ACOMPANHANTE DE LUXO: CAPITULO 26🔞

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ACOMPANHANTE DE LUXO
CAPITULO 26 🔞💜
Nathan
Os sentimentos que tenho por Katherine estavam se fortalecendo dentro de mim. Um fim de
semana inteiro com ela foi como se meu coração tivesse encontrado o seu lar, encontrado o seu lugar,
aquele lugar que ele sempre buscou durante toda sua vida, mas que ninguém nunca conseguiu fazê-lo
encontrar. Ela estava sempre sorrindo, tão linda, tão malditamente perfeita, e tendo apenas 18 anos.
Somos diferentes em classes sociais e idade, mas quem se importa com isso? Eu não me importo, e
estou me lixando para o que as pessoas venham a falar quando descobrirem que estamos juntos. As
coisas entre nós estavam cada vez mais firmes e ela se entregava de corpo e alma a cada toque meu.
Ela era minha e eu era dela. E deve sempre ser assim.
Na segunda-feira pela manhã levantei, preparei um café rápido e um lanche para ela levar para a
escola. Deixei-a próxima do colégio e segui para meu escritório. No caminho, meu celular tocou.
– Pronto!
– Bom dia, gatinho! – Era uma voz conhecida.
Já avisei que não quero mais contato com você, Jéssica. Acabou, você não entende isso?
– Por que me rejeita, Nathan? Até um bom tempo atrás sei que adorava minhas carícias e o que eu
fazia com você.
– Isso passou. Eu estava cego naquela época. Hoje sou alguém diferente.
– Não passou não, Nathan. Eu sou seu passado mais sombrio batendo na sua porta. Você sabe que
não pode me rejeitar.
– Não só posso como vou. Tenha um bom dia.
– Nathan, se desligar, eu terei o prazer de ir ao primeiro jornal nova-iorquino e contar todo o seu
maldito passado.
– Você não se atreveria. – Ela está pensando o quê? Jéssica está passando dos limites.
– Oh! Sim, eu me atreveria, e você iria odiar que sua mamãe querida e seu papai descobrissem o
tipo de homem que você foi, o tipo desprezível que você ainda é.
– Não eu não sou mais assim, Jéssica.
– Então me prove! Saia comigo para jantar amanhã. – Ela está brincando com fogo e vai acabar
completamente queimada.
– E o que eu ganho com isso, Jéssica?
– Meu silêncio. Ou você deseja que toda Nova Iorque descubra que um dos mais poderosos
bilionários do ramo imobiliário foi na verdade um traficante de mulheres?
– Não brinque comigo, Jéssica. Eu nunca fui um traficante de mulheres.
– Está me ameaçando, Nathan? Não deveria fazer isso, pois sabe que tenho provas. Eu fui uma
dessas mulheres e, por mais que você tenha me tirado daquele meio, isso não te dá nenhum direito de
mandar o que devo ou não fazer. E mesmo que não tenha sido diretamente um, você estava no meio.
– Nós íamos nos casar e você fugiu de mim.
– Eu fugi porque tive medo. Medo de você me transformar, ou me vender para algum daqueles
homens desprezíveis.
– Jamais teria feito isso, Jéssica. Eu estava obcecado por você, louco literalmente, e só pensava
em você todo o tempo do meu dia.
– Mas isso não era suficiente.
– Então o que diabos era?
– Preciso desligar. Tenha um bom dia, Nathan, e pense no que eu lhe disse. Se me rejeitar, sofrerá
as consequências. – Ela desligou.
Cheguei ao edifício onde trabalho, subi pelo elevador exclusivo da presidência, entrei em minha
sala e sentei.
Eu estava fodidamente ferrado nas mãos dessa maldita mulher. Comecei meu dia bem, acordando
ao lado de Katherine, mas foi estragado pela maldita ligação dessa filha de uma... Não sei por que diabos ela voltou para Nova Iorque. Que tivesse ficado onde estava.
O dia transcorreu normalmente, como em toda segunda-feira na empresa: ligações, reuniões e
outras coisas mais. Até a mensagem de texto de Katherine chegar, dizendo que ela queria falar
comigo urgente. Mandei David buscá-la e trazê-la até aqui. Era quase fim de tarde. Assim que ela
entrou, agarrei-a. Senti sua falta, como nunca senti de outra mulher. Se eu achava que amava a
maldita Jéssica, imagina o que eu sinto por essa mulher em minha frente?
Nós nos afastamos e ela estava pálida e com uma expressão estranha. Segundos depois, me joga
uma bomba nas mãos. Minha resposta saiu como um canhão em direção a ela: chamei-a de prostituta
e me arrependi, ao pronunciar essa palavra dos infernos. Resolvi que iríamos fazer um exame para
comprovar a gravidez e sabermos de quantos meses ela estava. Saímos do escritório e fomos para o
laboratório Life. Quando descíamos do carro ela saiu como uma bala, e quase foi atropelada pelos
veículos que passavam ao nosso lado. Fiquei com o coração na boca e a única coisa que pude fazer
foi recriminá-la. Mas então seus olhos se encheram de lágrimas e meu coração doeu. Suas palavras
encheram meus ouvidos, e não pude deixar de abraçá-la. Eu era o responsável por isso, sou o
experiente de nós dois. Ela é apenas uma criança, e eu a recriminei da pior forma possível.
