𝐋𝐔𝐍𝐀 𝐆𝐎𝐋𝐃𝐁𝐄𝐑𝐆 "a pobre garotinha que teve que mudar de cidade porque a mamãe é uma criminosa".
𝗨𝗠𝗔 𝗗𝗢𝗖𝗘 𝗚𝗔𝗥𝗢𝗧𝗔 teve que sair de sua cidade natal, e
se mudar para Outer Banks já que sua mãe tinha sido
transferida de presídio
...
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LUNA GOLDBERG
Acordei no dia seguinte, com a cabeça latejando de dor. Depois de tanto estresse, eu imaginei que minha enxaqueca atacaria.
Hoje seria um dos poucos dias que eu não teria "nada" pra fazer, além do trabalho. Decidi que ia tomar um remédio para melhorar a dor de cabeça, e aproveitar que o dia estava livre para desfazer as malas, já que até agora não fiz isso.
Fui até a cozinha procurar o remédio, e a casa estava estranhamente silenciosa. Pelo visto todo mundo havia saído, eu estava sozinha hoje.
Mandei mensagem para a Kiara para saber onde ela estava, afinal de contas quando eu fui dormir ela não estava aqui, e agora que acordei, ela também não está.
Tomei o remédio e voltei para o quarto. Peguei a minha mala, e começei a organizar tudo no guarda-roupa.
Enquanto eu esvaziava a minha mala acabei encontrando uma camiseta preta com a logo da banda "Kiss" e o rosto dos quatro integrantes, Paul, Gene, Eric e Tommy desenhados.
Imediatamente senti meu coração dar uma pontada ao ver aquela camiseta que pertencia ao meu pai, que ele me deu.
A camiseta era tudo que eu tinha dele, e não conseguia me desfazer dela de jeito nenhum, pois me lembrava um dia muito especial, uma das memorias felizes com o meu pai, e com a minha melhor amiga que havia desaparecido.
Tudo simplesmente começou a vir na minha mente.
SEIS ANOS ATRÁS - WILMINGTON, CAROLINA DO NORTE
Eu estava comendo meu cereal de café da manhã enquanto a mamãe se preparava para ir trabalhar.
Katerina: tchau, meu amor.- ela deu um beijo na minha testa.- qualquer coisa me liga, entendeu? Se o papai chegar tenta não frustar ele.- ela fez um carinho na minha mão.- eu te amo, querida.
Luna: eu também te amo, mãe.
Eu olhei ela saindo pela porta, aquilo sempre era uma tristeza. Desde que meu pai perdeu o emprego, a minha vida foi por água abaixo. Ele saia para beber oito horas da manhã, e chegava três horas da tarde, e quando chegava sempre descontava suas frustações em mim e na mamãe.
