♡ Capítulo 7 ♡ Empáfia (s.f)

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AVISO: este capítulo aborda assuntos sensíveis como, assédio sexual, estupro e violência , não sendo aconselhável que leia caso possa te causar gatilho.

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Três dias se passaram desde a primeira noite de Wooyoung no bordel, e sua estreia está cada vez mais próxima. San nem ao menos conseguiu ter tempo para vê-lo durante esse período, com diversos assuntos relacionados ao bordel para resolver, ficou muito tempo fora em reuniões e negociações, aparecer a noite no salão se tornou uma tarefa difícil. Hari foi ao seu escritório em um momento, dizendo que Wooyoung já tinha conseguido grande popularidade entre os clientes, sendo disputado por eles a todo momento. Ela dizia não saber se era por sua aparência ou simpatia, mas o novato já tinha conseguido um ótimo lucro em seus primeiros dias, isso sem nem precisar levar qualquer um dos homens ao deleito.

Não pode negar a ansiedade que o causa imaginar que em breve algum deles terá Wooyoung. Esse é o seu trabalho, não passa de um ato sexual em troca de dinheiro, no fim, isso beneficiará o rapaz, mas ainda assim, um sentimento estranho o corrompe quando pensa na possibilidade. Os homens no salão estão com a sina de tirar de Wooyoung aquilo que o pertence, todos têm o mesmo objetivo, ser o primeiro, como se isso fosse um mérito, um troféu por tocar aquilo que ainda não foi tocado. Talvez seja a forma de eles se sentirem minimamente importantes.

Batidas na porta o tiram de seus devaneios naquela quinta-feira à noite, o bordel já está funcionando há algumas horas, e ele já estava agradecendo por até o momento ninguém ter aparecido, mas deve ter comemorado cedo demais.

Antes que possa dar permissão, a pessoa do outro lado da porta toma a liberdade de entrar, por um momento ele questiona se poderia ser Seonghwa, já que ele quase sempre aparece em seu escritório, ou então, Wooyoung, mas para a sua infelicidade, é Kim Hongjoong quem aparece. O homem em um belo traje vermelho caminha sem pressa até o sofá, se acomodando ligeiramente enquanto observa San.

É difícil acreditar que ele esteja aqui, teve vagas trocas de palavras com aquele homem nas poucas vezes em que acabaram se esbarrando, mas na maioria das situações o evitava, assim como a Mingi e Jongho. A sua tolerância com o trio não passava de uma serventia, já que Mingi é irmão de seu único amigo, mas suportá-los sempre foi um desafio. Eles poderiam facilmente ser considerados os três maiores cafajestes soberbos de Seul, ainda assim, não se pode negar que Hongjoong é um dos mais importantes clientes do bordel, não só devido ao seu status, mas também pela frequência com que aparece.

— O que faz aqui? — Questiona nitidamente desconfortável com a presença do homem, guardando alguns papéis depressa.

— Tenha calma... não vai nem me oferecer uma bebida? — Apoia o tornozelo de uma perna sobre a outra, e estica os braços sobre o espaldar do móvel onde está sentado.

— Não costumo oferecer para quem nem ao menos pedir permissão para entrar. — Se levanta caminhando em direção ao homem.

— Uau, agressivo. Sem bebidas por hoje então! — Ele comprime os lábios olhando ao redor. — É um belo escritório!

— Para de enrolação e diz logo o que quer! — San senta em outro sofá, ficando frente a frente com Hongjoong, aproveitando para analisar a roupa de cetim verde que está usando, nitidamente de produção própria da sua grife.

— Você não parece feliz com minha visita, mas fique tranquilo, ainda que tenhamos nossas diferenças, eu vim por uma boa razão.

— E qual seria?

Seu interesse por qualquer coisa que Hongjoong tenha a dizer é nulo, mas dar prosseguimento a conversa é a única forma de fazê-la acabar mais rápido.

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