O MATRIMÔNIO

Colar de presente.

Rey

O casamento era um de meus maiores sonhos, sonho que fora desenvolvido desde o final de minha infãncia até a puberdade, onde surgiram os meus interesses, gostos e aprendizados, foi a fase onde mais idealizei esse sonho, em pensamentos, em papeis de caderno e post its, por mais que minha mãe dissesse que era nova demais para planejar tal momento, ainda sim o idealizava.

Com o passar do tempo é claro, minhas ideias foram mudando, no começo, a cor de meu casamento seria todo rosa e azul, mais tarde, vermelho marsala e branco perolado, porém, a única coisa que nunca mudou daquela lista enorme de palavras sem fim, foi a vontade de me casar por amor, com alguém que gostaria de compartilhar minha vida verdadeiramente, enfrentar os problemas diários juntos e acabar em risadas no final do dia, com uma pizza, ou um sorvete e um bom filme, claramente sabia que era uma etapa mui complicada e cheia de desafios, mas estaria disposta a passar por eles.

-.. Meu cordeiro... Sei que não queria estar aqui, seu pai e eu à estamos entregando com o coração nas mãos e nos segurando para não deixar as lágrimas cairem e acabar com esse casamento de uma vez por todas... - Infelizmente, aquele meu sonho de menina havia se tornado distante, talvez até improvável de se ocorrer.  -... Ahh, sei que.. Nada esta ocorrendo da maneira que queria, mas... Sinceramente eu não sei o que falar agora, agora é... Torcer para que isso acabe o quanto antes e que nos livremos de nossas ameaças.

Ahh, é melhor voltarmos para o mês em que todo aquele pesadelo havia se iniciado onde não tinha ideia do que me esperava.

Comemorava feliz meus chegados 23 anos em um karaokê com meus amigos de longuíssima data, Rose, Poe e Finn. Começou com uma simples conversa sobre trabalhos de faculdade e de como eles nos estressavam, para uma amizade inseparavel.

Comemoravamos também naquela noite a notícia que aguardava desde que me formei em moda, havia sido chamada para apresentar minha primeira coleção inspirada no verão onde teria o prazer de apresenta-la em uma confecção, esperava que tudo contribuisse para um bom resultado,  já que era uma completa iniciante; meu pai não havia aprovado de inicio, pois seu sonho era que eu trabalhasse com ele na KWan, empresa que meus pais fundaram com muito suor de seus esforços, meu honrado pai sempre tocava no assunto nos jantarem com familiares, de que queria tornar a filha única presidente da KWan, à que iria assumir a cadeira, trazer mais prestígio para a empresa e bla, bla, bla.... Porém, era nítida a minha paixão por moda, felizmente, com o passar do tempo e com a minha ingressão à faculdade, ele acabou me apoiando, até chegar no ponto de se oferecer para ser meu manequim de experimento nas aulas de costura, claro que em alguns momentos, mamãe e eu rí­amos ao vê-lo coberto de tecidos e uma roupa que ele jamais usaria.

Meu pais possuiam uma empresa tecnológica que fabricava produtos de alta qualidade para empresas industriais e hospitalares, a K-Wan, que apresentava todo o ano produtos revolucionarios aos seus clientes, mas, sempre havia um desafio à vencer, e um deles era travada batalha entre seus rivais, a SkyOrgan, uma outra empresa do mesmo ramo da tecnologia que também estava no mesmo ranking de procura, a disputa entre as empresas se ocorre desde muito tempo, se bobear até antes de serem fundadas e reconhecidas, pois me lembrava bem da minha fase criançola onde já escutava o sobrenome dos Skywalker, Solo e Organa pela casa, por minha pessoa, sempre me mantive fora dessa briga sem fim, esse ramo nunca havia sido meu forte mesmo, por mais que em inúmeras vezes meu pai tentou me convencer para trabalhar com ele, eu queria seguir meu sonho, fazer o que eu gostava realmente e queria conquistar cada degrau por mérito.

Em todo o percurso, nunca nem havia visto a cara dos Skywalker e Organa, não que tivesse interesse em conhece-los, já que por diversas vezes tentaram prejudicar meus pais.