⛓︎ Capítulo 6 ⛓︎ Hostilidade (s.f)

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O atrito de dois corpos que anseiam um pelo outro faz as coisas seguirem um caminho descontrolado, não há barreiras para aqueles que estão fascinados pelo prazer, os pensamentos começam a ficar cada vez mais nebulosos, e os empecilhos se tornam lembranças falhas. Mesmo sabendo que precisa parar, como alguém pode enviar esse comando para o seu corpo, quando se está anestesiada pelo calor que os envolve?

É uma grande batalha entre a razão e a emoção, onde qualquer mísera consciência se dissipa virando pó.

Wooyoung é levado do céu ao inferno com os toques quentes de San que invadem pela abertura de suas roupas, permitindo que sua pele seja exposta ao calor ardente daquele que o segura com firmeza, como se o pertencesse todo para si. A ereção que nitidamente se forma por baixo de sua calça entra em contato com a do outro, surtindo a sensação de que não poderá mais aguentar. A dor que lateja em seu membro parece insaciável, a menos que tenha ainda mais de San para si.

O largo corredor parece pequeno para eles, e ainda mais quando San interrompe o beijo o observando com aqueles olhos inundados pelo desejo. Ele desliza a mão pelo peito de Wooyoung que já tem os botões de seu colete desabotoados, deixando a mostra cada detalhe de seu abdômen. Os dedos percorrem até o início do pescoço, e traçam o local onde deveria estar uma gargantilha, como se a desenhasse com os dedos.

— Não foi à toa que te dei o meu colar, então por que não está usando? — Pergunta quase em um sussurro. — Você deveria usar aquilo que eu te dou!

Em um ato abrupto, a mão grande e forte envolve todo o pescoço de Wooyoung, o sufocando de uma forma satisfatória, o que o faz agradecer por não usar o colar. Seus lábios são tomados novamente, as línguas se envolvem em uma perfeita harmonia, e a leve pressão que San deposita em seu pescoço, torna o beijo ainda mais ardente.

Ele se permite levar as mãos até o cinto de San, abrindo a fivela sem muito esforço, ato ao qual não é interrompido, ao contrário disso, o outro intensifica ainda mais o beijo e a firmeza de suas mãos no corpo de Wooyoung. Quando está prestes a abrir o botão da calça, ouve um barulho vindo da grande porta ao lado deles, parando imediatamente o beijo.

— Calma, calma... — Pede observando os olhos confusos de San. — Tem alguém vindo, é melhor você ir! — Ele aponta com a cabeça direcionando a porta e o barulho se repete.

— Venha comigo! — San pediu segurando a sua mão quando ele tenta se afastar.

— Não posso, é só minha primeira noite, preciso voltar para o salão.

— Esqueceu que sou o dono? Você não precisa voltar.

— Sim, eu preciso! — Ele imediatamente fica cabisbaixo, lembrando que precisa do dinheiro se não quiser ser jogado para fora de seu apartamento.

— Vai me abandonar mais uma vez? — San ri desacreditado ainda segurando sua mão.

— Eu prometo que dessa vez irei te recompensar! — Wooyoung rouba um selinho para selar a promessa, fazendo um sorriso bobo escapar dos lábios de San.

— Você não vai escapar na próxima!

San se desvencilha do seu toque e se afasta caminhando ao longo do corredor, enquanto balança a cabeça em negação e ri do que acabara de acontecer.

Abotoando o seu colete, Wooyoung observa San partir, fitando os ombros largos sem conseguir esconder o sorriso que vai de um canto ao outro dos lábios. O ranger da porta o afasta de seus pensamentos e a figura de Yeosang o observa com um sorriso perverso nos lábios.

— Me desculpe por interromper algo tão íntimo, mas era eu ou Seonghwa aqui no meu lugar, e acho que você não iria querer ele fazendo um escândalo. — A voz suave diz essas palavras tão naturalmente, como se soubesse exatamente o que acabou de acontecer. — Não precisa fingir para mim, eu guardo o segredo de vocês, mas é bom serem mais discretos... achei que iriam terminar nus ali mesmo no salão! — Ele diz a última fase quase como um sussurro, como se fosse algo dito apenas para si.

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