8 | Primeiro Susto 🌻

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#umsolparamim

Quando os meus pais descobriram sobre a minha doença, eu era uma criança de quatro anos de idade que não entendia praticamente nada do que estava acontecendo ao meu redor, e principalmente comigo

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Quando os meus pais descobriram sobre a minha doença, eu era uma criança de quatro anos de idade que não entendia praticamente nada do que estava acontecendo ao meu redor, e principalmente comigo. Queria brincar com as outras crianças que sempre via através da janela do meu quarto, mas eu não podia, porque meus pais não deixavam.

Bom, vamos lá, preciso explicar algumas coisas sobre a minha vida antes da grande descoberta que a mudaria drasticamente.

Minha mãe sempre fora muito protetora, claro que eu não me recordo especificamente de quando era mais novo, mas mamãe dizia que eu brincava sim de dia no quintal nos fundos da minha casa, afinal, o quintal é bem amplo pra não aproveitar da melhor forma possível, então papai achou que seria um desperdício não montar um balanço e um escorregador naquele ambiente aberto, porém coberto por árvores antigas. E ainda tinha aquela maldita casa na árvore que deixava-me ainda mais melancólico quando eu a olhava, tão sozinha apenas esperando pelo garotinho brincar em seu interior.

Por isso — nas palavras da minha progenitora: Se deixasse, você ficaria o dia inteiro naquele quintal Yoongi, apenas para voltar para casa com sua pele um pouco avermelhada. 

Então sim, eu nasci com o xeroderma pigmentoso, no entanto, esclareço que, o quintal nos fundos da minha casa é completamente coberto por árvores. Árvores essas que estavam ali há anos, desde quando meus pais se mudaram. E o motivo da minha mãe ser superprotetora é porque ela quase não me deixava sair para brincar, em parques, na calçada, na rua ou em qualquer outro lugar. Mamãe sempre dizia que era perigoso demais. Entendo, é claro, ainda mais por ser seu primeiro filho, o medo se fez presente ainda mais. Então o meu contato com a luz solar sempre foi bem pouco.

Bom, até eu começar a estudar.

Portanto, quando o diagnóstico havia confirmado a minha doença, papai e mamãe acharam melhor que nossa casa fosse cercada por árvores, assim as grandes sombras não permitiriam que a luz solar adentrassem os cômodos de nossa casa, mesmo com as janelas com vidros especiais instaladas dias depois. Claro que isso demoraria um pouco, afinal, árvores também precisam crescer. Mas, por esse motivo, a frente da minha casa também estava cheia de árvores.

Havia um pé de Flor de Cerejeira, que ficava linda na época em que ela floresce, deixando tudo rosa e perfumado. E algumas outras espécies que eu não sei o nome, mas que haviam feito um ótimo serviço em proteger a frente da minha casa da luz do sol. E também tinha um pé de manga, que meu pai tanto amava, e outro de tangerina — a minha fruta favorita.

Então, não era estranho eu ver pela janela do meu quarto as pessoas tentando pegar alguma fruta aqui e acolá. Estava tudo normal, até uma pedra atingir e estilhaçar a janela do meu quarto. E isso era por volta das onze horas da manhã quando o Sol estava bem forte.

The Sun of My Night | sopeOnde histórias criam vida. Descubra agora