CONCLUÍDA |
Min Yoongi nunca teve muitas ambições em sua vida, gostava de música e de cozinhar, coisas simples lhe abria um sorriso sincero. Preso dentro de casa durante o dia, por possuir uma rara doença que o impossibilita de sentir a luz do sol...
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#umsolparamim
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H O S E O K
O despertador do meu celular soou pelo recinto fechado do meu quarto no dia seguinte às seis horas em ponto, para a minha infelicidade, pois queria tremendamente continuar no quentinho da minha cama, dormindo e revivendo o momento em que passei com Yoongi na noite anterior. Não estava com ânimo para ficar horas e horas em uma sala de aula enquanto os meus pensamentos sequer se focariam nas explicações que os professores dariam ou na atividade avaliativa que teria, pois tudo que eu conseguia pensar era nos pequenos lábios rosados em contato com os meus.
Mas de qualquer forma, faltar aula não é uma opção, só espero que essa atividade seja de consulta.
Quando Yoongi e eu nos beijamos, por um momento senti como se o mundo tivesse parado ao nosso redor, ao meu redor. Não contei os minutos, mas se tivesse contato, poderia dizer que os ponteiros do relógio estavam trabalhando preguiçosamente, apenas deixando com que aquele momento se prolongasse. Apesar de ter desfrutado daquele momento, me senti um pouco reticente, nervoso porque segurava em meus braços a luminescência prateada que eu mais amava, que me trazia conforto e de alguma forma, proteção. Lua. Yoongi era como a Lua, chegando de mansinho, calmo e pacientemente como quem não quer nada, tomando o seu tempo e o seu espaço e brilhando tão avidamente que me cegou da maneira mais genuína possível. Mas às vezes ele era como uma estrela, a estrela que acendeu todo o meu universo, trazendo consigo a essência mais pura.
A sensação da textura de sua pele macia causava formigamento em minhas mãos, por dias fantasiei como seria beijar aqueles lábios pequenos e bem desenhados, por dias fantasiei qual seria a sensação do contato um pouco mais íntimo, segredando de forma pacífica o quanto eu queria provar de seus lábios. Não nego que imaginei como seria o ver com o rosto avermelhado após o beijo, as bochechas ruborizadas assim como o pescoço e as orelhas. Mas nenhuma imagem que a minha mente projetasse se compararia com a realidade de ver os lábios levemente inchados e ainda mais rosados, tão pouco o sorriso bonito e envergonhado que se abriu lentamente quando nos afastamos.
Para mim o beijo é relativo, já beijei outras pessoas apenas por beijar, apenas para saciar o desejo daquele momento, no entanto, beijar o garoto que estou gostando foi como beijar as estrelas, cada ponto luminoso salpicando em meus lábios, pinicando conforme a vontade crescia dentro de mim em prolongar aquele momento, conforme eu gostaria de sentir mais daqueles lábios e daquele beijo, e no final, eu me renderia apenas para ser beijado por ele novamente.
Era estranho pensar que nos beijamos pela primeira vez — não sei se realmente posso considerar aquela noite na casinha, por isso vou chamar o beijo do aquário de primeiro beijo — e eu já me encontrava tão viciado em seus lábios doces, tal como já estava viciado em sua pele, em estar em contato com sua derme macia e quente sentindo a maciez nas palmas das minhas mãos, tocando cada parte que me era permitido.