– Me perdoe, Katherine! Eu fui um idiota. – Falei baixinho enquanto ainda a segurava em meus
braços. Segurei seu rosto entre minhas mãos. – Vamos entrar e fazer esse exame, e se der tempo,
passamos no consultório da Dra. Veneci para que ela faça uma ultrassonografia do bebê.
– Como sabe tanto de bebês, Nathan?
– Eu não sei. – Respondi. Eu sabia de bebês porque uma vez Jéssica ficou grávida do maldito
homem que a comprou. Ele a jogou fora como se ela fosse nada e eu que cuidei dela. Mas a gravidez
não seguiu e ela acabou abortando, e perdendo qualquer chance de ter outro bebê um dia.
Entramos no laboratório e fomos prontamente atendidos. Uma hora mais tarde, estávamos com um
resultado na mão. – Quer abrir? – Perguntei a Katherine?
– Não. Abra você. – Ela respondeu.
– Tudo bem. – Sorri e abri o envelope.
A palavra “POSITIVO” em caixa alta e negrito foi tudo o que li. Não precisei ler mais nada,
pois aquela palavra já havia me dito o que eu já sabia: Katherine estava grávida mesmo, era mais
que uma confirmação.
– Positivo.
– E agora? O que pretende fazer? – Perguntou baixinho.
– Espere um minuto, ok?
Ela assentiu.
Peguei meu celular e liguei para a Dra. Veneci.
– Consultório da Dra. Veneci, boa tarde.
– Boa tarde. Gostaria de marcar uma ultrassonografia para agora, por favor.
– Senhor, só temos hora aberta na agenda em janeiro. – A recepcionista falou.
– Eu preciso para já! Diga para a Cecília que é o Nathan King falando, que ela saberá, e lhe dirá
se pode me atender ou não.
Cecília é uma velha amiga de minha mãe. Fez o parto das gêmeas e acompanhou toda a gravidez
dela.
– Um minuto, senhor King. – Escutei sussurros pelo telefone. – Senhor King, peço desculpas pela
forma como lhe tratei. A Dra. Veneci estará lhe aguardando e poderá atendê-lo em 20 minutos.
– Obrigado. Daqui a pouco estarei aí.
– De nada, e mais uma vez, desculpe.
Desliguei. Voltei minha atenção para Katherine que me olhava, com aqueles olhos assustados.
– Você é tão poderoso assim? Que todos fazem aquilo que você quer?
Peguei em sua mão e ela se levantou.
– A doutora irá nos receber não porque eu seja poderoso, mas porque ela é muito amiga de minha
mãe.
– Ah! Entendi.
Fomos para o carro, David abriu a porta e Katherine entrou. Entrei em seguida.
– David, para o consultório da Dra. Veneci.
– Sim, senhor.
Escutei David mexer no GPS e a voz da mulher: “a 200 metros vire à direita”. Minutos mais
tarde, entrávamos no consultório. Segurei a mão da Katherine enquanto via Cecília se despedindo de
uma paciente grávida, que devia ter uns 7 meses ou mais.
– A que devo a honra de sua visita, Nathan? Não está grávido, não é? – Ela brincou. Cecília tinha
a idade de minha mãe, elas cresceram juntas. Então provavelmente ela que me trouxe ao mundo
também.
– Não, eu ainda não, mas estou com a senhorita Watson, e ela está grávida, mas não sabe ainda de
quanto tempo. Pode nos ajudar?
– Claro. Vamos entrar. Senhorita Watson, pode ir se trocar. O banheiro fica logo ali. Vista o
vestido azul que tem lá pendurado. Está limpo. – Katherine seguiu para o banheiro. – Filho, ela é
apenas uma criança. – Cecília comentou.
– Eu sei.
– Em que roubada se meteu? – Perguntou baixinho.
– A camisinha estourou, houve outras vezes que não usamos, e agora estou aqui.
– Entendo, mas ela não parece ter mais que 18 anos.
– Exatamente, fez 18 anos recentemente.
– Você está malditamente ferrado. Ainda bem que ela não é menor de idade, Nathan.
Ela era quando a camisinha estourou.
Vi Cecília levar a mão à boca em espanto.
– Me espanta um homem da sua idade se comportar dessa forma e dormir com uma criança. Mas
isso não vem ao caso. – Katherine voltou. – Criança, suba na maca e deite-se. Qual seu nome?
– Katherine. – Ela respondeu e subiu na maca. Cecília cobriu suas pernas com um lençol, puxou o
vestido para cima, e apalpou levemente o ventre da Katherine, que me a meu ver não estava grande
nem nada. – Seus seios estão doloridos, criança?
– Sim, muito sensíveis. Estou cheia de perguntas na minha cabeça. Posso fazê-las para senhora?
– Não só pode como deve.
