Capítulo 19: Kuwajima Jigoro

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Sanemi se levantou da cama de Giyuu, os pais do Tomioka não deixaram Sanemi voltar para casa tão tarde da noite, mesmo Sanemi insistindo que estaria tudo bem, o Shinazugawa acabou ficando preso no apartamento da família Tomioka. Claro que Sanemi tentou dar uma de bom moço e pediu para "dormir" no sofá, mas Tomioka o arrastou para o quarto, agarrando Sanemi como um bicho de pelúcia.

Giyuu acordou rapidamente quando sentiu a cama se mexer, o colchão de Tomioka era macio demais, qualquer movimento era facilmente notado. Giyuu abraçou Sanemi com força, olhando para ele com os olhos ainda meio abertos.

— Onde você vai? – Giyuu disse com a voz embriagada de sono. Giyuu olhou para o relógio marcando 3:48 da manhã ao lado de sua cama, puxando Sanemi para mais perto. – É tão cedo ainda...

—Detetives precisam acordar cedo. – Sanemi disse rindo, sendo cortado por Giyuu.

— Você nem dorme. – Giyuu puxou Sanemi com força para perto, agarrando o Shinazugawa com os braços e as pernas.

Sanemi suspirou pesadamente, ele afundou seu rosto no pescoço de Tomioka, relaxando o corpo. Sanemi fechou os olhos, tentando ao máximo pegar no sono, porém nada acontecia...ele continuava ciente, ele continuava ouvindo o som do batimento cardíaco de Tomioka, o barulho de sua respiração, ele continuava pensando sem parar, sua mente inundada de pensamentos avulsos que iam desde a morte de Genya, até a imagem de Giyuu possuído por Rui.

O Shinazugawa novamente tentou forçar-se a dormir, tentando ao máximo parar de pensar, parar de querer abrir os olhos. Sanemi se levantou abruptamente, batendo a mão na mesinha ao lado cama, foi apenas quando sentiu que não havia nada além de um relógio ali que Sanemi se lembrou que não estava em sua casa. O Shinazugawa suspirou mais uma vez, olhando para Giyuu que dormia tranquilamente.

Pelo menos Giyuu teve uma boa noite de sono, pensou Sanemi, antes de seu telefone começar a tocar.

— Aló? – Sanemi disse com a voz rouca, um pouco chateado.

"Levanta bela adormecida da deep web, vamos trabalhar!" – A voz de goto soou alta pelo telefone, mesmo que o número fosse de Murata.

— Não são nem cinco horas ainda. – Sanemi disse se esticando na cama, sua voz acordando Tomioka.

"Sim, mas nosso amigo Nikuya não se importa com isso." – Goto dizia em um tom de voz irônico e sarcástico, Sanemi sabia reconhecer quando Goto estava irritado com algo. – "Vou te mandar o endereço, demora não."

Goto desligou logo em seguida.

Sanemi queria chorar...mal havia passado um dia do assassinato de Ume e Nikuya já havia feito outra vitima. O Shinazugawa se levantou, ajeitando suas roupas ao máximo que podia, não tinha tempo de tomar um banho e se arrumar devidamente. Tomioka se levantou logo em seguida, seguindo Sanemi em direção a saída da sala, por sorte ou muito azar, Sanemi e Giyuu acabaram flagrando os pais de Tomioka dançando uma valsa sem música na sala.

— Mãe? Pai? – Tomioka ajeitou seu tapa olho, estranhando ver os pais dançando sem motivo aparente no meio da sala. – O que vocês dois...

— Querido...bem, seu pai e eu estamos apenas relembrando os velhos tempos, não é nada de mais. – A Senhora Tomioka disse com um leve rubor nas bochechas, escondendo uma mecha de seu cabelo levemente grisalho para trás.

— E vocês dois? Saindo escondidos no meio da noite. – O Pai de Tomioka cruzou os braços fingindo estar zangado, mesmo que fosse perceptivel o sorriso divertido em seus olhos.

— Desculpe, Senhor e Senhora Tomioka, é que acharam um corpo...eu preciso ir, de verdade. – Sanemi disse o mais rápido que pode, os pais de Giyuu o olharam chocados. – Obrigado por tudo.

Memórias daquele dia - Sanemi × GiyuuOnde histórias criam vida. Descubra agora