Capítulo 26

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• Paola 💥

Fiquei observando a Paty e a Ivy de longe, elas tomavam banho na piscina e eu tava na espreguiçadeira.

Ivy tinha chamado minha irmã pra passar o dia com ela, minha mãe mandou eu ficar com ela, ela não confia na Paty.
Até tentei argumentar dizendo que não precisava tudo isso, mas minha mãe nem quis saber.

Ivy: Paola, chega aqui, vamos conversar um pouco.

Levantei e me sentei na borda da piscina, coloquei meus pés na água e elas se aproximaram de mim.

Ivy: Então, já sabe o sexo do bebê? — neguei. — Você tá de quantos meses mesmo?

Paola: 4, vou fazer 5 daqui a um mês, tô pertinho de descobrir. — sorrir e acariciei minha barriga.

Ivy: Desculpa perguntar, mas quem é o papai do seu bebê? se não quiser falar, tudo bem.

Paola: Prefiro não falar, ainda não me sinto confortável. — ela assentiu.

Ivy: Tá bom, eu vou dizer uma coisa, mas não fica chateada tá? — concordei. – Queria que esse filho fosse do meu irmão e queria que você fosse a namorada dele, você é muito mais legal e bonita.

Dei um sorriso fraco pra ela, ah se ela soubesse, só falta eu ser a namorada, pois o filho já é dele.

Talvez não será difícil entrar pra essa família, a mãe e a irmã dele me adoram, agora só falta ele me adorar também.

Paty: Aí Ivy, não diga besteira, ele é comprometido, não pega bem falar essas coisas.

Ivy: Deixa de ser careta, Paty, só falei o que penso, isso não é crime ué. — deu de ombros.

Paola: Não vi problema ela ter falado isso, só estamos nós três aqui.

Patrícia negou e revirou os olhos.

Ivy: Tá vendo, a sua irmã super me entende. As vezes você é muito careta, é só uma brincadeira entre amigas. — sorriu e piscou pra mim, fiz o mesmo pra ela.

Vi o Caio passando pra dentro da casa e aproveitei que elas não viram ele, então levantei dizendo que ia ao banheiro.

Os pais dele não estavam aqui, então seria tranquilo de entrar no quarto dele, subir as escadas e andei pelo corredor pra saber qual era o quarto dele.

Ouvir o barulho do chuveiro, então deduzir que aquele quarto era o dele, entrei no quarto e sentei na cama.

Observei o quarto todo, meus olhos pararam na mesinha ao lado da cama, peguei o porta-retrato e fiquei encarando a foto deles dois juntos.

Caio: O que você tá fazendo aqui? — ele veio até mim e tirou o porta-retrato da minha mão.

Paola: Já que você não me procurou mais, eu decidi procurar você.

Caio: Eu te disse que não temos nada, já acabou, me esquece, não quero mais me envolver contigo. — segurou no meu pulso e me puxou levemente.

Paola: Não acha que tá dizendo isso tarde de mais? vamos ter um filho, não venha com essa pra cima de mim. — puxei meu braço e me afastei dele.

Caio: Você vai ter esse filho porque você quer, eu te dei a opção de abortar. — massageou as têmporas.

Paola: Você é um monstro, como pode querer que eu faça isso com o seu próprio filho? Você não pensa nele um minuto se quer?

Caio: Não, não vou assumir você e nem a criança, Safira nunca vai me perdoar, você não entende né?

Paola: Não, você tá sendo cruel comigo, se continuar assim, eu é que nunca vou perdoar você!

Caio: Não preciso do teu perdão pra nada, minha mulher é outra. Agora você pode sair? — neguei. — Eu tô pedindo numa boa, não me faz usar a violência não.

Paola: E nossa história termina assim? — ele bufou e me aproximei dele. — Não teremos uma despedida digna? — passei a mão no abdômen dele e ele suspirou.

Caio: Não quero mais nada contigo, me envolver contigo foi um erro, esse filho é um erro.

Paola: Só mais uma noite, depois de lá eu te deixo em paz. — fui beijando o pescoço dele e ele levou a mão por dentro do meu cabelo, puxando de leve.

Caio: Só mais uma, depois você some de vez. — sorrir e dei um selinho nele. — Agora sai daqui.

Assenti toda feliz, se seria a minha última com ele, também seria a última noite dele com ela.

Sair do quarto e dei de cara com a minha irmã, ela me olhava assustada.

Paty: Eu não acredito que você fez isso.

Paola: Cala a boca, vamos embora daqui. — puxei ela pelo braço e descemos a escada.

Nos despedimos da Ivy, eu abrir a porta do carro e ela entrou resmungando, entrei no lugar do motorista e sair dali.

Paola: O que você ouviu? fala logo.

Paty: Ouvir tudo, eu tô enjoada com que ouvir, como vocês puderam fazer isso com ela? Como você pôde? ela é sua amiga... Meu Deus, eu tô em choque, vocês são noj... — antes que ela terminasse a frase, eu interrompi ela.

Paola: Cala a boca, você não sabe do que tá falando. Não planejamos isso, simplesmente aconteceu.

Paty: Não te essa, vocês fizeram isso porque os dois queriam. Ele eu não me surpreendo, é homem né. Mas você. — me olhou com desdém e eu revirei os olhos. — Caramba, que tipo de amiga você é?

Paola: Já não somos amigas há bastante tempo, somos apenas colegas.

Paty: Então isso te dar o direito de pegar o namorado dela? entendi. — falou toda no deboche.

Paola: Quanto drama, você fala como se isso fosse o fim do mundo, não é pra tanto né.

Paty: Você gostaria que ela fizesse isso com você? — dei de ombros, não me importando. — Você não se importa nem um pouco com sentimentos dela? — neguei. — Vamos ver o que a mamãe vai achar disso.

Paola: Você não vai falar nada, se você falar, eu falo que você tá saindo com um cara com o dobro da sua idade. — ela me olhou assustada, mas manteve a postura.

Paty: Tenho quase 18, não vejo problema, eu sou solteira e ele é solteiro, não estamos fazendo nada de errado.

Paola: Se eu apanhar, você também apanha, nós duas estamos no erro.

Paty: Não, não venha comparar nosso erro, meu único erro é ter ocultado isso da mamãe. Mas ela vai brigar comigo só naquele momento, mas e você? — me olhou sarcástica e quis meter a mão na cara dela.

Entrei com carro na garagem de casa, ela já ia sair, mas eu travei as portas.

Paola: Quanto você quer pra ficar calada? O que você quer?

Paty: Não quero nada, você não vai me comprar, agora abre a porta.

Paola: Se você me ama mesmo como diz, me dar um tempo, deixa que eu falo pra mamãe e pra Safira.

Paty: Por você ser minha irmã, eu te dou duas semanas pra falar pra elas, se não falar, eu falo!

Destravei as portas e concordei, ela saiu e bateu a porta com força.

É óbvio que eu não vou fazer o que ela pediu, mas vou ter que adiantar meu plano, não posso deixar essa pirralha estragar tudo.

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