Miami – Flórida / ano de 2031
6 anos depois...
FreenBecky aproveitaram ao máximo o que a maternidade tinha a oferecer, foi tudo tão mágico, tão especial, a emoção da primeira palavrinha dita, quando Eduarda e Enzo chamaram elas de mamãe pela primeira vez, o primeiro dentinho, até mesmo o primeiro tombo, eram crianças espertas e inteligentes, Eduarda amava brincar na estufa, ela gostava do cheiro das rosas, Enzo preferia ficar perto da piscina com seu caderno de desenho, ele amava desenhar, talvez fosse ter o talento da arquitetura como a mãe. As crianças correram para o quarto de Clarisse, a mulher não estava muito bem de saúde, mas estava recebendo toda assistência necessária, as crianças a amavam como uma vó, eram mais apegados a ela do que a Marília e Alicie.
— Eles amam bagunçar perto da Clarisse.
— E ela gosta da energia deles, que carinha triste é essa Becbec?
— Falei com o médico, e a situação de Clarisse não está tão boa, ela é como uma mãe pra mim, me acostumei com a presença dela em minha vida desde criança.
— Não sofra por antecipação ok? olha pra ela, está sorrindo brincando com nossos filhos.
Clarisse havia tido um início de infarte, mas foi socorrida a tempo, ela já estava em uma idade um pouco avançada.
— Vou tentar não ficar tão preocupada, amor... Queria falar uma coisa!
Becky saiu do quarto com Freen.
— Aconteceu algo?
— É sobre a Eduarda!
— Eu queria tocar nesse assunto mesmo, achei que só eu havia percebido, ela não gosta das bonecas, ela odeia vestidos e eu peguei ela com uma tesoura na mão prestes a cortar os cabelos, eu conversei com ela e disse que uma garotinha de 6 anos não pode pegar tesoura porque é perigoso, aí ela disse que não gosta de como seu cabelo é.
— Ela também tem usado roupas do Enzo.
— Talvez ela ainda seja muito nova pra entender o que quer, eu também não gostava de bonecas quando criança.
— Eu acho que vai além disso, temos que prestar mais atenção a esses sinais, já é bastante comum os indícios de transexualidade desde a infância.
— Será? não quero pensar que nossa garotinha pode sofrer preconceito.
— Ei calma, ainda é cedo pra gente tirar conclusões precipitadas, mas se ela for transgênero, nós como mães seremos seu apoio e iremos proteger ela de tudo.
— É tão bom saber que tenho você pra dividir tudo, eu não saberia dar conta sem você, nossos filhos são tão diferentes no jeito de ser apesar de gêmeos.
— O importante é que eles saibam que sempre podem contar com a gente.
As duas crianças correram para a sala, Enzo pulou nos braços de Becky.
— Calma ai garotão, você agora está pesado!
— Eu estou grande mamãe, eu vou ser um super herói e vou ajudar pessoas.
— Sério? isso é ótimo, mostra que tem um bom coração!
— Mama, vovó Clarisse quer falar contigo!
Eduarda avisou e Becky colocou o filho no chão.
— Fiquem com a Saro, a mama já volta!
Becky foi até o quarto e fechou a porta, se aproximou da cama e sentou perto de Clarisse.
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Segunda Chance Ao Amor - FreenBecky
RomanceRebecca Patrícia Armstrong perdeu o grande amor da sua vida em um acidente pelo qual ela levou pra si toda a culpa. Depois da perca se sentiu vazia e não quis abrir-se novamente para o amor, mas quando o destino quer nos surpreender, ele simplesment...