Humilhação

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                Miami – Flórida / ano de 2024


                 POV Freen


A minha tarde estava um tédio total, eu já havia terminado todo o serviço e não tinha absolutamente nada pra fazer, ia até perguntar a dona Clarisse se quando eu terminasse mais cedo eu poderia ir pra casa, mas ela saiu pra fazer compras com o motorista. Me sentei próximo ao jardim enquanto via a água sair pelo regador, aquele nem era serviço meu. O deixei de lado e resolvi explorar a casa já que estava sozinha na mansão. Fui para a parte de trás da casa e avistei a estufa, provavelmente deveria ter uma diversidade de rosas, eu podia sentir o cheiro mesmo sem entrar, imaginei rosas de diversas cores, será que tinha branca? era a minha favorita. olhei ao meu redor, apenas silêncio, cheguei a dar alguns passos em direção a estufa mas lembrei das palavras de dona Clarisse, para que nunca entrasse no local ou eu teria problemas, como eu não podia perder o meu emprego recuei e adentrei a enorme casa, subi as escadas correndo e fui entrando em cada quarto, tranquei a porta de um e pulei em cima da cama, já que estava sozinha tinha que pelo menos aproveitar, nem parecia a minha cama dura, essa era enorme e fofinha, mas minha felicidade se foi quando ouvi um barulho de carro, olhei pela cortina da janela, devia ser Clarisse, mas fazia poucos minutos que ela saiu. resolvi sair do quarto correndo e desci as escadas correndo também, coisa que foi um erro porque não consegui frear.

– Hoje o meu dia foi cansativo e eu..

A mulher estava falando quando entrou e meu corpo foi praticamente arremessado em cima do dela por culpa das minhas pernas que não conseguiram frear, o impacto quase me fez machucá-la e se machucar também. Ela me empurrou e levantou zangada passando a mão na cabeça.

– Ai meu Deus, me desculpe! eu.. eu sou uma desastrada, sinto muito!

– Onde pensa que está novata? Em um jardim de infância?

Ela me olhou séria e então eu travei, não podia ser, ela não podia ser a dona da casa, ou podia? A mulher do bar, a que eu vi e nem se quer me olhou, mas que prendeu a minha atenção, nossa.. ela tem lindos olhos verdes e..

– Vai ficar ai calada?! você quase me fez quebrar um osso.

– Eu sinto muito mesmo, não consegui parar, eu tentei.

– Sentir muito não é o bastante pra mim, não tem trabalhos a fazer? acho que é pra isso que será paga, o que diabos faz correndo na casa como uma criança de 4 anos?

– S-sim, eu já terminei tudo, resolvi explorar a casa.. mas acho que a ideia não foi boa.

Ela caminhou até uma estante e se serviu com alguma bebida que não consegui ver o nome, eu estava tremendo, não apenas por reencontrar essa mulher, mas também pela merda que fiz, droga! ela é a minha patroa, eu maginei alguém mais velha.

– Eu acho que não está limpo o bastante.

Ela despejou no chão um pouco de sua bebida, fiquei boquiaberta quando vi.

– Limpe!

– O que?

– Não me ouviu? limpe! está molhado.

– Não pode me humilhar dessa forma senhora!

– É o seu trabalho, vai ser paga por isso, mas se quiser se demitir agora mesmo, não tem problema, você deve ser a menina pelo qual Clarisse falou, destrambelhada, só não imaginava que era tanto, veja só meu braço, ficou vermelho.

– Me desculpe!

Abaixei a cabeça e sentir raiva dessa figura tão amarga, a vontade que eu tinha era de fazer ela engolir o copo que estava segurando.

Segunda Chance Ao Amor - FreenBeckyOnde histórias criam vida. Descubra agora