Capítulo 25: Goto

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  Giyuu estava sentado no alto de uma das pedras na praia, Senjuro e Yuichirou estavam ao seu lado, Yuichirou deitado de bruços observando Nezuko tentar acalmar Genya enquanto o garoto andava de um lado pro outro, Makomo estava em silêncio, olhando para o chão em busca de caranguejos.

Ela nunca viu um caranguejo, mas leu em um livro que eles viviam na praia.

— Eu disse pra você não ir lá! E você foi! – Genya cruzou os braços irritado, olhando para Makomo com o rosto vermelho. – Você poderia ter ficado viva se fosse pelo caminho atrás da cerca.

— Mas eu queria te mostrar a entrada da frente... lá tem duas árvores lindas, com flores da cor dos seus olhos. – Makomo disse chateada, brincando com os pés.

— Quem se importa?! Eu preferia que você continuasse viva. – Genya bufou, olhando ao redor, observando as crianças sentadas na areia. – Agora somos 16...16 crianças mortas por aquela...aquela...vagabunda!

— Olha a boca, Genya! – Nezuko o corrigiu, arrancando uma risadinha de Makomo. – Você pode ter morrido, mas ainda tem 9 anos.

Giyuu continuou a observar a discussão das crianças, Genya e Nezuko discutiam frequentemente, Nezuko por querem que Nikuya fosse eliminada de forma rápida para que todos pudessem se libertar, e Genya por querer que Nikuya sofra tudo que cada um deles sofreu.

Makomo disse a Giyuu que conheceu Genya logo depois que Sanemi chegou na fazenda, ela sempre via pessoas estranhas por lá, mas nenhuma delas havia chamado sua atenção da mesma forma que Genya. Makomo entendia a raiva de Genya, ela confessava que realmente não deu ouvidos ao Shinazugawa por simplesmente querer ir pelo portão da frente, ela viu quando Nikuya foi em sua direção, ela sentiu dor, medo...como qualquer outra criança, mas ao ser trazida por Genya para a praia no inconsciente de Giyuu, Makomo se sentiu tão acolhida, muito mais do que quando era viva.

— O que já foi, já foi. – Nezuko disse por fim, todos mais calmos agora. – Precisamos focar em ajudar o Detetive.

— Agora que a Bonequinha foi embora, procurar informações e pistas sobre o caso vai ser mais fácil. – Sasamaru disse sentada na areia, balançando as pernas.

— Não vai demorar muito para colocarmos nossas mãos em Nikuya. – Kanao disse enquanto Rui a ajudava a chegar até Senjuro, a ferida espiritual no olho de Kanao já estava quase completamente curada. – Quando isso acontecer, Giyuu-san...esteja preparado.

O Tomioka balançou a cabeça positivamente, para que o plano de matar Nikuya ocorresse, Giyuu cederia seu corpo completamente para os espíritos das crianças, cada uma usaria suas habilidades somadas ao físico de Tomioka Giyuu. Como Inosuke foi habilidoso para correr em meio a mata e caçar Nikuya como um predador, todas as outras crianças tinham habilidades e dons únicos.

Giyuu acordou sentindo um peso maior sobre seu corpo, Sanemi beijou a testa de Tomioka, soltando todo o peso de seu corpo sobre o namorado. Giyuu reclamou um pouco, tentando empurrar o Detive para longe, sem sucesso.

— Você tem cinco minutos pra se arrumar, Goto disse que precisa da gente com urgência. – Sanemi se levantou, dando um último beijo em Giyuu.

— Tô indo... – Giyuu bocejou, se levantando e calçando seus chinelos.

Não era intenção de Giyuu demorar muito, foi automático entrar no banheiro e começar a lavar o cabelo. Giyuu ouviu a porta ser aberta, Sanemi não emitiu nenhuma som, o detetive apenas ficou parado observando Giyuu sair do chuveiro com o cabelo molhado pingando pelo chão.

— Já disse que você é lindo? – Sanemi disse enquanto encarava Tomioka, o olhar apaixonado secando cada gota de água que escorria em seu corpo.

Tomioka sentiu seu rosto esquentar, ele desviou a atenção de Sanemi, continuando a trocar suas roupas, vestindo seu moletom vermelho. Sanemi reclamou um pouco sobre a demora de Giyuu, dizendo que ambos estavam atrasados e que Goto provavelmente já estaria surtando no necrotério. Giyuu entrou no carro junto ao namorado, ambos indo em direção ao IML da polícia, onde Goto os esperava.

Memórias daquele dia - Sanemi × GiyuuOnde histórias criam vida. Descubra agora