no peito aliviado. - O que tava fazendo na cadeira de rodas então?

"ARGH!! Seu desgraçado. Por que você não vai pra puta que te pariu?", eu penso...
Mas dou um sorriso nervoso e olho de canto para Chase, que observa confuso.
"Hum..." continuo pensando, mas maliciosamente. Muahahahaha.

- Quer saber por que eu estava na cadeira de rodas? - Eu pergunto ingênua, e ando até Chase mancando. - É que, esse é o meu namorado...

Eu começo a história e troco olhares com Chase para que ele me dê apoio.

- A-ah sim, somos namorados. - Ele agarra minha cintura.

- E... A gente se ama tanto. - Eu dou um sorriso tímido entrando na personagem. - Como você pode ver, ele é um pouco bruto às vezes. Quero dizer, eu adoro como ele é salvagem mas, o médico disse que eu preciso descansar por que Chase é bem intenso!

Se é que me entende...

- Aí meu deus, é sério? - A garota pergunta, boquiaberta.

Todos parecem chocados com a história. Até mesmo Chase.
Mas eu faço uma careta discreta para que ele continue atuando.

- Eu já prometi ser mais gentil, é que ela é tão linda e gostosa que eu não consigo me conter. - Ele admite, como um namorado insensível.

Eu posso perceber a garota olhando Chase de cima a baixo, interessada. E meu ex claramente se incomoda, expressando com uma careta enojada.
A voz dele falha um pouco quando anuncia que vai dar no pé, então eu me despeço ainda no personagem e observo os dois patetas se afastarem.

Eu e Chase nos entreolhamos e começamos a sorrir sem parar.
Essa história foi ridícula! Como eles acreditaram nisso?

O avô de Chase que estava no banheiro esse tempo todo queria muito saber o motivo da graça.
O máximo que posso dizer é que ele perdeu um espetáculo.

Enquanto o velhote queria ir a um restaurante chique, eu e Chase só queríamos que ele provasse um belo salgado com caldo de cana.
E depois de mostrar essa especiaria para ele, acompanhei os dois até a casa dos meus tios na praia, onde vão passar a virada.

Todo mundo quer muito conversar com o velho, mas ele está morrendo de cansaço.
Então eu me ofereço para arrumar o quarto dele.

Eu faço a cama e pego um edredom fresco deixando-o confortável.
Missão cumprida! Antes de sair eu me aproximo da cama e seguro sua mão.

Qᥙᥱrιdᥲ ꧑ᥱᥣh᥆r ᥲ꧑ιgᥲOnde histórias criam vida. Descubra agora