CONCLUÍDA |
Min Yoongi nunca teve muitas ambições em sua vida, gostava de música e de cozinhar, coisas simples lhe abria um sorriso sincero. Preso dentro de casa durante o dia, por possuir uma rara doença que o impossibilita de sentir a luz do sol...
Oi! Esse capítulo tá um pouco intenso porque contém muita narração, mas é um capítulo importante
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Ano novo, vida nova!
Pelo menos é isso que eu tenho tentado colocar em minha cabeça desde que o primeiro dia do ano chegou.
Existiam dias e dias, alguns bons outros nem tantos e ultimamente tudo que mais quero é me enfiar dentro de um buraco e quem sabe nunca mais sair de lá. Às vezes alguns pensamentos percorrem pela minha mente feito um emaranhado de fios soltos e desconexos, fazendo-me pensar como tirar todo esse sentimento e vazio que tem preenchido o meu interior a cada dia que passa.
A sensação de estar me afogando com os meus próprios sentimentos aos poucos vem me consumindo. Queria não sentir, não sentir absolutamente nada. Queria que houvesse um remédio que pudesse anestesiar essa dor dentro do meu peito, capaz de me manter sedado para não sentir, eu não quero sentir porque dói. Dói em proporções que eu nunca achei que seria possível. Amar dói, e amar é um saco quando não se está com a pessoa amada. O incômodo crescente que a falta de Yoongi faz a cada instante, pensar em como as coisas acabaram em um piscar de olhos, me deixa entristecido, me perguntando o porquê de ser assim.
Eu não o vi novamente desde a última vez que fui em sua casa, e desde então, vários sentimentos tem se apossado de mim. Uma mistura infinita de emoções me afogando a cada batida do meu coração.
Raiva.
Ódio.
Angústia.
Tristeza.
Saudade.
Arrependimento.
Uma tempestade de sentimentos e pensamentos causando um alvoroço em meu interior, me deixando disperso sem saber como prosseguir. Às vezes fico me torturando em pensamentos sobre a possibilidade de ter sido diferente, se eu tivesse batido o pé e não ter aceitado esse término, Yoongi teria voltado atrás em sua decisão? A verdade é que eu acho bem difícil, ele estava tão decidido quando falou comigo, parecia um adulto de idade avançada que sabe o que está fazendo.
Acontece que nem os adultos têm certeza de suas decisões.
Quando me recordo da forma que o encontrei, se martirizando daquele jeito, sua pele vermelha em alguns lugares até mesmo com resquícios de sangue, meu coração faltou explodir em pesar. Vê-lo naquela situação, em um momento tão frágil quebrou algo dentro de mim que parecia que nunca iria ser capaz de consertar, não sei ao certo, mas doeu, foi como se tivesse acontecendo comigo. Não sei de onde tirei forças para o ajudar, talvez pelo fato de que ele precisava de ajuda e que de alguma forma a pessoa adequada naquele momento fora eu.
