ACOMPANHANTE DE LUXO CAPITULO 15.

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Kate
Guardei algumas coisas e corri para o banheiro. Tomei uma ducha rápida, passei meu creme
Victoria Secret’s no corpo, vesti uma lingerie de renda preta, um vestido preto básico, meias 7/8
presas na cinta-liga e um scarpin preto com strass de salto 12,5cm, que deixavam minhas
panturrilhas incríveis. Se for para arrasar, eu arrasaria mesmo o coração dele. Nathan não sabe o que
o aguarda.
Peguei minha bolsa e coloquei meu kit primeiros socorros, escova de dentes, camisinha,
lubrificante e outras coisas mais. Dinheiro e cartão de crédito já estavam na bolsa. Liguei para o
Disk Táxi e chamei um. Desci para o hall de entrada do prédio e aguardei. Em menos de 10 minutos
o táxi estacionava. Passei pelas portas do meu edifício e entrei no carro.
– Hotel The Península, fica na Quinta Avenida com a 55.
– Ok, moça. – O taxista falou e ligou o taxímetro. O domingo era tranquilo, mas havia muitos
carros ainda no trânsito. Demoramos cerca de trinta minutos até o táxi parar em frente ao hotel.
Paguei e desci do carro. Eu já estava atrasada. Na recepção falei:
– Por favor, a suíte do Sr. King. – A moça prontamente ligou para a suíte.
– Senhorita, desculpe, o Sr. King não atende em sua suíte, gostaria de aguardarna sala de visitas?
– Pode deixar que atendo a moça. – Um senhor de cabelos grisalhos sorriu para a recepcionista. –
Boa noite senhorita, desculpe minha intromissão, mas escutei que a senhorita veio ver o Sr. King.
– Sim, verdade, por quê?
– Muito prazer, sou o gerente do hotel, Sr. Cavalaro. – Peço que a senhorita me acompanhe, pois
ele a aguarda no restaurante do hotel.
Segui o senhor Cavalaro até o restaurante. As mesas eram todas com quatro lugares e as cadeiras
pareciam ser poltronas aveludadas, na cor preta. O ambiente era lindo, todo decorado com tons de
branco e dourado. Janelas grandes nos davam a linda vista da Quinta Avenida.
Nathan estava em uma mesa posta para duas pessoas, no canto do restaurante, próxima à grande
janela, que ia do chão ao teto em formato de arco. Ele estava absorto em seu celular. O senhor
Cavalaro aproximou-se e pigarreou. – Sr. King. – E só então Nathan levantou a cabeça e me viu.
Percebi que seus olhos brilharam.
– Boa tarde, Katherine. – Ele falou sorrindo e se levantando. – Obrigado, Sr. Cavalaro. – O
homem assentiu e saiu, deixando-nos a sós.
– Apenas Kate, você sabe que aqui não sou Katherine. – Falei. Ele puxou a cadeira para que eu
pudesse sentar. Sentei-me e ele empurrou-a, para me acomodar melhor. – Obrigada. – Ele voltou à
sua cadeira, pegou seu celular, teclou alguma coisa e depois o colocou sobre a mesa.
– Fico muito feliz que tenha vindo me ver. – Falou, enquanto colocava sua mão e acariciava a minha sobre a mesa.
– Eu também, mas nós combinamos na suíte, e não no restaurante do hotel.
– Nós iremos almoçar primeiro. Estou morrendo de fome, você não está? – Nesse momento meu
estômago resolveu acordar para a vida, e fazer um barulho. – Sim, você está. – Sorri sem graça.
Nathan levantou o braço e o garçom veio nos atender prontamente, entregando-nos o cardápio. –
Pode escolher o que quiser, não se preocupe com o preço.
– Não irei me preocupar. – Falei olhando para o cardápio. Nathan estava ainda mais lindo, desde
a última vez que nos vimos, com uma camiseta verde claro. Seus olhos pareciam alternar de cor entre
o azul vivo e um azul quase verde, a cada vez que ele mexia o rosto. Como alguém tão lindo,
necessita contratar uma acompanhante? – Posso fazer uma pergunta?
– Sim, claro. – Ele respondeu sem me olhar. Estava atento ao cardápio.