– Eu continuo sangrando, digo menstruando. É normal? Fiz um exame de sangue há uma hora que
dizia ser positivo para gravidez, mas isso não pode acontecer quando ainda estou menstruando,
certo?
– Criança, alguns sangramentos durante a gravidez podem ter uma coloração mais intensa e um
fluxo considerável, por isso muitas mulheres acabam acreditando que menstruar durante a gravidez é
possível ou normal, embora alguns tipos de sangramentos possam ser muito parecidos com a
menstruação. Por que não estava tomando algum tipo de precaução contra uma possível gravidez?
– Não havia necessidade, eu... – Katherine começou a responder.
– Ela era virgem, então não tinha por que tomar essas coisas. – Respondi por ela.
– Quer perguntar algo mais, criança?
– Podemos saber de quantos meses estou?
– Na realidade, saber de quantas semanas exatas está, não dá. O que podemos ver é, de acordo
com o tamanho do bebê, avaliarmos em que período da gestação você poderá estar. – Katherine
assentiu.
– Ela tomou a pílula do dia seguinte alguns dias. Irá ter algum problema na gravidez por conta
disso? – Perguntei porque fui eu quema fez tomar.
– Não tem com que se preocupar. A gestação não será interrompida e o bebê também não será
prejudicado, segundo pesquisas mais recentes que tenho lido.
Respirei, aliviado. Cecília pegou um tubo com algo transparente e vi-a colocar sobre a barriga da
Katherine. – Agora vou pôr este aparelhinho em seu ventre e logo a imagem aparecerá na tela.
Uma imagem apareceu e o som de algo batendo alto.
– Lindo! – Katherine falou, olhando fascinada para a tela.
– Sim é lindo, Katherine. Aparentemente você está com 17 semanas de gestação.
– E isso quer dizer...?
– Que você está com 4 meses e uma semana.
– Quatro meses? – Katherine quase gritou. – Como assim?
– Sim, quatro meses.
– Mas como é possível, Cecília, se nem vemos seu ventre aparecer? – Perguntei.
– Nathan, é mais natural do que parece. Ela é nova e magrinha. Seu ventre só vai realmente
crescer por volta do quinto mês, quando seu bebê estará se desenvolvendo mais rápido. – Deus do
céu!
– Qual seria a data provável de quando ela ficou grávida? – Perguntei curioso e Katherine me
olhou.
– Provavelmente entre o fim de agosto para setembro. – Cecília respondeu.
– Mas, se assim for, ela está apenas com 3 meses, não? Se contarmos final de setembro um mês,
final de outubro dois meses, final de novembro três meses, e aí no final desse mês ela fará quatro
meses.
– Não, Nathan. A contagem gestacional não funciona assim, e sim conta-se a partir do primeiro
dia da última menstruação, que no caso da Katherine é impossível saber, já que ela teve
sangramentos nos meses seguintes. É certo que no mês de agosto quando ela menstruou ainda não
estava grávida, mas os médicos levam isto em consideração, e é por isso que a data prevista do
nascimento do bebê tem uma variação de 2 semanas.
– Ah! Sim, entendi. Quer dizer, ficou tudo embaralhado agora. – Falei olhando para a tela onde
estava a imagem do meu filho ou filha. – O sexo já se pode saber?
– Ainda é cedo, mas quem sabe na próxima ultrassonografia. – Cecília falou sorrindo, e olhou
para Katherine. – Seu bebê está saudável. Logo sua barriga começará a crescer e isso acontecerá
rápido. Então se prepare e compre roupas mais folgadas, no estilo desta que veio. Vestidos são bem
vindos durante toda a gestação. – Eu estava fascinado pelo batimento cardíaco, e pelo formato do que
parecia ser a cabeça do meu filho. Vi Cecília limpar a barriga da Katherine com um lenço. – Pronto,
criança. Pode ir se trocar. – Katherine se levantou e foi ao banheiro. Voltou minutos depois e sentou-
se ao meu lado.
– Eu... Não senti nada, além dos seios doloridos e o desmaio dessa manhã. – Katherine comentou.
– Então, sinta-se feliz e sortuda, pois a maioria das mulheres sofrem com enjoos matinais
terríveis. – Cecília falou sorrindo. – Vou lhe receitar vitaminas para fazermos este bebê crescer forte
e saudável. Alimente-se bem e nada de fast food e doces em excesso, coma frutas, verduras, legumes.
Uma vez ou outra uma pizza não fará mal, mas não exagere, pois pode acabar com diabetes
gestacional e não é isso que queremos. Certo? – Katherine assentiu.
Cecília escreveu algumas coisas em um receituário e entregou à Katherine. Nós nos despedimos
dela e saímos do consultório. Katherine saiu apressada na minha frente.
– Katherine, espere. Precisamos conversar.
– Você já confirmou o que queria saber, agora eu preciso ir. – Falou, me olhando com uma cara de
poucos amigos. Deu as costas, entrou no primeiro táxi que viu e foi embora. Eu tinha feito uma
cagada e precisava consertar antes que acabasse fazendo mais uma besteira.

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