Capítulo.15

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No caminho até a mesa dos amigos, uma das meninas corre até a gente e começa uma conversa...

- Anyssa. Você está linda! - Ela diz fingindo simpatia. - Vejo que trouxe um amigo...

Todas olhamos em direção ao Chase, destraido indo para a piscina.
Eu mordo o lábio e volto a olhar o rosto empolgado dela.

- Ah sim, e mais: Ele é solteiro! - Stella faz a propaganda.

- Que ótimo! - A garota sorri satisfeita, pega dois copos de martini e dá uma piscadela convencida. - Vou lá falar com ele...

- Não! - Eu exclamo alto e as duas me olham assustadas. - O Chase não gosta de martini...

Filha de uma puta! É sério que ela quer ficar com o Chase?
Que ridícula!

- Tudo bem, acho bom eu levar apenas meu charme... - Continua convencida.

- Quer saber? Por que você não leva seu "charme" e essa bunda falsa pra longe de mim e do meu amigo? - Eu surto de repente.

- Amiga? - Stella questiona me olhando surpresa e perplexa. - Desculpa gata, a Any só teve um dia muito horrível...

- Não, eu tô falando sério. - Continuo arrogante. - Eu não quero te ver perto dele!

As duas continuam me olhando espantadas, quase sem entender a situação.
Mas minha postura não falha. E sim, ela pode considerar isso uma ameaça.

Eu empino o nariz e continuo andando até a mesa.
Cumprimento o pessoal e sento ao lado do... Doutor?
Doutor, médico, gostosão... É assim que me refiro a ele porque nem lembro seu nome.

- Oi Anyssa... Você está maravilhosa!  - Os olhos dele brilham e passeiam por meu corpo.

- Obrigada! Você também arrasou, mas por que está de verde?

Eu examino sua camisa verde clara, a bermuda num tom mais escuro. Ele optou por um calçado aberto. Com o corpão que ele tem, acho que qualquer look deixaria ele lindo. É bem tentador.
O vento insiste em trazer seu cheiro até mim, tão suave.
Ele se aproxima do meu ouvido sorrindo, e sussurra.

- Queria ter sorte com você! - Ele recua o rosto um pouco para me olhar. - Você acha que fiquei parecido com um grilo falante por qual outro motivo se não você?

Ele brinca me fazendo sorrir. Okay, é descontraído. Ponto para o Doutor!

- Desculpa, você vai ficar bravo comigo, mas tenho que dizer que não lembro seu nome. - Eu admito.

- Ótimo, eu também não sei muito sobre você. - Ele responde. - Então vem comigo...

Ele se ergue e estende a mão. Nós saímos dali e tento ignorar as falas altas do pessoal otimista por isso.
Nós vamos até o fim do deque onde há um parapeito de vidro, de frente para a praia.

- ...Realmente nos conhecemos em um momento ruim da minha vida. - Mordo o lábio. - Eu lembro de você na faculdade e... Das flores, das vezes que fomos ao café, mas por algum motivo não lembro seu nome.

- É que na faculdade eles me chamavam de Emenrentiana. - Ele sorri pendendo a cabeça para o lado. - É meu sobrenome, não te julgo por não lembrar dele, é bem difícil.

- E eu estava sempre com a cabeça nas nuvens. - Reforço.

- É. Eu lembro que você parecia bem aflita em alguns dias, então, você tem estado melhor?

- É como eu sempre digo: Demorou um tempinho até que eu me sentisse bem, mas agora, como pode ver, pareço incrível!

- Sem dúvidas... - Ele se aproxima. E seus olhos caem para os meus lábios.

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