– Por que contratar os serviços de uma acompanhante de luxo, se você pode ter a mulher que
desejar, sem precisar pagar? – Perguntei, colocando o cardápio sobre a mesa e olhando-o.
– Por que é mais fácil pagar do que se envolver emocionalmente.
– Ah! Então por que não chamou outra acompanhante? Por que eu?
– Por que a Katherine Watson chamou minha atenção, e estou super curioso para saber mais sobre
ela. Mas se não posso tê-la, que seja ao menos a Kate Mills, onde posso aproveitar o que ela tem de
melhor: seu corpo. – Olhei-o sem saber o que responder. Senti meu rosto arder, e sabia que estava
corando violentamente.
– Mas pelo que acaba de me dizer, você está envolvido emocionalmente com a Katherine Watson.
– Falei como se Katherine fosse outra pessoa.
– Eu estou querendo a Katherine, e querendo muito, mas ela não me quer. Ela tem medo de mim, e
foge de mim como o diabo foge da cruz. – Ele falou, olhando-me nos olhos.
– Não é bem assim.
– Então me diga você, que a conhece tão bem, por que ela foge de mim? – Nesse exato momento o
garçom apareceu para anotar nossos pedidos.
– Já decidiram? – O garçom perguntou sorrindo.
– Sim. – Falei quase que imediatamente. – Eu vou querer camarões ao molho branco,
acompanhando de arroz à grega, e uma taça de vinho branco, por favor.
– E o senhor? – O garçom perguntou para Nathan.
– O mesmo, por favor. – Olhei para ele sem entender. O que eu havia pedido era algo simples. –
Ainda não me respondeu, Kate. Por que a Katherine foge de mim? – Olhei para minha bolsa que
estava em meu colo e a abri, pois meu celular estava vibrando. Olhei no visor e era minha mãe.
– Desculpe, eu preciso atender. – Falei me levantando e saindo de sua vista. Andei entre as mesas
até chegar ao toalete feminino. – O que foi mãe?
– Por onde anda? – Minha mãe perguntou.
Não lhe interessa.
– Claro que me interessa, tenho milhares de clientes querendo lhe ver.
– Já te disse, diga para todos eles que eu morri. É simples.
– Não é tão simples assim, Katherine. – Minha mãe estava zangada, reconheci pelo seu tom de
voz.
– Mãe, estou ocupada agora. Preciso desligar.
– Se você desli... – Apertei a tecla vermelha e a ligação acabou. Eu não tinha que aturar as coisas
dela, não agora. Desliguei o celular e guardei na bolsa. Voltei para a mesa.
– Desculpe, era minha mãe.
– Entendo. – Foi apenas o que Nathan disse. E o silêncio tomou conta de nós, até o garçom
aparecer com nossos pedidos.
– Obrigada! – Agradeci ao garçom quando ele serviu o vinho em minha taça.
– Kate, eu sou muito paciente e posso esperar a sua resposta durante uma eternidade. – Olhei-o.
Dei uma garfada no camarão e comi, saboreando. Eu era apaixonada por camarões desde pequena, e
não perdia uma oportunidade de comer um. E só o trocava por um bom lanche do MC Donalds.
Tomei um gole de vinho.
– Talvez a Katherine tenha medo de se apaixonar e se ferrar.
– Por quê?
– Talvez porque ela já tenha visto a mãe passar por isso diversas vezes, e tem medo de ficar
igual. – Respondi. Nathan começou a comer e ficamos em silêncio enquanto almoçávamos. – Você
sabe que cobro por hora, não é? – Falei assim que terminamos o almoço e estávamos caminhando até
os elevadores de mãos dadas.
– Não me importo, pago o que você pedir. – Ele falava sorrindo. Entramos e ele apertou o botão
da cobertura. O elevador parou de repente no décimo quinto andar, as luzes se apagaram e depois
ficaram vermelhas.
– Desculpem o transtorno, acaba de faltar energia. – A voz comunicou-nos através do fone que
havia dentro do elevador.
– Puta que pariu. – Xinguei baixinho. Nathan me olhou e sua mão foi para minha nuca, puxando-
me para um beijo, que correspondi quase que imediatamente.
Minhas costas sentiram o frio do espelho na parede do elevador. Minhas mãos estavam em seus
cabelos, puxando cada vez mais para um beijo selvagem. As mãos de Nathan passeavam pelo meu
corpo, subindo meu vestido e livrando-se da minha calcinha de renda.
