Segunda Chance Ao Amor - FreenBecky

Dylan Forbes

      Miami –Flórida / ano de 2024

     

       POV Freen

Ficar no trabalho talvez tivesse sido uma opção melhor. Nam teve que sair pra atender um cliente e eu fiquei sozinha, até quis ligar pra Ally e conversar um pouco, mas a chamada estava sendo encaminhada para a caixa de mensagens.

Eu não sei explicar, mas é como se eu já estivesse sentindo falta de Rebecca, até do seu mau humor, ou dela gritando comigo, mas não havia sido assim na viajem, ela se mostrou uma mulher gentil, educada e carinhosa. Ela é aquele típico sonho de qualquer garota ou garoto, é misteriosa, linda... mas é quase inalcançável pra mim, como ela mesma disse "somos de mundos diferentes" e é verdade, o que eu teria a oferecer? Mal tenho dinheiro pra me sustentar, e ela, tem e sobra, pode ter a garota que quiser, porque olharia pra uma funcionária simples como eu? Está fora de questão e quanto mais rápido eu aceitar isso melhor,preciso parar de criar ilusões na minha cabeça.

Resolvi então tomar um banho, o sol estava tão quente que dentro do apartamento que já era pequeno se tornou mais abafado que o normal. Quando eu estava terminando, ouvir alguém bater na porta, só podia ser a Nam que esqueceu alguma coisa, ela sempre faz isso. Envolvi a toalha no meu corpo e fui até lá.

— Você sempre tem que esquecer algo né?

— Tenho?

Quando abrir a porta e vi quem era quase cai pra trás. Não acredito!

— Você?

— Eu. posso entrar?

— Não pode. O que quer? O que está fazendo aqui?

— Calma Baby, quanto ódio, vim te ver!

— Não me chame dessa forma.

— Me deixe entrar, prometo não tomar muito do seu tempo!

O homem de cabelos lisos e escuros, olhos incrivelmente azuis e um sorriso prepotente adentrou o meu pequeno apartamento depois que dei passagem.

— Achei que nunca mais te veria!

— Seria ótimo não te ver mais. Como achou meu apartamento?

— Fui na casa dos seus pais, ai eles me deram o endereço, o que houve? Pensei que fosse fazer faculdade, está morando nesse... bom, não é bem um apartamento bonito.

— É o que posso pagar e graças a Deus não precisei de ninguém a não ser meu esforço pra trabalhar.

— Claro, desculpe se pareço soberbo!

— O que veio fazer aqui?

— Queria te ver, estava com saudades!

— Como teve coragem? depois de me trair com aquela vadia!

— Isso já fez um ano, e tecnicamente não foi traição, pois não éramos namorados.

— A gente estava ficando a tempos! você só não tinha feito o pedido, mas era o mesmo que estar namorando!

— Você dizia que era um rolo!

— Sabe que pra mim nunca foi só assim.

— Fui um babaca!

Ele se aproximou de mim e eu recuei.

— Sentir saudades suas, me arrependo tanto pelo que fiz, deveria ter dado mais valor a você!

— Mas não deu!

— Está solteira?

— Sim, e estou bem dessa forma!

— Então se está sozinha, não perderei as esperanças, me deixe reconquista-la, eu saí da cidade, agora trabalho como modelo fotográfico, voltei pra cá, sempre gostei daqui, e como não tirei você da cabeça vim te procurar.

Ele me puxou e me beijou, mas durou apenas alguns segundos, eu o empurrei.

— Está louco?!

— Senti falta do seu beijo.

— Vai embora Dylan!

— Sai comigo? Por favor, fala que sim e eu vou embora!

— Não quero sair com você.

— Por favor Baby, eu mudei, não viria atrás de você atoa.

— Você sempre foi um idiota!

— Eu sei, mas amadureci, as pessoas mudam assim como você também deve ter mudado.

Ele parecia sincero, estava tão bonito, sempre foi, mas estava ainda mais. Pensei bem na resposta, sabia como Dylan era, ele não desistiria fácil e não sairia até eu falar sim.

— Tudo bem, apenas para um café!

— Ótimo!

— Passa seu número!

— Nada disso, não confio, pode ser que você não me ligue, digita o seu!

Ele entregou o iPhone  em minhas mãos e eu digitei.

— Eu te ligo!

Dylan tentou me beijar de novo, mas eu não deixei, ele então beijou meu rosto.

— Foi ótimo te ver!

— Tchau Dylan!

Eu então fechei a porta e fui me vestir, nem tinha notado que ainda estava de toalha. Depois de me vestir, fui preparar um café quente, precisava de cafeína depois de reencontrar o homem pelo qual fui apaixonada no passado, mas que tanto me decepcionou.