Karaokê e Surpresas.

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Aila

Eu estava me divertindo muito na piscina com o pessoal. O sol estava brilhando, a água estava refrescante e a música estava animada. Nós decidimos fazer uma brincadeira de tentar subir em um barco de boia que estava no meio da piscina. Era mais difícil do que parecia, e nós caíamos na água a cada tentativa. Eu ria muito das trapalhadas dos meus amigos, especialmente do Jean, que era o mais desastrado de todos.

Eu senti alguém me abraçar por trás e me puxar para perto. Era o Bruno, claro. Ele me beijou no rosto e sussurrou no meu ouvido:

- Você está linda hoje Ailinha, sabia?

- Você também não está nada mal - eu respondi, me virando para encará-lo.

Ele sorriu e me deu um abraço. Eu senti um arrepio percorrer o meu corpo. Diferente da sensação com Luís mais cedo, diferente do que senti com Gu no encontro. Mas é a mesma sensação da dança de mais cedo.

- Ei, vocês, vamos participar da brincadeira! - gritou o Jean, nos chamando. - Sem desistir!

- Vamos lá, então - disse o Bruno, me soltando.

Nós nadamos até o barco de boia e tentamos subir nele. Eu consegui me apoiar na borda, mas o Bruno escorregou e caiu na água. Ele me puxou para baixo com ele, e nós dois rimos.

- Você fez de propósito! - eu o acusei, brincando.

- Claro que não, foi sem querer - ele disse, piscando para mim.

Nós voltamos para a superfície, e os nossos amigos nos aplaudiram e nos zoaram.

- Vocês dois são muito fofos, mas também muito melosos - disse Camila.

- Deixa eles, Camila, eles são namoradinhos - disse o Jean, defendendo-nos. - Ops... amigos!

- Só amigos? Sei... - disse a Carol, duvidando.

- Nós somos só amigos - eu disse, confirmando para a câmera.

- É, Carol, nós somos só amigos - disse o Bruno, concordando com um sorriso.

- Bom, se vocês são só amigos, então não se importam se eu fizer isso - Carol foi se aproximando dele.

Ela deu um beijo na bochecha dele, e depois piscou para mim. Eu fiquei com raiva, e empurrei ela na água. Foi uma cena estranha.

- Ei, Aila, isso não se faz - ela reclamou, se molhando.

- Desculpa, Carol, foi sem querer - eu disse, ironizando.

- Sei, sei, foi sem querer - ela disse, revirando os olhos.

- Cadê o marido dessa mulher? - Luís disse, brincando.

Ela saiu do fundo e me abraçou. Nós rimos, e depois abraçamos o Bruno também. Nós éramos um trio inseparável, e nos amávamos muito. Acho que o conceito do canal dar certo é que de fatos somos uma família, e discutimos como uma, nos provocamos e fazemos besteira, mas continuamos juntos.

- Vocês são as melhores amigas que alguém pode ter - disse Bruno, nos elogiando. - Todos vocês! Caca, abraço em grupo!

- Você também é o melhor amigo que alguém pode ter - eu disse, retribuindo.

Mesmo que eu estivesse estranhando usar essa nomenclatura de amigo toda hora.

- Eu cheguei primeiro que todos vocês, mas tudo bem. - Thomaz diz, se aproximando.

Nós nos olhamos, e sorrimos. Nós éramos felizes juntos, mas eu acho que estou percebendo que se tratando de Bruno, talvez eu queira um pouco mais do que apenas ser feliz, sendo... amiga.

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