– Adoro o seu cheiro de morango... – Ele sussurrou em meu pescoço e eu gemi. Sua mão
trabalhava para abrir a calça, e quando finalmente conseguiu, Nathan me ergueu, e eu abracei sua
cintura com minhas pernas. Seu pau foi de encontro à minha boceta e entrou fundo, em uma única
estocada. Eu só pude gemer alto. Meu gemido foi abafado pelos lábios dele que estavam nos meus,
mordendo e chupando. Suas mãos brincavam em meus seios, apertando-os, e ele me empurrava cada vez mais na parede, para ir mais fundo.
– Se você entrar mais acabará me partindo ao meio. – Falei ofegante.
– Desculpe... – Ele sussurrou. Minhas mãos estavam em seus ombros, segurando-me. Eu sabia
que ele não me deixaria cair, que eu estava segura entre ele e a parede.
– Nathan, podem estar nos vendo pelas câmeras.
– Não há câmeras neste elevador. – Ele falou e beijou-me novamente, sorrindo entre o beijo. Ele
me ergueu, tirando seu pau de dentro de mim, e me colocou em pé, virando-me de costas para ele, e
de frente para o espelho. Ele sorria enquanto acariciava minha bunda. Vi-o acariciar seu pau e
posicioná-lo em minha boceta. – Eu poderia passar a vida inteira dentro de você. – Sussurrou em
meu ouvido enquanto entrava em mim. Segurei-me no corrimão e olhava-o através do espelho. O
rosto dele era de um homem louco buscando a libertação. Sua mão foi em minha garganta, segurando
como se fosse me sufocar sem exercer força. Sua outra mão foi de encontro ao meu clitóris,
massageando meu ponto sensível e já encharcado. Seu pau entrava fundo e eu o sentia bater lá dentro,
me dando uma sensação gostosa, e levando-me ao orgasmo. Minha boceta se fechou em volta do pau
dele e eu gozei como nunca. Meus olhos se fecharam e eu gemi calada a cada estocada sua, minha
respiração descompassada e ofegante. Era como se tudo estivesse em câmera lenta agora. Nathan
ainda mantinha sua mão em meu pescoço e puxava meu corpo para junto do seu. O único som dentro
do elevador era de nossas respirações e do corpo dele se chocando ao meu, a cada investida
poderosa do seu pau na minha boceta. Cheguei ao orgasmo pela segunda vez, e dessa vez eu o senti
vir junto, derramando todo o seu líquido quente dentro de mim. Gemi cansada e ele se retirou,
colocando seu pau para dentro da cueca e arrumando sua calça. Desci meu vestido e procurei por
minha calcinha, que estava no canto, rasgada. Nathan a pegou e colocou no bolso. Seu gozo estava
dentro de mim.
Ele pegou o telefone do elevador e sorriu, me olhando. – Ok, pode liberar. – Ele falou. O quê?
Como assim? Liberar? E de repente, o elevador começou a subir novamente.
– Como assim? – Perguntei, olhando-o.
– Eu pedi que parassem o elevador no décimo quinto andar, pois queria ter minha primeira foda
no elevador.
– Está falando sério? – Perguntei, enquanto as portas se abriram, revelando que havíamos
chegado ao andar certo. Ele colocou sua mão em minha cintura e saímos do elevador, passou o cartão
na porta da suíte e abriu-a. Entrei e ele entrou logo atrás. Estar novamente naquela suíte era como
reviver a primeira noite. – Por que escolher a mesma suíte?
– Por que ela me lembra você. – Ele falou sorrindo, tirando sua camisa e me dando a visão da
barriga sarada. Tirou os sapatos, jogando-os ali mesmo, na entrada da suíte. – Tire sua roupa, Kate.
Não precisa ficar com elas.
– Eu... – Eu não tinha o que dizer. Ele estava tirando toda a roupa. Agora a calça se foi e a cueca
estava indo também. Estava ali, completamente nu. Levei minhas mãos aos olhos. – Nathan... As
coisas não são assim. – O senti aproximar-se de mim e segurar minha cintura.
– São, e você não deveria ter vergonha de me ver sem roupa. Afinal, já me viu assim.
