Just Friends

Nascimento.

Oii amores!! Respondam pra mim aqui nos comentários:
• Qual a amizade favorita de vocês na fanfic?
• Qual a cena favorita de vocês até agora?

Boa leitura :)

***

Aila

A luz suave da manhã banha a cozinha enquanto saboreio o café recém-coado, o aroma reconfortante misturando-se ao som tranquilo da conversa dos meus pais. Minha mãe passa manteiga no pão, e meu pai folheia o jornal com um sorriso preguiçoso. É uma cena de pura simplicidade e amor.

De repente, o toque do meu celular corta o ar, uma melodia estridente que parece fora de lugar naquela manhã pacata. Olho para a tela e vejo o nome de Lucas, o marido da Glenda. Meu coração dá um salto. "Alô?" atendo, tentando manter a calma.

- Aila... a bolsa da Glenda estourou, estamos a caminho do hospital agora! - Sua voz está carregada de urgência e um leve tremor.

Por um momento, fico paralisada, a xícara de café suspensa no ar. Então, uma onda de emoções me atinge. Choque, excitação, medo, alegria - tudo de uma vez. "Já estou indo," consigo dizer, a voz trêmula.

Despeço-me rapidamente dos meus pais, que me olham com olhos arregalados, e corro para o carro. No caminho, minha mente é um turbilhão. Glenda, minha irmã, está prestes a trazer uma nova vida ao mundo. Eu serei tia! O choque inicial dá lugar a uma animação borbulhante, e um sorriso incontrolável se espalha pelo meu rosto.

Só depois percebo que não disse aos meus pais o que aconteceu, sendo que eles precisam vir também. A ansiedade é tanta que simplesmente enlouqueço. Em um momento do semáforo, envio mensagens para eles, mesmo que certamente Lucas tenha mandado também. Eu havia combinado um café com meus pais, já que sinto saudades deles no dia a dia, mas agora toda a comida ficou para trás.

Enquanto dirijo, as ruas de BH passam por mim em um borrão. Cada semáforo vermelho é uma eternidade, cada curva me aproxima do momento em que verei minha irmã, forte e radiante, prestes a se tornar mãe.

Quando finalmente chego ao hospital, meu coração bate forte no peito. Abraço Lucas no saguão e subimos juntos, nossos passos ecoando no corredor silencioso. Ao abrir a porta do quarto, lá está ela, minha irmã, sua expressão uma mistura de dor e determinação. E eu estou lá, ao seu lado, pronta para testemunhar o milagre da vida.

- Teté - me aproximo, sem saber se posso abraçá-la ou não. - Como foi? Cadê ele?

Lembro do alerta falso que tivemos no dia do 24 horas da festa na Mansão do lago. Agora é real.

- Os médicos estão dando banho, e eu estou bem. Deu tudo certo. - ela sorri, erguendo as mãos e pedindo um beijo no meu rosto.

(...)

O corredor do hospital está tranquilo, apenas o som dos meus passos e o bater acelerado do meu coração preenchem o espaço. Mal posso acreditar que Glenda deu à luz, que sou tia do pequeno Matteo. Meu celular pesa no bolso, uma lembrança constante de que há alguém que precisa saber disso tanto quanto eu: Bruno.

Não conversamos há semanas, desde que ele parou de ir gravar do nada. Mas, neste momento, nada disso importa. A excitação borbulha dentro de mim, e sei que tenho que compartilhar com ele primeiro.

Deslizo o dedo pela tela e inicio uma chamada de vídeo.

- Bruno, você não vai acreditar. - digo assim que seu rosto aparece, sorrindo através da tela.

Ele franze a testa, confuso com minha chamada inesperada.

- Aila? Tudo bem?

- Melhor impossível. - digo, virando a câmera para Glenda, que segura Matteo nos braços. - Diga oi para o tio Bruno.

Glenda acena, um sorriso cansado mas radiante em seu rosto.

- Oi, Bruno. Olha só quem chegou.

A câmera foca no rosto de Matteo, pequeno e perfeito, e consigo ver as lágrimas se formando nos olhos de Bruno. Quero começar a chorar na mesma hora, claro que não pela primeira vez.

- Ele é lindo demais - ele sussurra, e uma lágrima escapa, traçando um caminho brilhante em sua bochecha.

Não consigo conter minhas próprias lágrimas, emocionada com a beleza do momento e a conexão que ainda compartilhamos, apesar da distância e do tempo.

- Eu sei. - digo, a voz embargada. - Eu sei.

(...)

As luzes da cidade piscam suavemente enquanto eu dirijo de volta para casa, o coração ainda acelerado pela emoção do nascimento do Matteo. O celular vibra com a chegada de uma mensagem, e eu sei, antes mesmo de ler, que é do Bruno.

Abro a mensagem e as palavras dele brilham na tela:

"Ailinha, não consigo expressar o quanto estou feliz. Queria estar aí com vocês, especialmente contigo, nesse momento tão especial. O Matteo é tão fofo, e a Glenda com o Lucas formam um casal incrível. Depois de tanto tempo, eles merecem essa felicidade. Estou morrendo de saudades de vocês. Quero muito te ver, só que estou na correria. Vou tentar ir na Caca essa semana."

Meus olhos se enchem de lágrimas ao ler suas palavras carinhosas. Sem pensar, digito uma resposta rápida, deixando meus sentimentos fluírem livremente:

"Bruno, eu também estou muito feliz. E eu... eu te amo, sabia? Nos vemos logo."

Envio a mensagem, mas assim que o faço, uma onda de incerteza me atinge. 'E se ele interpretar mal?', penso, preocupada com a possibilidade de ter cruzado uma linha invisível em nossa amizade. Nunca foi um problema dizer isso, mas agora, estou tão sensível que começo a cogitar milhões de coisas.

***

Capítulo curtinho, mas para marcar o acontecimento importante do nascimento do Matteo! E nem por isso deixamos de ter Aibru sendo fofissimos <3

Favoritem e comentem, amo vocês 💕💕