DOCE TENTAÇÃO || FÓRMULA 1

O7 • Damn pain

  CHARLES LECLERC
3 anos atrás...

Matilda, you talk of the pain like it's all alright But I know that you feel like a piece of you's dead inside
Matilde/ harry styles

Mamãe, eu a vi na beira de sua morte o seu último chamado foi por mim, o som que ecoa pelas salas era a voz doce e calma de minha mãe, aquela que me viu chorar por coisas besta que me viu crescer e lutar, mas eu me escondi dela de todos.

Quando me chamou para um jantar com meu pai e ela, eu recusei dando um beijo em sua bochecha e um abraço em meu pai, me sinto mal um vazio que me fazia sentir sozinho eu só iria sair daquela situação sozinho, não queria meus pais preocupado comigo, meu foco meu último ano até chegar na F1.

00:49 vejo um número, era Madelyn sem entender nada ainda com sono a atendo, escuto sua voz de choro no outro lado da chamada.

aquele vazio que ja existiu se estende ao ouvir a notícia, o celular cai de minhas mãos cai de joelhos ao chão pedindo piedade ao um Deus que se tivesse me ouvindo naquele momento me levasse a morte e trouxesse meus pais de volta.

Lágrima desceu pelo meu rosto senti tudo a minha volta girar abri a porta do apartamento, meu coração ele não aguenta ele não irá aguentar todo essa dor.

Meus pais, a porra dos meus pais estavam mortos era eu que deveria está lá, era eu que deviria estar no caixão.

Sabe quando você sente que não tem mais uma razão para ficar em um mundo como esse, cruel, piedoso, quando você perde alguém importante para você,  sabe que nunca vai poder despedir deles de verdade e nunca saberá quando será seu último adeus, seu último "eu te amo meu filho" a dor de saber que será tarde demais para resolver isso, posso resolver apenas de uma forma.

Me encontrar com eles, no céu, longe dessa terra, que Deus tenha misericórdia de mim e lute para que eu não escolha essa saída.

Estou no topo do prédio, terraço, com uma garrafa de vinho olhando para o quão alto eu estou ou tão perto do inferno.  — Vocês iram meu olhar aí de cima, porque vocês fizeram isso comigo ?— minhas lágrimas não param de escorrer meu coração está acelerado, como uma faca no coração, me matando ao pouco uma verdadeira tortura, jamais uma ferida curada.

— Voltem para mim, pai, mãe... por favor voltem era eu que deveria estar naquele carro — gritei na tentativa que eles me escutassem. Eu não tive a oportunidade de falar para meu pai quão agradecido estou por ele.

— Vou encontrar vocês,espero que um dia vocês me perdoem porque eu jamais irei fazer isso comigo — continue gritando.

Subi na parte aberta do prédio onde posso caminhar para o paraíso, onde posso ver tudo ser queimado, não irei ficar sentado porque o que se quebra jamais será o mesmo.
Dou um passo para frente

E o culpado de toda essa bagunça foi eu sempre foi e sempre será eu, eu estivesse ajudo ela se tivesse capacidade e forças eu teria me levantando e lutado por ela, eu apenas chorei feito uma criança sem um rumo, pedido com si mesmo.  Respirei fundo colocando os dois na ponta.

Quando eu escuto a porta do terraço sendo aberta, quando olho para trás vejo Madelyn ela vem correndo até a mim, sinto meus pés desequilibrar olho para ela, ela sabe o que estou sentindo.

— Nem tente, por favor deixe me ir porque não a mais lugar para mim aqui, não há ninguém...para — olhei  para o céu e vejo duas estelas forte brilhando ainda não acredito nessa situação, isso não pode estar acontecendo, alguém me acorda deixa me sentir vivo deixa ouvir a risada dos meus pais mais uma vez.