– Eu sei, mas eu não... – Ele tirou minhas mãos e eu o olhei nos olhos.
– Não fuja de mim, por favor. – Sua súplica fez minhas pernas bambearem.
– Eu não estou...
– Está sim, está fugindo como uma garota assustada.
– Eu estou assustada. – Ele segurou meu queixo.
– Eu jamais faria mal a você, Kate, jamais a magoaria. Deixe a Katherine ser minha por
completo.
– Você sabe que isso não é certo. Tem as suas irmãs, a sua família, e eu gosto tanto deles. – Sua
boca estava a centímetros da minha. – Você e a Katherine... Não seria certo. Nós... – Sua boca veio
de encontro à minha, e eu me entreguei sem reservas. A barreira que criei em volta do meu coração
para não me apaixonar estava desmoronando. E meu coração estava ali, nas mãos dele. O beijo que
trocamos foi terno e calmo, uma mão na minha cintura e outro ainda em meu queixo.
– Pode não ser certo, mas eu não quero ficar longe. Eu te quero. – Ele falou olhando-me nos
olhos, meus lábios pediam por mais um beijo. – Tenho uma proposta a te fazer. – Nathan me pegou no
colo e me levou para o quarto, colocando-me sobre a cama e deitando sobre mim, com seu corpo
esplêndido e forte. – Seja minha amante, Kate. E terá tudo o que precisa. – Eu o empurrei para o
outro lado da cama e me levantei. Ele queria que eu virasse sua amante?
– Não, Nathan, eu não vou ser sua amante.
– E o que quer então? Ser minha namorada?
– Não.
– Por Deus, Kate... – O vi levantar e passar as mãos por seus cabelos. Ele parecia irritado. – O
que você quer que eu faça?
– Quero que me deixe em paz, Nathan. – Falei olhando-o. – Que não me procure. Que me deixe
pensar. Preciso pensar em tudo isso. Eu estou saindo de casa, indo morar por minha conta. Quero
aproveitar o que não tive durante minha adolescência. Quero ter a chance de conhecer outros garotos,
ir a um jogo do meu time favorito, ficar bêbada em uma festa. Quero ter direito a tudo isso. Se eu
virar sua amante, não terei nada disso, terei que crescer como mulher, e não é isso que quero. Eu
pretendo ser alguém normal. Quero que alguém se apaixone por mim, pelo o que eu sou. – Meus
olhos ardiam. E involuntariamente várias lágrimas desceram pelo meu rosto.
– Kate... – Ele tentou se aproximar e eu dei um passo para trás.
– O meu nome não é Kate. É Katherine! – Gritei e saí do quarto, peguei minha bolsa na sala e
estava chegando à porta, quando Nathan me segurou.
– Me desculpe. – Seus olhos estavam marejados. – Não foi isso que imaginei quando a chamei.
Eu quero que seja minha, apenas minha, e de mais ninguém. Você entende? – Ele segurava meu rosto
com as duas mãos. – A quero como nunca quis uma mulher antes.
– Eu... – Meu coração era um filho da puta. Estava completamente apaixonada pelo Nathan. Meu
coração havia me traído. As lágrimas desciam pelo meu rosto. Nathan passou a mão e as secou, beijou meus lábios, e me pegou no colo. Meus braços seguraram seu pescoço.
– Não precisa falar nada, só me deixe cuidar de você. Faremos do seu jeito. Como você quiser.
Mas não me ponha para fora da sua vida. Não agora, não aqui, nem dessa forma. Se um dia eu errar
com você ou a magoar, você terá um real motivo para me mandar para o inferno. – Ele falava
baixinho em meu ouvido.
Entramos no quarto e ele sentou na cama, colocando-me sentada em seu colo, enquanto acariciava
meu rosto, seus olhos nos meus. Seu rosto é incrivelmente lindo. Sua boca veio de encontro à minha
em um beijo terno e suave, dando espaço para dizer que não, mas eu queria aquele beijo, eu queria o
toque dele em meu corpo.
Ele deitou-me na cama e ficou sobre seu cotovelo, me olhando e mexendo em meus cabelos.
– Você é linda, Katherine. – Ele sussurrou e beijou-me novamente. E eu esqueci qualquer coisa
que estivesse pensando naquele momento.

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